✾ Capitulo 27

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                                 P.O.V  Josh Beauchamp

Essa semana passava mais devagar do que meu raciocínio com física, ainda era quarta-feira e mesmo com minha vontade exarcebada de faltar aula, não podia, a diretora estava no nosso pé para começar os ensaios, nas duas primeiras semanas eu e o Urrea, montaria tudo para na terceira semana, repassar para o resto do pessoal. Depois da nossa conversa, nunca mais nem sequer o olhei, por mais que aquilo estava me matando o mais rápido que imaginaria a última coisa no mundo que faria era demonstrar. Ao finalizar de calçar meu tênis minha mãe aparece na porta.

— Bom dia meu príncipe.

Veio ate mim, me dando o abraço que acalmava todo furacão dentro de mim, mas minha estupidez era muito grande, em não falar como precisava dos seus toques maternos.

— Bom dia mãe. Aconteceu algo?

A olhava, no mesmo momento em que a mesma arrumava meu colarinho.

— Tenho um pedido para você, que se negar se tornará uma ordem.

— Pode dizer.

— Meu carro estragou, vou precisar do seu, então hoje irá de moto para o colégio.

Eu achei que seria algo mais complicado pelo modo em que se pronunciou.

— Tranquilo, não me importo em ir de moto.

Sorri beijando suas bochechas.

— E quando voltar trará o Noah, porque hoje ele iniciará as aulas de violão para a Jas.

— Noah Urrea?

— Conhece outro? Sim! É o Urrea.

— Mas mãe eu..

Fui interrompido pela mulher.

— Você fará o que estou mandando e Josh se eu sonhar que aprontou alguma com ele, se verá comigo. Agora vai tomar café e ir pro colégio que já está atrasadíssimo.

— Droga. Por que ele não vem a pé então?

Saí resmungando.

— Eu ouvi Josh Beauchamp!

(...)

— Sina Deinert e Josh Beauchamp.

— Professor por mais que eu esteja explodindo de alegria em realizar esse trabalho com o acéfalo do Beauchamp, terei o desprazer de negar.

A loira se expressou totalmente debochada, pelo visto Noah não era o único que estava me odiando.

— Sina, vocês farão duplas sim e ponto final. Aproveita e vê se consegue enfiar o conteúdo na cabeça do Josh.

Não consegui me conter.

— Ninguém aqui entende sua matéria, afinal física existe pra foder a vida de todos os estudantes e com sua explicação péssima, complica tudo, não venha colocar a culpa somente mim.

— Não admito essa falta de respeito comigo na minha própria sala de aula. Melhor se retirar  agora!

— Então me livrei dele?

— Não Sina!

Me levantei com um largo sorriso.

— Não tem ideia do quão agradecido estou querido professor, se eu escutasse mais uma palavra sua  vomitaria, porque sinceramente que voz enjoativa.

Peguei minha mochila me retirando, batendo a porta, com certeza eu estava em um  péssimo dia e algo me dizia que pioraria muito mais.

— Oiiii amor.

E mais uma vez minha intuição não erra.

— Oi Sabina.

A menina me empurrou na parede, na intenção de me beijar.

— Sabina... Aqui não e eu não estou afim.

— Estranho não era assim que falava há umas semanass atrás.

A latina percorria suas mãos pelo meu corpo, mas graças ao bom Deus, sons de passos fazem a mesma se afastar.

— Josh e Sabina?

— Oii diretora Morgan, eu estava somente conversando com  meu futuro marido.

Meu estômago revirou tanto quando ela falou "marido" que achei que vomitaria todos os meus órgãos.

— Ótimo, agora já podem voltar para suas devidas aulas.

A menina saí selando nossos lábios.

— E você vem comigo!

Não disse nada, apenas a acompanhei até a sua sala.

— Quer conversar? Seu semblante esta péssimo.

Apenas suspirei fundo olhando para baixo.

— Eii não quero te pressionar a falar, mas saiba que sempre estarei pronta pra te ouvir.

Não estava entendendo aonde a mulher queria chegar, afinal o papel dela não era ser uma psicóloga e sim uma diretora mas na situação de sobrecarga emocional que estava, não hesitei por muito tempo em estar desabafando.

— Acho que vou explodir, sinto que me perdi dentro de mim mesmo, mal estou conseguindo respirar direito. Por um lado entendo, porque sinceramente eu já fui e ainda sou uma péssima pessoa, sei que estou colhendo o que plantei mas..

Como possuía minhas mãos sobre sua mesa, paro de falar ao sentir a mulher pegá-las.

— Calma. Primeiramente inspira e ao soltar o ar, imagina que todo conflito esta saindo pela sua boca. Sei que também está se perguntando o porque dessa minha atitude.

Confirmei com minha cabeça.

— Eu era uma grande amiga do seu pai e antes dele partir me fez jurar que manteria a segurança da sua mãe e principalmente a sua, fiquei sabendo que foi sequestrado.

Acho que vou surtar, o que está acontecendo? Em um dia tudo estava bem no outro eu já era pai, filho de um mafioso e minha nova diretora seria minha guarda-costas

I hate loving you// Nosh Beaurrea Onde histórias criam vida. Descubra agora