Capítulo Quatro

1.7K 231 197
                                    

— Tenha um bom filme — Henrique disse, entregando o comprovante do ingresso para o senhor de cabelos loiros, que agradeceu e afastou-se indo em direção a sala de exibição

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Tenha um bom filme — Henrique disse, entregando o comprovante do ingresso para o senhor de cabelos loiros, que agradeceu e afastou-se indo em direção a sala de exibição.

Depois de dois dias trabalhando junto a Ayla na bilheteria, o garoto começou a acompanhar a função de usher do cinema e não demorou muito para entender como tudo funcionava.

Talvez seu grande talento fosse aprender as coisas rápido demais. Infelizmente isso não se aplicava a escola.

De fato, estava feliz por ter se adaptado a função tão facilmente, mas sentia-se um pouco deslocado por não ter os olhos atentos de Ayla sobre si. Apesar da garota parecer odiá-lo, ficava mais tranquilo ao saber que ela estava ao seu lado e que poderia corrigí-lo sempre que necessário.

Quando os funcionários resolveram tirar um intervalo de quinze minutos para descansar, Henrique aproveitou a oportunidade para ir atrás dela. Passou entre alguns colegas que pareciam ansiosos em chegar a área reservada aos empregados e soltou um suspiro aliviado quando finalmente a encontrou.

Ayla ainda estava na cabine da bilheteria, digitando algo no computador. Dar de cara com a garota ali não foi nenhuma surpresa para ele, pois mesmo quando ela tinha a oportunidade de parar um pouco e simplesmente relaxar, algo parecia puxá-la de volta e a obrigava a continuar o trabalho.

Ele respirou fundo, puxou seu celular do bolso e enquanto encarava seu reflexo na tela, tentou ajeitar seu cabelo enfiando os dedos entre os fios.

— Oi, Robozinha — Ela continuou olhando para o computador. — Ayla.

Estalou os dedos em frente ao seu rosto, a fazendo piscar e o encarar entediada.

— O que foi, Henrique? Não tá vendo que eu tô ocupada?

— É assim que recebe um colega de trabalho que não vê há quase um dia? — Questionou fazendo uma expressão dengosa no rosto e apoiou-se no balcão.

— Não é meu amigo pra eu sentir saudades de você.

— E mais uma vez Ayla Fernandes parte o meu coração — Diz Henrique fazendo uma careta de dor, enquanto aperta seu peito.

Ela revirou os olhos e saiu para fora da cabine.

— Não quer saber se eu me saí bem como usher? — Perguntou enquanto tentava acompanhá-la pelos estreitos corredores do local.

— Não.

— Vou te contar mesmo assim — Disse abrindo um pequeno sorriso. — Foi até legal recepcionar as pessoas, mas quando essa experiência com as funções acabar, vou dizer pra Medusa que quero ficar na bilheteria. Você sabe, pra ter a sua ótima companhia. Nunca vi alguém me tratar tão bem quanto você faz.

Ela o encarou confusa por alguns segundos, antes de abrir a porta da área dos funcionários.

— Quem é Medusa?

Negócio Fechado | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora