Capítulo 3. O porque das coisas.

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~Nota da Autora~

Esse capitulo iria ser maior, mas se continuasse acho que só iria terminar semana que vem então decidi postar, particularmente eu o acho de triste para fofo. Enfim, a casa dos Black - eu peguei algumas informações dos livros e também do site "fandom" , mas aqui ela não está igual ao que é no real - a coisas diferentes.

PS: A citação da Clarisse Lispector eu achei que combinou com o contexto por isso que está ai :) 

~Fim da Nota~

"Qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso um grande coração para incluir os espinhos." – Clarice Lispector.

A semana se passou lentamente como se estivesse me castigando e a ansiedade que sentia foi tanta que cometi mais erros do que gostaria no trabalho. Meu corpo podia estar no Floreio e Borrões, mas minha mente na maior parte do tempo ficava em outro lugar, mas precisamente junto de Harry Potter.

Os pensamentos sobre ele foram tantos que me vi sonhando consigo boa parte das minhas noites e na maioria delas estávamos em Hogwarts, no sonho são tempos calmos e sem a existência de obrigações que sofria na realidade – sem regras, ideologias de sangue-puros, sem julgamentos – ali só existia dois garotos e amei tal possibilidade mesmo sabendo que era impossível de alcançar.

Porque não há como esquecer o passado ou apagá-lo existe apenas a alternativa de seguir em frente e talvez superar as escolhas feitas naquela época, mas foram tantas escolhas ruins que pensar na ideia de ignorá-las e "seguir em frente" não parecia uma coisa fácil de fazer. Havia muitos empecilhos que me impediam de dar tal passo – de ser verdadeiro comigo e com Potter – em poucas palavras é como se existisse um paredão gigantesco e duro que nada penetrasse, não a como fazer arranhões ou pula-lo é simplesmente impossível ultrapassar.

E é assim que me sinto em relação aos sentimentos pelo menino-que-sobreviveu.

Eu sempre soube que nunca existiria um "nós" – romanticamente – somos opostos, por isso como algo pode ser construído depois de tanto sofrimento? Sei que há muita mágoa envolvendo ambos afinal em nosso "relacionamento" fazíamos questão de ferir um ao outro. Ele nem tanto, mas eu? Fui um babaca – o maior babaca de todos os tempos.

O humilhei, machuquei, fiz brincadeiras idiotas e me comportei com um trasgo a maior parte do tempo, mas Potter ainda consegue sorrir pra mim e acredito que isso venha do seu caráter e personalidade incrível.

Por mais que queira recusar essas sensações não consigo parar de admirar sua coragem e seus princípios.

No começo, Potter realmente me incomodava – toda a atenção e fama – sentia inveja de tudo o que ele recebia, principalmente do jeito que era amado por outras pessoas. Um Malfoy não necessitava de amor meu pai afirmava constantemente ressaltando que precisávamos ser conhecidos apenas por nosso sangue-puro, nossas riquezas.

Não demostre medo, não chore, não se descontrole – você é o superior – não se perca no sentimentalismo, mostre sua força mesmo que para isso faço outros sofrerem meu pai gostava de falar essas frases repetidamente. Ouvi-lo me causava ânsia e uma pressão tão intensa que sufocava muitas coisas – meu desejo, minha felicidade, meu amor – agiria o mais frio possível porque se fosse descoberto as consequências seriam dolorosas demais.

Um dos refúgios que encontrei foi me divertir com pessoas que tinham interesses apenas físicos seja mulheres ou homens, realmente não me importava para o gênero. A maioria das relações foram vazias e se tornaram meu escape das obrigações impostas a mim e pensei juro que pensei de uma delas poderá haver uma "curar", mas foi ao contrário me senti apenas mais quebrado.

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