Capítulo 5

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Já entrei no carro de Geff ligando meu celular ao rádio do carro dele.

— Conseguiu o celular de volta? — Geff perguntou surpreso.

— Melhor que isso — eu disse passando o cinto de segurança. — Meu pai vai me dar um Fusca.

— O que? Sério? Tipo um fusca mesmo? Daqueles antigos? De colecionador?

— Sim! De verdade.

— Caraca seu pai é demais — Geff disse e eu fiquei me pergunta se ele disse aquilo por que o meu pai me dera um caro, ou por que ele tinha uma visão diferente da minha de meu pai.

Geff morava duas ruas abaixo da minha então eu fui o primeiro a ser apanhado, como combinamos. Em seguida buscamos Jonas pouco antes do centro da cidade, depois Lena no centro e finalmente augusto quase à beira da rodovia federal.

Geff dirigiu por mais ou menos uns vinte minutos enquanto conversávamos todos banalidades e eu brigava com Augusto porque ele queria se sentar no banco da frente e eu não queria ceder o lugar, então paramos perto de um posto de gasolina para finalmente decidir onde iriamos acampar durante aquela semana. Achei maconha no porta luvas do carro de Geff e descemos todos para fumar.

— Olha gente — Lena começou, — o Jonas veio com umas ideias meio doidas de dirigir até a Bahia, depois para o Espirito Santo, umas coisas assim meio sem nexo — ela riu. — Depois o Augusto até apareceu com umas sugestões mais ou menos plausíveis. Mas eu não acho que seja uma boa ideia fazer o Geff dirigir por horas e a gente só chegar no camping de noite. Seria muito cansativo.

— Então a gente não vai sair do estado? — Jonas perguntou com tom de frustração.

— Não, jonas — Lena respondeu revirando os olhos. — Nós não vamos.

— Então a gente vai para onde? — Eu perguntei. Eu estava sem telefone celular então não havia participado das sugestões nem mesmo havia pensado em uma, estava animado com a ideia de acampar e sair da cidade com meus amigos, mas eu iria para onde quer que fosse.

— Geff como sempre queria ir para Sana — ela continuou com as explicações ignorando minha pergunta, Lena gostava de fazer suspense. — Mas Jonas insistiu que quer acampar perto do mar. Então eu tomei a liberdade de mediar tudo isso e escolhi eu mesma para onde vamos.

— Como assim? — Jonas protestou outra vez. — Eu quem sugeri acamparmos. Mas você quem vai escolher para onde vamos? Não foi o que a gente combinou.

— Ai, Jonas — Lena resmungou impaciente pegando o cigarro de maconha e fumando um pouco. — Cala a boca um pouco — ela pediu soltando a fumaça. — Eu fiz um plano, Jonas, o que você disse que ficou de fazer e não fez. Inclusive ia esquecendo o fogareiro, não é mesmo?

Jonas não respondeu Lena, ela estava realmente brava com ele por aquele pequeno deslize e mencioná-lo foi o bastante para silenciá-lo.

— Onde então? — Geff perguntou quando o baseado chegou na sua mão.

— Paraty — Lena disse séria.

— O que? — Jonas resmungou. — Você tá tirando sarro com a minha cara, né?

— A boquinha, Jonas — Lena gesticulou. — Óh, fechadinha.

— Mas a gente já tá cansado de acampar em Paraty — Augusto intercedeu.

— Mas a gente não vai ficar na cidade — Lena esclareceu. — Vamos nos abastecer, comprar comida e essa coisas e depois vamos para a Praia do Sono.

— A gente nunca foi à praia do sono — Geff disse.

— Vamos ficar na praia hoje e amanha — Lena continuou. — Na terça-feira de manhã vamos pegar a trilha rumo a Ponta Negra até a Cachoeira do Bravo.

VOLITARE | (Romance Fantasia Gay) | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora