My Great Hope//Beauany 💫

cap. 47

1 semana depois

•Terça-Feira•

Any Pov

O Carlos me proibiu de ir pra escola esses dias, por conta das minhas marcas e machucados, e tambem porque depois daquele dia ele me machucou novamente e só piorou minhas feridas.

Josh, e o resto do pessoal, me enchem de perguntas todos os dias, falei que tive que ficar na casa da minha vó que veio do Brasil e ficou em um apartamento, e tive que cuidar dela até ela voltar.

O que não colou com a Sabina, ela é a única que sabe do que está acontecendo, mas claro que eu minto um pouco, ela só acha que estou de castigo por ter chegado tarde e essas coisas.

Nesse exato momento era exatamente 12h23, acabei de almoçar a comida horrível que o Carlos me deu.

Ele é péssimo em tudo, até em o que comprar de marmita.

Desço as escadas e me sento no sofá procurando algo na tv já que Carlos demoraria a chegar e eu já estava entediada de ficar nessa casa sem fazer nada.

Fico um tempo assistindo e logo canso, àquilo estava muito chato, me levanto na intenção de voltar ao meu quarto e ouço algo apitar perto do porão, vou direção ao barulho e paro em frente a uma porta, aqui era um quarto, um quarto de hóspedes para ser mais exata, Carlos nunca gostou da ideia de que pudéssemos ter visitas aqui e então transformou em alguma coisa e me proibiu de entrar.

Nunca tive uma curiosidade forte o suficiente para querer ver o que tem atrás dessa porta mas nesse momento eu estava tão entediada que até queria saber o que tinha de tão importante lá.

Eu penso um pouco nas consequências que isso me causaria em frente à porta.

- mas ferrada que isso eu não consigo ficar- digo abrindo a porta- o que é isso? Mano? - digo imóvel.

Lá dentro tinha um cheiro horrível, exalava as drogas e era muito ruim, era uma sala arrumada mas com muitas coisas, estava muito confusa tentando entender tudo o que estava acontecendo lá, eu via armas, muito mas muito dinheiro e também havia umas chaves de carros de luxo.

-mas que porra é essa? - digo e fecho a porta correndo ao meu quarto.

Se ele tem armas ele pode me matar, ele pode me matar a qualquer hora, eu estava tentando pensar no que fazer mas nada passava pela minha cabeça, eu estava sem reação alguma, ele não pode saber que eu estive lá, ou pode realmente acabar com minha vida.

Cacete Any que que você foi fazer lá sua idiota? Isso vai trazer mais problemas pra você

Ouço o barulho da porta da sala sendo aberta e me lembro que com o desespero acabei deixando a porta de lá daquele quarto aberto, merda, tem como ser mais burra do que eu estou sendo nessa semana? Meu Deus gente, parece que não canso de apanhar, porque aquela merda fez barulho?

Me assusto com minha porta sendo aberta brutalmente e logo vejo Carlos transtornado.

Carlos- o que estava fazendo no meu quarto Gabrielly? Eu te avisei a não entrar lá, porque nunca me ouve? Se eu te dou uma ordem obedeça ou se não, sofrerá as consequências, você me conhece e sabe do que sou capaz de fazer com você garota, fique longe das minhas coisas- diz estressado e vem em minha direção- nem sua mãe que era a minha esposa entrava lá, acha que tem essa liberdade porque? Nunca, nunca entre lá novamente- diz me dando um tapa- sei que viu o que não queria, e se me desobedecer novamente eu te mostro uma de minhas armas- diz sorrindo.

- estava fazendo barulho, eu achei que fosse algo importante e fui ver da onde era, o barulho me levava até lá, só ia ver se você tinha deixado seu telefone ou algo assim, Carlos me perdoa não era minha intenção mexer lá no teu quarto.

Carlos- venha aqui Gabrielly- diz pegando forte em meu braço e levando até essa tal sala, quarto, sei lá.

- Eu juro que não vou entrar mais, me deixa por favor- digo tentando me soltar e ele para em frente ao quarto.

Carlos- tá vendo tudo isso aqui? Então, são coisas de patrimonio meu, nunca toque em nada, nunca pense em entrar aqui e nem olhe para essa sala se for o caso- diz fechando a porta e trancando com uma chave que estava em seu bolso.

- eu entendi, me desculpa, não acontecerá novamente.

Carlos- eu sei que não, não deixarei você chegar perto dela - diz pegando em meus cabelos e me levando para a sala- seu castigo agora minha querida- diz com um sorriso no rosto e me dá um soco no rosto me fazendo perder o equilíbrio e cair em cima do sofá- você vai se arrepender por não me obedecer Any Gabrielly- diz com fogo nos olhos me dando diversos socos no rosto.

Eu apenas gritava de dor, via sangue em sua mão, mas ele não parava.

Carlos - a se você abrir essa sua boca Any Gabrielly - falou me dando um tapa .

Eu estava novamente sem força alguma, eu não conseguia me defender e não sei até quando vou aguentar tudo isso.

Josh Pov

Telefone on

- to indo pra casa dela agora, já to aqui na esquina.

Noah - beleza cara, me liga depois.

- ta bom, flw - falei desligando.

Telefone off

Decidi vir ver a Any, não aguentava mais ficar sem ver ela, e eu tenho certeza que ela não está com a vó dela, até porque pelo que eu sei ela não tem.

Decidi vir de taxi mas pedir pra me deixar 1 quarteirão para trás, porque vai que o padrasto dela endoida vendo um carro chegando.

Estava chegando na porta da casa dela quando ouço uns gritos sem força vindo do lado de dentro.

Xx - PARA, POR FAVOR - espera ai, eu conheço essa voz.

Não pensei duas vezes e entrei dentro da casa da Any encontrando uma cena que cortou o meu coração.

Any estava sendo brutalmente espancada pelo covarde de seu padrasto, e ver ela desse jeito, chorando desse jeito, me deixou completamente puto.

- VOCÊ É LOUCO? PARA COM ISSO SEU OTÁRIO - gritei da porta e eles perceberam minha presença.

Carlos- o que faz aqui garoto?- olha para a Any- você chamou esse garoto Gabrielly ? - diz a olhando e ela apenas diz um "não" quase que sussurrando.

- Any sempre vai a escola, eu vim ver se ela estava bem, o que pelo jeito foi a coisa certa- digo estressado e ele sai de perto dela indo a um cômodo próximo.

Any- vai embora daqui Josh, ele vai te machucar, eu fico bem, sei me cuidar, sempre soube- diz tossindo e logo fecha seus olhos devagar.

Carlos- quer que eu saia? Eu posso sair, mas vocês ficam, de preferência você morto- diz e ouço um barulho muito forte.

Any pov

Estava de olhos fechados porém ouvia tudo, Carlos atirou e fugiu, eu consegui ouvir o barulho muito forte e sabia que vinha de uma de suas armas, eu estava desesperada pois sabia que havia acertado em Josh mas não tinha forças suficientes para levantar dali.

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