Haikyuu para Maiores Vol.1

PedroHina em Quarentena

Ahhh eu AMO demais essa história!! Espero que vocês gostem também!! É mais uma especial da #PornDivasCollab, envolvendo eu, ClotsQueen, Ursa__Menor e a MichiGals! Aproveitem ;)

ATENÇÃO: spoilers do arco atual do mangá.

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Quando surgiu um japonês querendo dividir apartamento comigo no Rio, eu pensei em várias possibilidades. Nenhuma delas refletia o que viria ser o cara chamado Hinata Shoyou.

Eu, como um otaku raiz, esperei que meu colega de quarto fosse um japonês padrão desses que a gente vê nos mangás mais adultos. Um cara simples, cabelo preto, cara redonda, olhos pequenos, quem sabe um óculos, envergonhado e silencioso.

Hinata Shoyou era qualquer coisa menos isso. Além de ter os cabelos laranjas como o sol, ele era um atleta. Veio pro Brasil para treinar vôlei de praia.

Enquanto eu acordava de manhã, fazia um café e jogava CandyCrush, Shoyou já estava VOLTANDO da praia todo sujo de areia. Ele sempre tirava quase toda roupa já na entrada e corria pro banheiro.

— Pedoro, bon djia!!! — ele cumprimentava cheio de sotaque.

Eu sempre sorria de volta. Era uma boa visão para iniciar meu dia.

Depois eu ia pro meu estágio, Shoyou fazia entregas do UberEats, e enquanto eu estava na faculdade, ele certamente estava de novo na praia jogando.

Peguei o hábito de fazer um caminho um pouco maior na volta pra casa, e passar na praia. Shoyou estava sempre lá, jogando. As pessoas já o conheciam como Ninja Shoyou.

Era incrível como ele pulava alto, salvava umas bolas completamente perdidas e fazia uns pontos impossíveis. O corpo dele se movia na areia como se estivesse no chão duro. Suas pernas fortes eram um espetáculo à parte, mas isso eu não admitiria em voz alta. Voltávamos juntos pro apartamento, ele animadamente me contando sobre o dia dele, misturando português, inglês e japonês de um jeito que nem sei como, mas eu entendia.

Então foi deflagrada a maior pandemia da atualidade. O coronavírus chegou no Brasil com a recomendação clara: Fiquem em casa. Evitem contato social.

Meu estágio suspendeu o trabalho. Minha universidade federal não manteve as aulas EAD, suspendendo todas também. Fiquei bem preocupado mas ainda bem que pude apelar pros meus pais que vão me ajudar esse tempo. O lado bom era que eu ia poder ver tantos animes que nem sei por onde começar.

Já Shoyou ficou inconsolável.

Fecharam as praias e ele não podia mais jogar. Não era recomendado que saísse, então também não fez mais entregas.

Ficamos nós dois, no apartamento, trancados.

Os primeiros dias foram até tranquilos. Assistimos animes, ensinei ele a jogar truco. No terceiro dia, já no fim da tarde, ele estava completamente desanimado e irritado.

— Pedoro.... eu querer sair. — dizia choroso. — Quer correr, jogar!

— Não pode. — respondi tipo mãe enquanto lavava a louça — Coloca um vídeo no YouTube de exercícios e faz, ué.

Aquilo pareceu dar um novo ânimo pro japonês. Não era algo que ele tinha considerado. Em seguida estava ele estava imitando um sujeito na televisão fazendo burps, apoios, agachamentos, tríceps no sofá, levantamento de balde, e todo o tipo de coisa na nossa sala minúscula.

Eu apenas me sentei, puxei minha tigela de sucrilhos, e admirei a cena. Quer dizer, observei sem interesse algum óbvio. Observei sem interesse nenhum como aquele shorts minúsculo dele se esticava em todo agachamento. Como os músculos das costas dele se mexiam nos apoios. Como os bíceps dele tensionavam a cada levantamento de balde. Totalmente sem interesse.