O castelo era monstruosamente enorme e pela segunda vez desde que colocara os pés naquele planeta, Alina se sentia pequena e insignificante.
A primeira vez foi quando ela estava de pé, em frente ao palácio da rainha. O palácio era grande.
O palácio era majestosamente grande, mas aquele castelo era monstruosamente enorme.Fascinada com as partes do castelo que ainda resistiam ao tempo, ela imaginou como seria fácil para um dragão do tamanho aproximado de um prédio de dez andares, caminhar por ali, sem a preocupação de esbarrar e derrubar algumas das colunas.
Ela não conseguia pensar em alguma construção de seu mundo que se assemelhasse àquilo. Talvez as ruínas da estátua da liberdade? Porque mesmo sem cabeça e sem a mão que segurava a tocha, a estátua ainda era grande, mas não tanto quanto aquelas paredes e colunas. Ela olhou para trás, curiosa para saber por onde havia entrado. Uma rachadura no muro. Uma rachadura. Uma pequena rachadura no muro. Surreal. Alina se sentiu como um rato, invadindo uma casa. Ainda impressionada com a construção à sua frente, ela começou a percorrer a distância entre o muro e o castelo. Era uma área pequena coberta por grama e algumas árvores. Enquanto caminhava ela pensou no dragão e estancou a pouquíssimos passos da escadaria que levava ao interior do castelo.Se aquela construção era monstruosamente grande, de que tamanho seria aquele dragão? Ela voltou seus olhos arregalados para à espada em sua mão direita. Eu vou morrer, pensou enquanto seu rosto assustado estava refletido na lâmina. Mesmo sem ter visto o dragão, ela já sentia que aquela espada faria apenas cócegas na besta.
Isso é suicídio.
Ela fechou os olhos com força e respirou fundo.
Não, não.
Você treinou.
Você sabe usar esta espada.
E você tem algo que o dragão não tem: racionalidade.
Você pensa, use o cérebro ao seu favor.Então ela abriu os olhos e entrou no castelo.
Enquanto caminhava olhando para cima, na direção das rachaduras no teto que permitiam que os feiches luz alarajados do pôr do sol entrassem, ela se sobressaltou com o barulho estridente de um capacete enferrujado rolando pelo chão. Ela o havia chutado sem querer. O barulho ecoou no castelo. O coração de Alina havia parado na garganta. Ela ficou imóvel com uma estátua esperando os ecos pararem de ressoar, naquelas malditas paredes cheias de heras. Parada, no meio do que ela supôs que seria um antigo salão, escutava as batidas do seu próprio coração. Desejou poder fazer "Shhh" para ele. Seus olhos arregalados vasculhavam os arredores atentos a qualquer movimento sutil. O medo que sentia estava fazendo-a surtar. Após alguns minutos, que ela decidiu serem suficientes para voltar a respirar e se mover, escutou passos.Parecia que seu coração estava nos ouvidos, pois o desespero havia surgido com força total e antes que pudesse escolher o melhor local para se esconder, um homem apareceu à sua frente.
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Um Conto Kyoban
Fantastik"Cada momento que se passava, as batidas de seus corações se aceleravam, a tensão se acumulava nos músculos e seus corpos se preparavam para o desconhecido. Tam não conseguia pensar em mais nada a não ser ir e voltar, viva. Alina estava preocupada c...