Em determinado momento a bruxinha de olhos verdes humanamente impossíveis despertou de sua corrida, se libertando de Tam e correndo mais rápido que ela.
Tam a seguiu.
Quando elas fizeram a curva que dava para corredor da rainha, Tam teve um vislumbre de uma figurado adentrando em um dos quartos mais afastados.
Um trovão soou e ela correu mais rápido, deixando a bruxinha para trás.
Ao entrar no quarto seu corpo estancou com a cena que via.
De seu lado direito, Alina balançava um corpo morto.
O capitão.
Do seu lado esquerdo Tam viu a rainha com uma expressão de pura raiva e olhos fechados, enquanto reunia raios violetas.
Tam olhou para Alina.
A bruxa estava mirando em Alina.Tam retirou a arma que foi buscar no quarto de Alina, do cós de sua calça e mirou em Guelya.
"Minha amiga não, vadia."
E atirou.
Tam não parou de atirar até que escutasse o clique da arma, avisando que a munição havia acabado.
Ela ouviu passos atrás de si, não precisou virar para saber que a bruxinha veio logo atrás. "Coloque o polegar da rainha, na parte que brilha da algema." Instruiu.
E foi até a amiga.
A figura que havia visto tinha sido o capitão, entrando no quarto para salvar Alina.Alina se agarrava forte ao corpo.
Ela decidiu chamá-la."Alina."
Ao levantar os olhos para encará-la, Tam se assustou com o que viu.
O rosto de Alina estava molhado e seus olhos vermelhos.
Vermelhos pelo choro e vermelhos pela fúria silenciosa que se agitava ali dentro.
O rosto de Alina estava duro e inexpressivo.
Alina levou seu olhar até a bruxa morta à sua frente.Receosa por não reconhecer aquela Alina, Tam observou atentamente, enquanto ela pegava a espada ao seu lado e se levantava.
Ela caminhou até a bruxa, arrastando a lâmina no chão e parou próximo ao corpo.Tam assistia com horror enquanto Alina se ajoelhou e segurou a cabeça da mulher, que ainda tremia, jorrando sangue pela boca, pelos cabelos curtos e começou a serrar, com a espada, lentamente, o pescoço da bruxa.
Sangue das artérias espirrou no rosto inexpressivo de sua amiga.Tam já havia visto Alina matar.
Era sempre rápida e extremamente precisa.
Sabia onde causar uma morte rápida e segura.
Aquela Alina à sua frente, decapitando a mulher, era uma Alina que Tam não conhecia.
Ainda em choque, Tam entendeu que aquela era a Alina que a amiga escondia e guardava dentro de si.
Aquela Alina era reservada à aqueles que mexiam com alguém que importava para ela.
Tam olhou para o corpo do capitão.
Se lembrou de como ele havia tratado ela pelo nome e do que viu em seus olhos azuis, antes dele correr para fora das masmorras, quando entendeu o que Alina faria.Aquele era uma homem que amava.
A imagem de Alina segurando e embalando o homem morto em seus braços, piscou em sua memória.
Aquela era uma mulher que havia perdido um amante.
Alina agora estava encarando a cabeça decepada, ajoelhada em uma poça de sangue.
E Aquela era uma mulher que Tam desejou nunca mais ver.
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Um Conto Kyoban
Fantasy"Cada momento que se passava, as batidas de seus corações se aceleravam, a tensão se acumulava nos músculos e seus corpos se preparavam para o desconhecido. Tam não conseguia pensar em mais nada a não ser ir e voltar, viva. Alina estava preocupada c...