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Depois do banho, Asher se vestiu e saiu do quarto para esperar Alina, batendo em sua porta, como um aviso para apressá-la.

Não demorou muito para que ela saísse do quarto e Asher se arrependesse de tê-la esperado.

Ele não duraria até o fim do jantar.
Sentido seu corpo esquentar, mesmo depois do banho frio, ele esperou entrar em combustão.

Inconscientemente, ele a olhou da cabeça aos pés.

De cabelos soltos, Alina vestia a mesma camisa branca translúcida e ele amaldiçoou internamente, pois parecia mais transparente do que última vez que ela usara. Aquele maldito pedaço de pano era claramente uma arma. Se olhasse atentamente, como ele estava fazendo naquele exato momento, veria seus mamilos. Sua calça era propositalmente justa. Agarrava-se ao corpo dela como uma segunda pele, deixando claro para Asher, que aquele corpo era, irrevogavelmente, feminino.

Ela desceu as escadas primeiro e quando ele viu o que ela tinha atrás, Asher não sabia se amaldiçoava ou agradecia aos deuses.

O diabo, pensou ele, é uma mulher de camisa branca e calça preta justa.

Ao chegarem na mesa, as pessoas ainda olhavam. Asher percebeu que alguns daqueles olhares mudavam conforme Alina seguia até a mesa. Asher se questionou de onde vinha aquela vontade de arrancar olhos com as próprias mãos.

Tenso, ele apertou a mandíbula. Uma mulher chegou até eles perguntando o que escolheriam.
Dessa vez eles acordaram na escolha. Frango assado.

Pelo cheiro, parecia estar gostoso.
Faminto, ele não perdeu tempo.

Enquanto comia, Asher não conseguia evitar de olhá-la de relance.
Ela havia prendido o cabelo e Asher percebeu que seu pescoço era muito atraente. Imaginou como seria senti-lo na língua.
Balançou a cabeça para afastar aqueles pensamentos.
Aquela camisa era folgada e uma grande faixa de pele dela estava exposta, excitando-o contra a sua vontade.

Em meio à colheradas e olhares de esguelha, Alina percebia que o capitão a observava.
E cada vez que ela sentia seu olhar, fazia questão de inclinar o busto, fazendo a camisa oscilar.
Tudo estava saindo conforme o planejado.

Um elemento supresa surgiu.
Uma das alças de sua camisa havia escorregado de sua pele, expondo seu ombro.
O capitão, percebendo, encarava mais de sua pele exposta.
Alina aproveitou o momento.

Do outro lado da mesa, Asher estava morrendo.

Ele não conseguia tirar os olhos daquele ombro nu e quando Alina fez do levantar da alça de sua camisa, um espetáculo sensual do qual Asher nunca se esqueceria, seus olhos pousaram sobre sua boca.
Um erro terrível.
Ela estava mordendo seu lábio inferior antes de dedicar sua total atenção à um osso.

Alina sabia o que estava fazendo.
Ela estava dando asas à imaginação masculinamente fértil e pervertida dele.

Encarando-o, ela fazia questão de ser muito atenciosa com o osso. Não economizou nos movimentos lentos e sensuais, sabia exatamente o que estava fazendo com a boca. Ela deixava claro, em cada investida, o que sabia fazer em um quarto.
Olhando os olhos dele, Alina viu o fogo azul crepitar.

Ele não piscava, porque ele não conseguia piscar.
Qualquer pensamento que antes ocupava sua mente, havia evaporado sem deixar rastros.
Era só Asher, Alina e um osso.
Um maldito osso.
Um maldito osso naquela maldita boca.

Alina mordia e lambia com esmero.
Asher se perguntou se ela seria atenciosa daquele jeito se aquilo em sua boca não fosse um osso.
Suas partes masculinas despertaram.
Seu corpo todo estava saciado com a comida, mas faminto por Alina.
E quando ele temia pelo que pudesse se sentir impulsionado a fazer, ela parou.

Alina o encarava.
Com os lábios levemente separados, sua respiração estava começando a se acelerar e quando ficou aparente para Alina que ele não iria puxá-la daquela cadeira, deitá-la em sua cama e puni-la da maneira mais prazerosa possível sua ousadia, ela parou.
Com movimentos felinos ela devolveu o osso ao prato. Asher acompanhava seus movimentos como um predador vigiando sua presa.
Ela havia terminado com o osso.
Mas não com Asher.

Se levantando da mesa, sem tirar os olhos daquelas duas chamas azuis, ela disse, "Quando estiver pronto, capitão."

E foi em direção ao seu quarto, vagorosamente e sensualmente, desejando que ele apreciasse a vista.

Asher sabia o que Alina estava fazendo e não queria que ela parasse.
Por mais que ele desejasse, não conseguia pensar.
Ela havia despertado as partes que ele se concentrava em manter dormindo, quando ela estava por perto.

O capitão da guarda da rainha, não queria ter que reivindicar sua vitória na luta que eles haviam tido na noite anterior.
Mas o homem Asher estava louco.
Louco de desejo pela Caçadora que lutava como uma cobra, tinha a coragem de um leão e a típica ousadia de uma mulher.

Ainda sentado naquela cadeira de madeira, Asher travava a mais árdua das batalhas dentro de si.

Um Conto KyobanOnde histórias criam vida. Descubra agora