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Um simples... homem.

Homem humano, jovem, moreno. Sua beleza era uma questão de fato e não de opinião.

Ele parecia tão surpreso quanto ela. Seus olhos se voltaram para espada que ela empunhava de modo defensivo contra ele.

"Abaixe a espada." Foi só isso. Nem sequer um, como você entrou aqui? ou então um, quem é você? Não. Ele pediu para Alina se desfazer do único objeto que tinha para atacar e se defender.

E ainda no modo defensivo, ela declarou. "Nunca." Foi defensivo demais.

"Abaixe a espada e não machucarei você."
Talvez tenha sido o desespero ou o medo. Poderia até ter sido a falta de pensamentos em seu cérebro ligado no modo proteção automática. Mas ela riu.
Ela riu e abaixou a espada, como se não acreditasse. Olhou-o de novo. Nada de armas. Apenas um corpo escultural vestindo calça e calçado com botas.

"Eu não estou aqui para matar você." Ela cuspiu as palavras, com desdém. "Estou aqui para matar o dragão e a mulher que dorme."

Decidiu ignorar a presença dele e começou a olhar e pensar, se eu fosse um dragão, onde eu estaria? Mas obviamente Alina não era um dragão e, com certeza, ela não sabia onde começava e onde terminava aquele castelo.

"Sorte sua." Ele disse e sem entender, ela se virou para ele.

O homem começou a tirar as botas.

Alina ficou sem reação.
Ele está fazendo um streaptease bem aqui? Justo neste exato momento? Se estivéssemos em outro lugar, talvez um quarto, eu não reclamaria.

Quando ele ficou nu, Alina se esqueceu do porquê estava ali. Ela tinha uma vaga sensação de que deveria matar alguma coisa. Olhando para ele e pensando em coisas impróprias para aquele momento, Alina foi pega de surpresa pelo que ele disse.

"Eu sou o dragão."

E uma luz veio em seguida cegando Alina, que tropeçou em uma rachadura e caiu para trás.

A única coisa que conseguiu dizer depois de recuperar a visão foi,

"Cacete."

Um Conto KyobanOnde histórias criam vida. Descubra agora