O pessoal foi chegando e não demorou nada para que a minha casa tivesse mais de 40 nego. Coloquei os meninos para ficar cuidando da churrasqueira enquanto as meninas me ajudavam a fazer as caipirinhas.
- E o Pedro ? - Giih pergunta para Luiza.
- A gente tá saindo amiga, mas sei lá - ela fala meio apaixonada.
- Sei lá o quê? - me intrometo.
- Não sei o que eu realmente quero sabe ? - ela faz uma cara de dúvida e leva um empurrão de Giovanna.
- Para de ser indecisa menina! - Bruna falou fazendo com que Luh revirasse seus olhos.
- Eae, Nih - a encaro .
- Oi - ela se vira para mim.
- Já tá namorando ?
- Quase - ela da um sorriso e eu começo a rir.
- E você Gih ? - Nih pergunta.
- Aí não sei - ela faz cara de triste nos fazendo rir.
- Ela tá se acostumando com a ideia de ser minha cunhada - falo seria e bato em seu ombro indo até a pia.
- Para de me iludir Jade - choraminga.
Pego uns morangos corto em fatias e começo a fazer a caipirinha. As meninas ficaram conversando do meu lado e me ajudando. Fiz tudo de uma vez e coloquei em uma jarra grande, caipirinha sempre é o que acaba primeiro.
- Vou fazer uma de limão - Nih se aproxima e se arruma na bancada.
- Posso fazer os Chevettes ? Eu trouxe Corotte - Bruna fala animada e eu concordo.
Fui até a churrasqueira ver se os meninos estavam fazendo um bom trabalho, os encontro sentados fumando narguilé e bebendo.
- Seus bunda mole - falo revoltada para Theo, Guilherme, Pedro, Luan, Arthur, Leandro, Leonardo, João, Matheus...
- Fala ae - Arthur e Theo falam juntos.
Aí Jesus.
- E a comida ? - coloco as mãos em minha cintura e eles fazem cara de paisagem - Me dê paciência senhor - penso alto e vou até a churrasqueira arrumar as carnes.
- A gente pode conversar depois ? - Theo pergunta se apoiado na bancada.
- claro - dou um sorriso para o mesmo e sua expressão parecia seria - tá bem ?
- Não é nada sério, relaxa. - ele solta um sorriso.
- Beleza - volto a minha atenção para a churrasqueira.
Tinha gente por toda parte, o funk estava no último volume, a maioria dançava perto da piscina que nem doidos, graças a Deus ninguém tinha entrado na água ainda.
- Jadeeee - escuto Nih gritar e vir até mim com dois copos na mão.
- Oiiiii - saio de perto da churrasqueira.
- Toma, quase acabou. - ela me entrega um copo com caipirinha de morango.
- Obrigada .
Fomos até a rodinha dos meninos , Nih se sentou no colo de Matheus, e como não tinha cadeira lá perto, Arthur e Theo me encararam, eu fingi ignorar e fiquei em pé mesmo.
As meninas se aproximaram da gente e ficamos ali, bebendo e fumando.
- Jadeeee - Ana Luuiza se aproxima de mim e me abraça.
- Que foi doida - falo rindo e tentando equilibrar nós duas.
- Eu nunca mais venho nas suas festas. - ela falou meio embriagada.
Ana Luíza sempre foi muito certinha era uma amiga antiga, a mais certinha do bonde, fiz amizade com Nathalia e ela na escola. Eram a réplica de mim e as meninas, só que em uma versão um pouco mais nova, ainda estavam no terceiro ano do ensino médio.
- Por quê ? - falo rindo.
- Você me leva pro mal caminhoooo. - ela faz uma cara de brava e começa a rir.
- Aí meu Deus, eu te achei garota. - Natália chega perto e a segura.
Nati era a porra loka do rolê, ela vivia em festas, e em nenhuma delas estava sóbria. Me estranhei ver ela cuidando de Ana Lu, sempre foi ao contrário.
- Vem.. - puxo as duas até o andar de cima - Se ela passar mal trás ela pra cá. - abro a porta de uma suíte e elas entram.
- Aí que saudade. - Nati se joga na cama.
- Fiquem a vontade, vão aproveitar a festa - pisco para as mesmas e vou até meu quarto.
Peguei meu celular que tinha deixado carregando ao lado de minha cama.
- Jade - escuto uma voz e me viro.
- Oi Vini. - falo ainda encarando meu celular.
Ele fecha a porta atrás de si e anda até mim em passos lento.
- Ei, olha pra mim. - pega meu celular e o desliga.
- Oi - o encaro.
- Por que tu veio pra cá ? - ele se senta na cama e me encara.
- Celular - aponto para o mesmo em sua mão - E você ?
- Tava te procurando - seu sorriso era malicioso o que me fez dar uma gargalhada alta.
- Tem um monte de mina aí meo. - aponto para a porta - Muito gatas aliás.
- Quem disse que eu ligo pra elas ? - fala olhando em meus olhos.
Ui me arrepiei.
- Nem vem com esse papinho clichê... - reviro os olhos e ele solta uma gargalhada.
- Por que tu tá assim comigo ?
- Assim como doido ? - pergunto indignada pois eu estava normal.
- Longe da minha boca.. - ele dá um sorriso de canto e eu lhe dou um leve tapa no braço.
- Troxa. - falo rindo - Vamo voltar pra festa vai, da meu celular aí. - estico minha mão.
- A mas assim não tem graça. - me puxa pelas pernas.
- Você tem que se controlar sabia ? - brinco e o mesmo ri apertando minha cintura .
Me sento em seu colo e começamos um beijo calmo, ele tinha uma puta pegada. Nossas línguas se entrelaçam e o gosto de Heineken estava nítido em sua boca, deixando mais gostoso o beijo. Paramos o beijo com dois selinho até que longos.
- Podemos voltar pra festa ? - pergunto e saio de seu colo.
- Só mais uma coisa.. - se levanta e me dá um último selinho.
- Besta. - caminho até a porta.
- Posso fazer uma pergunta ? - ele segura meu braço me fazendo virar.
- Sim.
- Seus ficante tão tudo na festa né ? - ele pergunta com um sorriso bobo.
- Que ? - da onde ele achou que tínhamos essa intimidade? - Ficante teu cu! - falo brincando e o mesmo ri.
- Solteira então ?
- Já te respondi isso no bar.. - o encaro e abro a porta.
- Responde de novo .
Eu pensei um pouco, eu realmente não tinha nada sério com ninguém, Theo e eu estávamos ficando mas não chegamos a conversar sobre isso. Será que eu estou sentindo culpa?
Não nem fudendo que aquilo era culpa, era só o Theo.- Solteira.. - falo rindo e o puxo para fora do quarto.
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Descaso do destino
Aventura-Conteúdo inadequado para menores de 16 anos; - NESTE LIVRO TERÁ CENAS E FALAS INADEQUADAS; -------------------------- " Meus pais resolveram se mudar para Campinas e eu fiquei morando aqui, sozinha em Santo André, bom meu irmão mora aqui do lado...