-Conteúdo inadequado para menores de 16 anos;
- NESTE LIVRO TERÁ CENAS E FALAS INADEQUADAS;
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" Meus pais resolveram se mudar para Campinas e eu fiquei morando aqui, sozinha em Santo André, bom meu irmão mora aqui do lado...
Cheguei em casa e fui tomar uma banho, meu corpo pedia pela cama, mas eu tinha minhas responsabilidades e sabia que ficaria assim se eu saísse de casa mais uma vez na madrugada, foi uma decisão minha e essa seria a pior das consequências. Coloco a minha roupa do trampo e vou fazer café, comi o último pedaço de bolo, escovei meus dentes, me sentei no sofá e mandei uma mensagem para André, avisando que iria com o meu carro hoje.
O trabalho foi fácil, tirando a parte que eu estava morrendo de sono, e precisava de 8 horas de sono novamente, já estava desesperada por elas. Esbarrei com o André umas duas vezes e fingimos que não nos vimos. Essa era a parte mais engraçada de todo o meu dia, a maioria não sabia que éramos irmãos e muito menos filhos do Flávio, era engraçado fingir ser outra pessoa com outra vida em apenas dois minutos, me sentia uma espiã de classe, se é que isso existe. Não encontrei Arthur e também não o procurei, fiz o meu trampo de sempre, um dia a gente ia se esbarrar...
Sai do trabalho era 15:00 como normalmente, fui em casa e tomei um banho, fiquei escolhendo a minha roupa por um bom tempo , não é fácil achar uma roupa para ir em um velório, óbvio que esse não era o meu primeiro e nem o último, mas é diferente a cada perda. No fim eu coloquei uma bota , calça e um sueter curtinho , tudo preto.
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Peguei uma bolsa e coloquei uma troca de roupa e escova de dente.
Mandei uma mensagem para Bruna quando estava pronta, perguntei em qual cemitério era e ela falou que ia chegar lá 18:00. Antes de ir, passei na casa de André para ver meus pais e comer o mousse .
- Oie - falo abraçando André.
- Vai aonde toda de preto ? - O mesmo pergunta me olhando dos pés a cabeça.
- Velório - falo e vou até a sala.
- De quem ? - o curioso pergunta.
- Do avô de um amigo - falo rápido e abraço meus pais.
- Nem fica em casa mais - minha mãe me encara e meu pai a cutuca.
- Para com isso Fernanda, deixa a menina - meu pai fala e eu e André rimos.
- Amo vocês... - vou até a cozinha e pego mousse para comer. - Eae como foi o dia do casal - pergunto já com um pote cheio de mousse.
- Chato - meu pai faz cara de tédio.
- É porque você não fez nada, né Flávio... - Minha mãe o olha brava.
- Gente o que aconteceu ? - André fala rindo - Tão dando patada no vento.
- Sua mãe que deve tá de TPM - meu pai fala seco.
- Ela não tem TPM faz tempoo - provoco minha mãe e a mesma joga uma almofada em mim.
- Cala boca vocês- ela fala rindo.
- Aeeee voltooou - eu e André falamos juntos.
- Vão dormir aqui hoje ? - pergunto para meus pais e eles afirmam - então amanhã passo aqui pra me despedir de vocês - me levanto com o pote e o levo até a cozinha.