Acordo com meu despertador, ou seja acordo já irritada, esqueci de novo de trocar esse toque. Me acalmo um pouco quando consigo alcançar o celular e desligar aquele som irritante.
- Bom dia - Escuto uma voz abafada em meu ouvido.
- Bom dia - Me viro e vejo o rosto amassado de Luan.
Gente, como me submeti a acordar com um Deus grego. Um sonho eu diria.
Vou direto para o banho, me troco e pulo em cima do grego.
- Acorda amor - começo a balançar o mesmo.
- Hm.. não - ele nem se move - Te amo, bom trabalho.
- Tchau - Sai de cima do mesmo e caminho até a porta.
Era óbvio que eu estava fazendo drama.
- Eu te amo - Luan me prensa na parede e me faz encara-Lo.
- Também - dou um sorriso forçado.
- Também o que ? - ele prensa meu corpo na parede.
- Te amo - dou um sorriso.
- Bom trabalho amor - ele me dá um Selinho e pula na cama de volta.
Desço as escadas, como uma maçã e espero André passar aqui em casa.
- Tá atrasado - falo ao entrar no carro.
- Eu sei - ele sai cantando os pneus.
Fomos o caminho todo no silêncio, como fazíamos antigamente.
- Bom dia Chef - Abraço Anderson.
- Desculpa, não consegui ir no enterro e... - ele ia continuar a falar mas o cortei.
- Relaxa, os túmulos não irão sair do lugar - dou um sorriso.
- Desculpa mesmo, seus pais eram muito importante para mim - seus olhos ficam marejados.
- Eles eram pra todos - o abraço - Eae o que Eu tenho que fazer ? - pergunto já sabendo da resposta.
- Começamos a trabalhar com o carro novo - ele sorri e seca seu rosto - Vem vou te mostrar - Anderson pega em minha mão e sai me puxando, mostrando a evolução que ocorreu em apenas duas semanas.
Andamos por todos os setores, alguns que conheciam Flávio, meu pai. Me olhava com uma certa pena, outros apenas chegavam e me abraçavam. Não que isso fosse a pior coisa, mas pensei que no trabalho conseguiria me distrair. Na hora do almoço encontrei com André que ria com alguns caras na mesa, ele me obrigou a sentar com ele. Eu tinha meus amigos, que por acaso me olharam de cara feia quando me sentei longe deles.
- Fica aqui, por favor - André fala perto do meu ouvido - Não to aguentando mais as pessoas me pedindo desculpas.
- Também não - reviro meus olhos.
Antes que a hora do almoço acabasse me mudei de lugar e fui para perto dos meus colegas.
...
Já eram 16h quando sai do trabalho e esperei em frente ao carro de Amdré, meus pensamentos foram para a última vez que fiz isso. É eu teria que viver com aquela dor para sempre, teria que continuar, porque simplesmente não tinha escolha.
- Vamos logo porque eu to Destruído - André aparece correndo e entra no carro.
- Nem me fale - dou risada - Vou ter que ir pra faculdade hoje - faço uma cara triste.
- Ué, mas é só de Terça, quinta e sexta - ele me olha indignado antes de ligar o carro - Vai fazer o que lá ?
- Avisar os professores - falo óbvia - sem contar que de Segunda eles estão lá, aí eu tiro algumas dúvidas.
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Descaso do destino
Adventure-Conteúdo inadequado para menores de 16 anos; - NESTE LIVRO TERÁ CENAS E FALAS INADEQUADAS; -------------------------- " Meus pais resolveram se mudar para Campinas e eu fiquei morando aqui, sozinha em Santo André, bom meu irmão mora aqui do lado...