Capítulo 55

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DANTE


Enquanto Bia trocava de roupa, desci até a garagem e sai a procura de um carro discreto.

O semblante dela não saia da minha cabeça, nunca a vi tão empolgada para fazer algo.

Bianca estava sob minha pele e a necessidade de vê-la bem era minha prioridade.

A mansão em Moscou era ainda maior do que minha casa em L.A. A garagem de milhões de dólares guardava carros de alto valor, a intenção era não chamar a atenção, então tive uma ideia. Dei a volta até o elevador e sai a procura de um dos empregados.

Encontrei um dos meus soldados e segui em sua direção.

- Don.- ele me cumprimentou assim que estava próximo o suficiente.

- Preciso de um favor, Zander.

- Sim, senhor. Qualquer coisa.

- Veio de carro hoje?

- Sim, senhor.

- Preciso dele emprestado.- agora seu semblante era de confusão, porém ele não ousou questionar, retirou as chaves do veículo e estendeu em minha direção.- Você será bem recompensado.

Saí a procura de Bia e a encontrei descendo as escadas. Ela usava uma jaqueta de cor creme, jeans e sandálias.

Saímos pelas enormes portas da mansão Ukraina, que agora era nosso lar. A temperatura estava amena, estávamos no verão e fazia por volta de 14° graus.

O carro simples nos esperava em frente ao portão, liberei os soldados que nos seguiam e abri a porta para que Bjá entrasse.

- Nada de luxo então?- ela provocou.

- A intenção é sermos discretos, amor.

Dei a volta e me sentei ao seu lado. Bia ligou o rádio e uma música brega começou a tocar.

Não  fui em alta velocidade, a intenção era aproveitar cada minuto ao lado dela.

- O que achou de Moscou?.- perguntei com curiosidade.

- Parece uma cidade do futuro. Olha esse edifício em formato de DNA?.- Seus olhos brilhavam admirando a paisagem lá fora.

- É a Evolution Tower, tem mais de 54 andares. É nosso.- seus olhos se arregalaram em surpresa.- Ao lado, tem um dos melhores restaurantes de culinária russa, reservei uma mesa para almoçarmos lá.

Eu não conseguia tirar o sorriso do meu rosto enquanto eu a observava. Eu tinha lotado meu cérebro tentando pensar em coisas que poderíamos fazer. Coisas que ela gostaria, mas que não nos colocasse em perigo. Parei em frente ao parque Zaryadye.

O lugar era simplesmente incrível, lá poderíamos ter as melhores vistas de Moscou. Desci primeiro, abri a porta para que ela saísse e tomei sua mão na minha, andamos pelo enorme porque como casais normais, nunca havíamos conversado tanto. Bia ficou empolgada com as pontes flutuantes, caminhos com gramados, e o anfiteatro que o local abrigava.

Sentamos em um canto qualquer próximo ao gramado, e aproveitamos grande parte da manhã. Me peguei pensando qual era a visão das pessoas de fora ao nos ver ali. Aposto que não eram capazes de imaginar os horrores que éramos capazes de cometer pela família e pela honra.

Almoçamos juntos em um dos melhores restaurantes da região, foi a primeira vez que Bia provou a culinária russa e vê-la saborear cada prato com empolgação me fez ter certeza que tinha acertado nas escolhas, um sinal de que eu realmente a conhecia bem.

Depois do almoço visitamos o Kremlin de Moscou, a palavra em russo significa fortaleza, seu interior é tão gigantesco que parecer formar uma nova cidade, segundo minha esposa, lá tinha se tornado seu lugar favorito, voltariamos lá novamente, não tenho dúvidas. E por ultimo fomos até o Mausoléu de Lênin, Lênin é um grande herói na Rússia até hoje, ele foi o responsável pela Revolução que libertou o país das mãos do czar e deu voz ao povo. Ainda hoje, anos após a queda da União Soviética, Lênin é respeitado e cultuado no país. Seu mausoléu é um dos locais mais visitados.

No final da noite, jantamos em outro restaurante e voltamos para mansão. Bia foi direto para o quarto, e eu até o escritório me colocar a par dos negócios. Retornei as chamadas que ignorei no decorrer do dia, e por último liguei para Marco.

- Como estão as coisas em L.A?

- Sob controle. Lorenzo tem potencial.

Conversamos sobre algumas melhorias e finalizei a ligação. Saí rumo ao quarto e parei próximo a porta, Bia falava no telefone com alguém, provavelmente Arya, quando coloquei minha mão na maçaneta para entrar, Bia pronunciou algo que me fez recuar...

-

Eu o amo, Arya.


Destinada a ele - Série Os mafiosos- Livro 02-  (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora