Capítulo 24

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DANTE

“Não confunda minha bondade com fraqueza. Eu sou uma pessoa como todas, mas se alguém mexer comigo, ele irá se lembrar de mim”
~ Al Capone

Eu ainda me encontrava na base da Bratva, porém os soldados da Camorra já haviam tomado o local.

Bia estava bem, Lucas havia saído do país para buscá-la e eu me via ansioso por sua chegada.

Eu não sabia o que era dormir a dias, só teria sossego quando colocasse minhas mãos em Semion. Soldados de Dimitri se juntaram a Luna para buscar sua localização e encontrá-lo era prioridade no momento, em breve ele estaria em minhas mãos.

Alcançando a porta que dava para sala de treinamento, empurrei sobre o aço até que a porta irrompeu e adentrei o ambiente, fui em direção às barra, me livrei do casaco e camisa e comecei a me exercitar, aquilo ajudaria.

Eu estava vazio... A falta de Elena, a culpa por tê-la deixado morrer, Enzo que estava distante em outro país para sua proteção. Escutei passos leves pelo corredor que dava acesso a sala, eu mataria quem viesse me atormentar, sentindo-me drenado parei com os exercícios e com uma respiração profunda me virei.

Eu congelei imediatamente. Bianca estava em pé encostada na velha porta de aço, me observando.

Seus olhos escuros observavam os meus, calor me consumiu.

Eu não estava sozinho. Não estava mais sozinho. Eu tinha Bianca.

Ela estava imóvel como uma estátua, fui em sua direção. Eu precisava dela, Bianca recuou mas segui indo até ela, não desviamos o olhar, assim que estava próximo o suficiente a segurei firme, tão apertado como poderia sem machuca-la, seu rosto pressionou contra meu peito enquanto eu sugava seu cheiro de baunilha em minhas narinas, acariciei seu cabelo, não falamos nada, apenas ficamos lá...

Depois de não sei quanto tempo ela virou sem rosto e finalmente quebrou o silêncio.

- Cadê, Enzo?

- Está seguro, deixei ele longe de tudo isso.

Ela tinha emagrecido, seus olhos estavam fundos, sua expressão cansada.

- Eu tentei te odiar.- ela se afastou.

- Eu não poderia te odiar.- Tê-la sempre foi parte dos meus planos.

A puxei para mim e meus lábios cobriram os seus, a umidade quente de sua língua emaranhando avidamente com a minha própria. Arrepios de prazer correram por todo meu corpo, eu nunca tinha sentido aquilo antes, um desejo avassalador, a necessidade crua e insaciável de estar com uma mulher.

Perdi a noção de onde estávamos até escutar alguém limpando a garganta em uma tentativa de se fazer presente. Me afastei de Bia contra minha vontade e segui o olhar para ver quem havia nos interrompido.

Era Marco Di Lauro, se fosse outro estaria morto neste exato momento. Bianca parecia sem graça enquanto passava aos mãos em seus cabelos, os colocando no lugar.

- O que é, Marco? Espero que seja algo importante.

Suas mãos estavam cruzadas e ele evitava contato com Bia.

Esperto, eu diria...

- Achamos Semion, senhor.

Aquilo teria que esperar, antes eu precisava sentir Bianca.

- Encontro vocês daqui a pouco, reúna todos na sala de comando.

- Sim, senhor. É bom tê-la de volta, Bianca.

Ela sorriu e agradeceu, assim que ele saiu me voltei para ela novamente.

- Nunca irei entender porque você é mais gentil com os homens.

- Ciúmes, Carraro?.- Ela queria me provocar, senti isso em sua voz.

Me aproximei de seu pescoço, tracei o caminho até seu ouvido com a língua e falei com a voz rouca. - Vou te comer aqui, agora. Tem alguma relutância a fazer?

Destinada a ele - Série Os mafiosos- Livro 02-  (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora