Destinada a ele - Série Os mafiosos- Livro 02- (CONCLUÍDO)

Capítulo 29

DANTE

" Nada pessoal, é só negócio”
- Otto Berman

Eu me vestia enquanto admirava Bia de longe, ela estava encaixando o colete em seu corpo esguio e parecia perdida em pensamentos.

Foi quando a tomei no chuveiro a alguns momentos atrás que percebi que tudo o que sentia quando a tinha por perto era loucura. Mas ao mesmo tempo eu sabia que era assim que tinha que ser.

Seu sorriso me tirava o fôlego, e seus beijos me faziam sentir como uma chuva fresca no deserto, a necessidade em tê-la era pulsante. Eu precisava ver sua pele novamente, eu queria correr minha língua sobre ela. Eu precisava de mais. Eu nunca quis tanto algo.

O que diabos havia de errado comigo?

Era para eu estar focado no que faríamos a seguir.

Foco, Dante.

Terminei de me vestir e coloquei minhas luvas, ela Já estava pronta e evitava me olhar.

- Vamos?.- a chamei.

Bia assentiu e seguimos rumo aos portões.

- Você está bem?- perguntei.

Estávamos a uma certa distância dos soldados.

- Sim. Acha que isso me assusta?.- ela me encarou com desafio em seus olhos.

Marrenta...

- Eu tenho certeza que não. Você só parece alheia.

Ela desviou o olhar e apressou os passos.

Bernardo me aguardava ao lado da Range Rover, iríamos no mesmo veículo. Abri a porta para que Bia pudesse entrar e me sentei ao seu lado, meu underboos cuidaria da direção e ficaríamos na retaguarda.

Fomos em direção ao World Trade de Moscou, lá encontrariamos Semion. Chegamos ao local meia hora depois, somente Eu, Bernardo e Bia paramos em frente ao enorme edifício, os demais soldados estavam nas ruas da redondeza. A intenção era cercá-lo.

Ficamos a espreita por horas a fio, Bia já aparentava impaciência quando finalmente a figura gorda e baixa de Semion surgiu pelas enormes portas giratórias de vidro seguido de um guarda costas. Sua trajetória  foi até uma BMW preta que estava estacionada em uma das vagas disponíveis ao lado do prédio.

Isso finalmente acabaria...

Esperamos ele dar partida, somente Semion adentrou a BMW, seu guarda costas entrou em um jipe e o seguiu.

Liguei para Marco que o aguardava com os soldados a algumas quadras dali.

- Ele já saiu. Se preparem.

Deixamos que eles tomassem uma distância segura para não criar qualquer suspeita e os seguimos.

Dez minutos depois chegamos no ponto de encontro, seu guarda costas já tinha sido alvejado e seu carro estava encurralado por meus cinquenta soldados.

Por ordens minha ninguém havia o tocado.

Sai do carro com Bianca ao meu lado enquanto meus soldados abriam caminho para que nos aproximassemos da BMW.

Como Bernardo havia previsto ele não revidou.

E foi naquela noite fria que a guerra finalmente teria um fim.

Semion me avistou a sem delongas saiu do veículo com as mãos erguidas.

- Xeque mate.- o velho disse.- Pontos para Dante Carraro.

Não houve troca de tiros, Semion me olhava com curiosidade e surpresa.

- Se me permite.- ele apontou para seu bolso e minha arma já estava apontada para sua cabeça.- É só um cigarro, Carraro. Você ganhou, do dia para noite se tornou um rei.

Abaixei minha arma, e fiz sinal para que meus homens também o fizesse.

- Não vai pedir a morte ?

- Que propósito teria?

Ele acendeu um cigarro e comentou sobre o clima.Eu o respeitava,apesar de tudo, permiti que terminasse o cigarro e ordenei que Marco o algemasse. Seu destino era Vegas, ele ficaria lá até a reunião em Chicago.

Eu finalmente tinha tomado a Rússia, amanhã os jornais do mundo todo falariam sobre a queda de Semion e seria oficial o golpe contra aqueles fodidos russos.

Procurei o olhar de Bia e a encontrei ao lado de seu irmão, me dirigi até eles.

- Qual a sensação de poder voltar para casa?. - me dirigi a Toretto.

- Fodidamente boa. Um whisky cairia bem.- apertamos as mãos em sinal de comemoração.

Peguei a mão de Bia e nos afastamos.

- Esperava mais ação?. - perguntei.

Ela se virou para mim e finalmente vi seu sorriso.

- Confesso que sim, mas fico feliz que tenha terminado assim. Acha que ele te passará o poder na reunião de Chicago?

- Se não passar, tomarei.- passei meus braços em torno de sua cintura a puxando em minha direção.

- Estamos em público, Dante.- aquilo sem dúvidas a surpreendeu.

- Não ligo. Você é minha, todos sabem.- vi brilho em seu olhar, ela finalmente cederia ?