Capítulo 36

1.9K 264 93
                                    

Oiiii...

Bora de capítulo, espero que gostem!

Bjs
Lu
😘

                    🧔♥️👩

Pov Jamie

Depois da recepção hostil da delegada e de sermos enxotados da sala dela, Mendonça e eu estamos aqui na recepção sentados aguardando. Quer dizer, eu estou sentado, já Mendonça está andando de um lado a outro a ponto de explodir de tanta raiva.

— Eu não acredito que esta mulher fez isso. Quem ela pensa que é? — esbraveja ele.

— Mendonça, calma. Abaixa o tom de voz antes que você acabe em uma cela.

— Eu não duvido que essa delegadinha faça isso.

Sem se importar com meu pedido ele segue andando impaciente.

— Ela por acaso acha que o cargo dela a torna Deus, que está acima de tudo e de todos? — ele segue reclamando

— Cara, eu também não gostei da atitude dela, e sim, foi arrogante. Só que nós não temos outra escolha a não ser acatarmos as ordens dela. Ela que é a autoridade aqui.

— Eu não acredito que você está dizendo isso com toda esta calma? É a sua mulher lá dentro, sabia? E se essa delegada a pressionar ou coagir Dakota.

— O que você quer que eu faça?— ele para em minha frente e me encara — Amigo, sente-se aqui. — bato na cadeira vaga ao meu lado — Conheço bem minha mulher, sei bem que depois de tudo o que passamos ela não vai permitir que nada e nem ninguém nos afaste. Acalme-se!

Mendonça senta emburrado ao meu lado e eu fico tentando entender o porquê dessa reação explosiva dele. Na nossa profissão é comum lidarmos com pessoas arrogantes e desde que eu conheci o Henrique eu nunca tinha visto ele perder sua postura elegante e profissional.

Permanecemos em silencio por um longo tempo até que Dakota apareceu na recepção seguida pela nobre delegada. Analiso minha mulher e ao que me parece ela está bem. Ela sorri discretamente para mim tranquilizando-me.

— Jamie, sua vez! — ela diz em tom educado mas deixando evidente sua autoridade.

— Claro. — Me levanto e Mendonça faz o mesmo — Tudo bem? — pergunto ao passar por Dakota

— Ahan! — ela balança a cabeça.

A delgada observa nossa breve interação, mas não diz nada ela se vira e nós a seguimos para dentro de sua sala.

— Sentem-se. — ela ordena.

O tom de voz dela não é mais tão hostil, ainda passa autoridade e firmeza, mas algo mudou.

— Obrigado! — digo educado.

Em um silêncio meu amigo e advogado se acomoda ao meu lado. Mas todo o seu corpo irradia a tensão que ele ainda sente.

— Doutor, eu consenti com a sua permanência durante a minha conversa com o senhor Dornan contanto que o senhor não tente intervir ou nos atrapalhar. — A delegada diz calmamente.

Eles se olham nos olhos e eu temo que Mendonça a confronte, mas ao contrário disso eles continuam a se encararem por um longo tempo sem nada dizer.

— Ok. — ele diz depois de certo tempo e ela franze a testa e o encara. — Entendido, doutora. — ele ironiza.

Agradeço por ela ignorar o tom dele. A delegada se vira para mim.

— Senhor Dornan, eu gostaria que me contasse como conheceu Dakota, desde o princípio. — pede ela educada.

Começo então a relatar toda a nossa história com a maior riqueza de detalhes que posso. Desde como nos conhecemos, porque a deixei, o que me aconteceu depois, a minha volta e também como a encontrei naquele parque. A delegada me observa atenta, questionando vez ou outra quando acha necessário.

Discretamente olho para o lado e vejo Mendonça a encarando, não, encarar não é a palavra exata, admirando seria mais preciso. Noto que ela vez ou outra ela também o olha e quando os olhos de ambos se cruzam ela por uma fração de segundo ela balança a cabeça quase que imperceptivelmente e seu semblante endurece.

— Por enquanto é só senhor Dornan. — ela finaliza a nossa conversa — Vou chamar algumas das pessoas que o senhor e a senhora Masterson citaram para confirmar a versão de vocês e se preciso eu volto a falar com o senhor.

— Certo, doutora. Obrigado por nos receber.

— Peço apenas que o senhor não deixe a cidade.

— Pode deixar! Não iremos a lugar algum.

Doutora Barbara aperta a minha mão e em seguida repete o gesto com Mendonça, mas assim que o toca puxa rapidamente sua mão como se tivesse levado um choque.

Contenho minha vontade de rir da situação inusitada.

— Espero não voltar a vê-lo tão cedo Doutor. — ela diz a ele.

— Igualmente delegada! — ele responde no mesmo tom e eu praticamente o arranco da sala antes que ela decida prendê-lo por desacato.

Minha Dak está sentada num canto da sala, me xingo mentalmente por a ter deixado sozinha em um lugar como esse, mas no momento nem pensei nisso.

— Tudo bem? — me sento ao seu lado — Me desculpe por te deixar sozinha.

— Tá tudo bem, amor. Eu só quero ir para casa. — ela aperta minha mão.

— Vamos, amor. Mendonça quer que te deixe em algum lugar. — pergunto a ele enquanto estamos deixando o prédio.

— Não amigo, eu pego um taxi. Vão para casa e tratem de relaxar.

Neste instante Doutora Barbara passa por nós em seu carro, ela reduz a velocidade ao se aproximar de nós. Quando Mendonça se vira para olhar, ela arranca em alta velocidade cantando pneu.

— Perdi algo?

— Eu não sei, mas algo me diz que muita coisa ainda vai acontecer com esses dois?

— Será?

— Eu não sei. A única coisa que eu tenho certeza nesse momento é que eu quero ir pra casa e ficar bem juntinho de você e da nossa pequena.

— Ótima idéia!

Obrigada por lerem!

Deixem suas estrelinhas! 

De Volta Pra Você - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora