Capítulo 7 -

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-Sim, sou eu mesmo.-
-Então, o Sr. me desculpe, mas seu amigo ou seja lá quem for, não mora mais aqui. Talvez, tenha morado. Moro aqui a mais de anos.-
-Esse é o endereço que tenho.-
-Espere, mas esse é o meu cartão! Como o Sr. conseguiu esse cartão? Distribui ele já faz mais de um ano. Na época estava fazendo um trabalho, pois estava desempregada.-
-Eu realmente, não sei onde consegui, apenas que estava no meu bolso.-
-De qualquer forma, agora o Sr. sabe que esse amigo não existe.-
Entrei em casa, tomei um banho, agora sim, estou aquecida. Liguei a televisão para assistir um filme que estava fazendo um grande sucesso.
No entanto, dei um pause, fui até janela para ver se a pessoa tinha ido embora. Não dava para ver claramente, mas a cor da fantasia se destacava. O homem ainda estava lá...
O meu lado humano começou a gritar mais alto, porém, o medo também estava presente. E agora o que faço? Se o ajudar, posso estar correndo perigo, porém, e se ele for uma boa pessoa?
Peguei uma margarida que estava num lindo vaso, em cima da mesa e fiz uma antiga brincadeira de origem francesa. Uma maneira de poder fazer a escolha certa. Era uma coisa infantil? Sim, contudo, para mim, naquele momento era como uma luz.
“Bem me quer, mal me quer...” Se cair no bem me quer, irei salvá-lo da chuva.
“Bem me quer, mal me quer...bem me quer.”
Bem, irei até ele, de qualquer forma estarei preparada para qualquer eventualidade.
Peguei um enorme guarda-chuva que tinha, e fui até o portão.
Ele estava ali, sentado, encolhido. Será que não tinha para onde ir?Isso é estranho.

O frio e a fome, começaram a tomar conta de mim. Sem saber para onde ir, fiquei preso naquele pedaço de chão. Quem sabe talvez, esperando que o coração daquela mulher fosse tocado.
Enquanto isso, a chuva não dava trégua, minha sorte era a fantasia ser de material impermeável. Mesmo assim, estava com as algumas partes do corpo molhados.

Lutando Com o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora