Capítulo 62 -

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-Por que está se referindo a mim como um cãozinho?-
-Eu nunca disse que o cãozinho era o Sr.!-
-Não? Desculpe, não sei de onde tirei essas palavras!-
-Como já lhe contei é sobre o meu amigo da foto, com licença, preciso responder minha tia.-
-Fique à vontade.-
-Nossa, e agora?-
-Aconteceu alguma?-
-Meus tios não poderão ficar com o Kurgi! Pois, tiveram que viajar às pressas para ver a irmã da minha tia, que se acidentou.-
-Ele pode ficar comigo. Cuidarei dele muito bem, não se preocupe.-
-Nesse caso, o deixarei em suas mãos. Muito obrigada, se pudesse levá-lo comigo...- ele me olha pelo retrovisor e diz:
-Você não confia em mim, não é mesmo?-
-Não foi isso que eu quis dizer. É que animais, como os gatos, amam sua casa, seu cantinho. E em poucos meses, fiz indas e vindas, desnessárias que devem tê-lo assustado. Pelo menos na casa dos meus tios, ele conhece o cheiro deles. Ficaria menos estressado.-
-Não se preocupe, cuidarei dele como se fosse meu filho.-
-Que bom, assim, fico mais tranquila.- Do nada começa a chover, e chover forte. Ele parou o carro, numa loja de conveniência, não dava para prosseguir.
O mais estranho é que não estava marcando chuva para hoje, na previsão do tempo.
-Vou comprar algo para comer. Você quer também?-
-Não, obrigada!-
Alguns minutos depois...
-Mesmo não tendo pedido nada, tomei a liberdade de trazer um café e um sanduíche.-
-Como sabia que gosto de sanduíche?-
-Eu não sabia...foi só um palpite.-
-Já que comprou, vou aceitar. Obrigada.- Isso é muito estranho...foi como se ele soubesse do meu gosto. Será que sua memória, instintivamente, de alguma forma se lembra do tempo que passamos juntos?
Ele ligou o rádio para quebrar o silêncio, apesar do barulho da chuva.

Lutando Com o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora