Capítulo 63 -

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Da mesma forma que ligou o rádio, logo em seguida desligou e começou a falar. Acho que sentiu a necessidade de se abrir comigo.
-Sabe, queria muito lembrar das coisas que aconteceram quando fiquei sem memória.
Infelizmente, minha mãe usou a hipnose para que minha memória voltasse, mas também, para que esquecesse esse período. Até pensei em procurar o hipnólogo, porém, as pesquisas que fiz, diziam que poderia ser perigoso. Por isso, não quis arriscar.
Comecei a pensar numa maneira que pudesse recuperar essa parte da memória.
Até que cheguei a conclusão: acho que estar ao seu lado, farão essas memórias voltarem. E não adianta dizer que é aquele homem da foto, não sou eu.
Sabia, que ainda pareço um cãozinho abandonado? Esta semana, minha namorada, terminou comigo por telefone.-
-Sinto muito, mas porque acha que a minha presença irá te ajudar?-
-Não sei te responder, mas sinto que estou no caminho certo.
Será que posso contar com você?-
-Se o Sr. acredita que poderei ser útil, não posso deixar de ajudá-lo.
Foi por isso, que inventou essa história de anúncio e me escolheu como modelo? Para me ter por perto?-
-Sim, em parte. O anúncio, não foi inventado, apenas a modelo, foi minha escolha. Geralmente, tem um pessoal que faz a seleção, mas nesse caso, eu fiz a escolha.-
-Aceitei porque não tive escolha, no entanto, o Sr. poderá se arrepender. Não sei nada de atuação, nunca encenei, nem mesmo na escola.-
-Não precisa se preocupar com isso. Você vai se sair bem!-
A chuva deu uma trégua, voltamos para a estrada.
Por causa da chuva, a temperatura caiu um pouco. Ele deve ter percebido que eu estava sentindo frio. Pois, me deu sua blusa, que estava no banco do passageiro.
-Muito obrigada, não precisava se incomodar.

Lutando Com o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora