Capítulo 8 -

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A água deve ter penetrado pelas costuras.
De repente, o som do portão se abrindo, me encheu de esperança e medo ao mesmo tempo.
Ela vai pedir para ir embora, quem sabe até tenha chamado a polícia ou talvez, uma esperança no fim do túnel... Sei que não deveria estar fazendo isso, porém meu coração é bobo, e me disse para ajudá-lo.
-Por favor, venha comigo. Te darei abrigo, pelo menos por esta noite.- ele se ajoelhou e me agradeceu, baixando a cabeça várias vezes,
-Muito obrigado! Não esquecerei o que está fazendo por mim. Muito obrigado!-
-Levante-se, retire essa fantasia, vá tomar um banho bem quente. Tem toalha no banheiro e as roupas... as roupas, tive que pegar algumas peças minhas. Tem uma calça e blusa de moletom. Eram as únicas que poderiam te servir, ou melhor quase servirão.-
-Tudo bem, o que você arranjar para mim está ótimo. Por favor não se assuste quando retirar a fantasia.-
Ele foi tirando a fantasia, mostrando que a roupa que usava por baixo, estava quase que totalmente, molhada.
Contudo, dei um passo para trás, quando vi seu rosto! Mesmo todo pintado, o reconheci.
-Sabia que iria se assustar! Está horrível, por isso fiquei com a fantasia.
Eu até tentei retirar essa tinta, no banheiro do clube onde estava, porém, não obtive sucesso. Também não sei te explicar quem fêz isso no meu rosto.-
-Realmente, é assustador!- estava mais surpresa é pelo fato do homem que vi no banco e na loja de conveniência, estar ali diante de mim e na minha casa.
Nunca imaginei uma coisa assim, é incompreensível, inacreditável! Será que é o que chamam de destino? Se for o destino, o que ele está querendo aprontar comigo? Já tenho tantas preocupações, dinheirinho contado, contas a pagar...

Lutando Com o DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora