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Existem dois tipos de realizações de sonhos, aquela que você só percebe no ato da realização e aquela que você percebe momentos antes. Está acontecendo comigo a última. Eu vim com a minha mãe na faculdade assinar a matrícula. Sabe aquela sensação no peito de ansiedade e empolgação? Estou sentindo. Estou com vontade de sair pulando para extravasar e comemorar. As aulas começam no começo do mês que vem para os calouros, no caso eu, já para os veteranos começam no final desse mês. Confesso que queria que começasse logo. Eu sorri para a câmera, a recepcionista estava tirando uma foto para a minha carteirinha. Minha mãe assinou um contrato e eu recebi uma carteirinha provisória para conseguir entrar na faculdade no primeiro dia.
Já dentro do carro, mandei uma mensagem para a Laura contando a novidade e sorri ao ver sua mensagem chegando.

"Estamos muito universitários, eu acabei de fazer a minha matrícula também. Minha aulas começam no começo do mês que vem."

"As minhas aulas também." - respondi. Respirei fundo e reli sua mensagem. Ainda não conversamos sobre sua ida para outro estado. Semana passada, após ler aquela carta, eu liguei para ela e pedi desculpa pela minha grosseria com ela dias antes, mas evitamos o assunto desde então. Eu não sei como ficaremos, na verdade, não sei o que esperar, porque não sei nem o que temos.

- Final de semana é o meu aniversário de casamento com o seu pai. - minha mãe disse após pararmos no semáforo e eu virei meu corpo em seu direção para lhe dar mais atenção. - Estou pensando em sairmos para comemorar, tudo bem para você? Pode chamar alguém pra te fazer companhia, se quiser.

- Posso chamar a Laura? - falei antes mesmo de pensar na possibilidade.

- Pode, mas juízo. - me olhou rapidamente e voltou o olhar para a rua.

A semana passou e eu chamei a Laura para ficar comigo enquanto meus pais saiam, ela aceitou e trouxe suas coisas para dormir aqui.

- Se cuidem e qualquer coisa me liguem. - minha mãe beijou a minha testa e em seguida a da Laura. - Não precisa nos esperar, quando quiserem peçam alguma coisa no aplicativo para vocês comerem.

- Tudo bem. - eu respondi.

- Juízo vocês dois. - encostou o dedo médio e o indicador no seu olho, em seguida apontou-os para nós dois. - Estou de olho.

- Tá bom mãe. - falei sorrindo. Os dois saíram de casa e fecharam a porta da sala, virei-me para a Laura e sorri. - Podemos começar a matar a saudade? - me aproximei e parei na sua frente.

- Depende, o que está incluído nesse matar a saudade? - Laura aproximou-se mais, mas não o suficiente para nossos corpos se colarem.

- Tudo o que você quiser. Pode ser alguns beijos aonde você quiser. - beijei sua bochecha, nariz e testa. - Pode ser alguns amassos. - sussurrei, coloquei minhas mãos na sua cintura e a puxei, só assim colando nosso corpo. - Pode ser mais beijos. - beijei seu pescoço diversas vezes. - Ou. - prolonguei essa palavra e apertei sua cintura tentando deixar claro o que eu estava pensando.

- E se eu quiser tudo isso? - sussurrou no meu ouvido, apertei mais sua cintura quando meus pelos arrepiaram-se.

- Te darei tudo isso. - também sussurrei e juntei nossos lábios.

Laura passou os braços no meu ombro e enrolou sua língua na minha. Apertei sua cintura tentando aproximar mais nosso corpo, mas não tinha como. Me assustei com um barulho de chave na porta e me afastei rapidamente. Ajeitei minha calça para tentar aliviar o incômodo que já estava surgindo entre as minhas pernas.

- Eu esqueci meus documentos. - minha mãe entrou na sala e pegou uma bolsinha que estava em cima do sofá. - Tudo bem? - olhou para mim e para Laura, eu senti meu sangue queimar sem saber o que responder.

- Sim, estávamos resolvendo qual restaurante pedir comida japonesa. - Laura respondeu por mim.

- Bom, tem alguns panfletos em uma gaveta da cozinha. - semicerrou os olhos em nossa direção, resmungou e saiu.

Acabou que decidimos mesmo pedir comida japonesa. Laura sorria toda vez que o molho sujava meu queixo, a maioria das vezes eu até fazia de propósito só para ver seu sorriso e ela limpar com um papel. Eu peguei um sorvete na geladeira e entreguei uma colher para a Laura.

- Flocos. - falei.

- O melhor. - ela disse e eu assenti. Tirei um pedaço do sorvete com a colher e coloquei na minha boca, Laura, após fazer isso também, olhou para minha boca, olhei para a sua e a vi passar a língua nos lábios. Ela colocou mais um pouco de sorvete na boca e me entregou a colher, comi mais um pouco de sorvete e guardei o pote no congelador. Me virei pra voltar para a sala, mas parei só ver a Laura parada na porta da cozinha. - Você ainda não me deu o que prometeu. - sorriu. Sem pensar duas vezes fui até ela e a beijei, encostei seu corpo na porta e pressionei meu corpo no seu.

- Quer ir pro quarto? - perguntei.

- Sim. - sussurrou. Entrelacei nossos dedos e a guiei até meu quarto, acendi a luz do abajur que ela me deu, o que fez com que o quarto ficasse com uma luz amarela. Ela sentou-se na cama e eu me sentei ao lado dela, tirei seu cabelo do ombro, coloquei minha mão na sua nuca e a beijei. Laura deitou seu corpo e eu acabei deitando junto, mas fiquei com parte do meu corpo na lateral do seu corpo e parte na cama.

- Você quer mesmo tudo aquilo? - afastei minha boca para perguntar.

- Sim, quero muito. - assentiu. - Você não quer?

- Você não imagina o quanto. - passei meu nariz em sua bochecha. - Só que é a minha primeira vez, você sabe, se eu fizer algo errado. - Laura me interrompeu.

- Eu sou tão experiente quanto você. Vamos prometer uma coisa? - perguntou e eu assenti. - Se um fizer algo errado, o outro vai avisar, seremos sinceros um com o outro.

- Combinado. - eu assenti. Voltei a beija-la, coloquei uma das mãos na sua cintura, enquanto a outra estava em baixo do meu corpo, no colchão. Coloquei minha mão no seu pescoço e intensifiquei o beijo.
Laura subia e descia sua mão no meu braço, ato que me deixava mais calmo quanto ao que poderia acontecer daqui pra frente.

Eu coloquei minha mão dentro da sua blusa e a subi até seus seios, apertei-os levemente sobre o sutiã, procurei o feixe entre seus seios e abri a peça. Apertei um deles novamente, Laura apertou meu braço, entendi isso como uma forma de dizer que estava bom. Passei meu polegar na areola, contornando o mamilo. Como o beijo já estava descompassado, desci minha boca para o seu pescoço e o chupei levemente, para não machucá-la. Laura suspirava no meu ouvido e movia sua mão no meu braço, colocou a outra mão na minha cintura, por baixo da minha camisa e passou-a nas minhas costas do jeito que me arrepiava. Me afastei brevemente, levantei sua blusa até seus braço e ela levantou-os para eu conseguir tirar. Parei, ainda afastado, e sorri. Ela puxou minha camisa para cima e eu levantei meus braços. Laura passou a mão no meu ombro, peitos e abdômen, eu acariciei sua bochecha corada e me inclinei para beijar seus lábios, que já estavam inchados. Voltei minha mão para seus seios, o envolvi com uma mão e o apertei suavemente, levei minha boca para o outro seio e deixei alguns beijos ali. Tentei fazer o que tinha vontade, chupei o mamilo o mais fraco possível, passei minha língua por todo ele e repeti o processo no outro seio.
Laura levou sua mão para o meu cabelo e forçou minha cabeça no seu tórax, chupei seu mamilo para tentar entender o que ela queria, ela gemeu, então creio que fiz certo. Enrolei minha língua ali e chupei, repetindo o processo algumas vezes. Deslizei minha boca para sua barriga, umbigo e parei no cós da sua calça jeans. A olhei e a vi de olhos fechado, observei suas bochechas coradas e lábios inchados, eu poderia viver pra sempre com essa imagem. Abri o botão e desci o zíper, puxei sua calça ao longo de suas pernas e a joguei em algum lugar no chão, junto com as outras roupas.

Azul é a nossa corOnde histórias criam vida. Descubra agora