"A vida é com um círculo; infinito sem escolha de lados, carregado de altos e baixos. No entanto, a vida nos ensina e nos molda para que saibamos com sabedoria escolher qual dos frágeis fios do nosso destino agarrar. O destino, minha filha, é a velha irmã teimosa da vida."
Eu sempre achei que o destino nos incumbia para um único caminho sem escolhas, mas meu pai acreditava o contrário. Em seu ponto de vista o nosso destino gritava: "Eu estou aqui, este é o seu caminho, prepare-se, fortaleça-se ou sofra!"
Ao chegar nos portões de Barahir eu comecei a questionar aquele ponto de vista incomum.
- Pelos céus! - Sussurrei ao som do chapinhar das nossas botas nas poças de sangue junto a entrada principal de Barahir.
Haviam corpos ainda quentes empalados nos ferros dos portões, outros espalhados com suas cabeças e alguns membros decepados.
Agachei e virei um mulher cujos braços foram arrancados, ela ainda respirava, débil e frágil.
- Fujam de Barahir... - sussurrou agonizando na poça de seu próprio sangue, beirava os últimos suspiros. - Fujam de...
A morte viria para todos, mas para alguém jovem e naquelas condições a morte sorrateira sorria como maldição. Comovida, fechei seus olhos proferindo palavras de redenção para sua alma e paz sobre seu espírito.
- Um massacre? - Legolas perguntou baixo ao lado do seu pai, o rei, que já familiarizado com a guerra observa o território com cautela.
- Acredito facilmente que sim. - Thranduil respondeu aproximando-se de mim e continuou com uma leve exaltação. - Deveria ter ficado em casa como ordenei.
Saquei o arco, uma flecha da aljava em minhas costas e levantei-me determinada.
- A sua teimosia vai matá-la... - observei sua garganta oscilar antes que ele continuasse firmemente. - mais uma vez.
- Esta é a minha casa, - Disse - cresci aqui com este povo. Esta mulher vendia verduras mantendo sempre com um sorriso. Agora ela morreu em sua próprio poça de sangue. - evidenciando espanto em suas faces os elfos observavam o meu confronto para com seu rei. - Posso perder a minha vida defendendo uma causa justa, mas não ficarei sentada acovardada sobre seus lençóis de seda enquanto pessoas precisam de ajuda. Então diga o que quiser, Thranduil, eu não me importo. - Dei as costas para ele dirigido-me aos elfos. Legolas sorria discretamente ao meu breve olhar. - Segurem firmes as suas espadas, firmem o vosso arco, salvem o máximo de vidas que puderem em Barahir e voltem vivos para Mirkwood!
Segui caminho sem esperar reações, sem que importar com a vexame que fiz Thranduil passar tomando a sua palavra rebaixando a sua autoridade. Ele nada disse apenas me observou com ira nos olhos, mas não me importei sobre o que ele pensava sobre mim ou se começara a me odiar, naquele momento Thranduil não poderia ser uma distração.
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Rei Thranduil
Fanfiction(Concluída, em processo reedição.) Um rei. Várias pretendentes. Apenas um verdadeiro amor. Quando o rei conhece Annael, ele ver-se imerso em um destino que destruirá seu total auto controle e ele só será capaz de cativar a dama com a tenacidade, a p...