(Concluída, em processo reedição.)
Um rei. Várias pretendentes. Apenas um verdadeiro amor.
Quando o rei conhece Annael, ele ver-se imerso em um destino que destruirá seu total auto controle e ele só será capaz de cativar a dama com a tenacidade, a p...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Talvez desde sempre eu fosse quebrada e sombria por dentro. Mas aquele com certeza não seria o meu limite, os limites da Annael. No entanto, quais eram os limites da rainha que Thranduil e, com certeza, Legolas pensavam que eu era?
Uma porção exagerada de láudano proporcionava uma noite tranquila, sem dores, aos enfermos, ou uma morte indolor disfarçada de sono profundo.
Foi difícil continuar segurando o copo com a porção depois que papai o bebericou com dificuldade, o que me fez deixar àquela copo de latão sobre a bandeja cuidadosamente apoiada sobre o banquinho ao lado da cama.
Enquanto eu me despedaçava, pouco a pouco, o meu pai caia em um sono profundo. Eu não conseguia soltar a mão dele, não conseguia sair do lugar diante dele.
- Ele já dorme. - Ronronou Thranduil recostado, imóvel, na parede ao lado da janela. - Fique tranquila.
Olhei para ele sem expor qualquer expressão na face torcendo para que ele não conseguisse ler a minha alma através dos meus olhos.
Apertei os dedos em punho, estiquei o corpo e fiquei de pé, e, então peguei a bandeja sobre o banco.
Eu tinha que conviver com aquelas palavras: "Ela é a minha filha,embora eu não seja o seu verdadeiro pai." E engoli-las até as melhoras do meu pai desse o ar de sua graça.
Segui para fora do quarto, cada passo até a cozinha era mais pesado, mais difícil.
As ervas maceradas dentro dos jarrinhos sobre a mesa retangular estavam prontas para uso, mesmo assim peguei o pilão e as espremi com toda força.
- As lágrimas que insistes em reter em seus olhos falam o quanto ouviu da nossa conversa. - Surpreendeu-me Thranduil pelas minhas costas.
Parei de massacrar as pobres folhas no pilão e olhei por cima do ombro.
- Por favor, não importune-me com questões desnecessárias, não é o momento. - disse, largando de lado o espremedor e partindo para o outro lado a abrir uma gaveta. - Temos muita coisa para fazer.
Era mais fácil não precisar contar o que eu ouvi. Não precisar contar ou transparecer a ele que eu estava quebrada.
-Ao menos uma vez, deixe de lado os outros e se importe consigo mesma.
-O povo sobrevivente da cidade precisa de toda a ajuda que puder. Deste modo, as questões pessoais ficarão para um futuro mais calmo. - Disse, enlaçando à cabeça o lenço que peguei na gaveta.
Thranduil encheu o peito com um suspiro pesado.
-Nós ainda estamos rastreando alguns orcs desertores da batalha,precisamos interrogá-los, descobrirmos o que pretendem. - Disse ele aproximando-se com movimentos leves. - Anna, devo-lhe explicações,contar-lhe a minha relação com sua família... A minha aproximação foi uma coincidência...
