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Estou hipnotizado. Esses rapazes são incrivelmente talentosos. E o Changbin... eu nunca vi alguém falar alguma coisa tão rápido. Os três são muito bons no que estão fazendo. Quando terminam, Chan se vira para mim com um sorriso enorme.

- O que você achou? - Os outros dois se viraram para mim também.

- Vocês são demais - O sorriso de Chan aumenta, to começando a nem questionar mais como ele consegue fazer isso. Han também sorri e de alguma forma o rosto de Changbin se torna mais suave.

- Bom, obrigada! - Foi Han quem agradeceu. - Bom, nós somos o 3RACHA. - Ele diz empolgado o que me faz sorrir um pouco.

- Nome legal, o que significa? - Eles se entreolham com um riso de piada interna no olhar.

- Pegamos do molho de pimenta siriracha, 3 porque estamos em três. - Original, estranho, mas original.

- Então vocês são um grupo quente, entendi. - Eles sorriem e voltam a conversar entre eles. Minho se vira para mim novamente parecendo bastante empolgado.

- Eles são muito bons, não são? - faço que sim com a cabeça e noto que ele está olhando diretamente para o Han, eles parecem se gostar muito. - Eles são a base do nosso grupo.

- Você faz parte de um grupo também? - ele sorri.

- Sim, só não temos um nome ainda. Quem sabe mais para frente você possa entrar também. - Ele apoia o queixo em sua mão de forma sonhadora. Fico pensaivo por um tempo, nunca me vi cantando.

- Acho que cantar não é bem meu forte. Minha área é a dança mesmo.

- Outro dançarino, legal. Ta explicado porque nos demos bem logo de cara. Mas pensa em como os fãs iriam surtar com esse seu vozeirão grave. - Eu não pude deixar de sorri com a forma com que ele falou.

- Bom, terminamos - Chan me puxa de meus devaneios pela segunda vez hoje. - Vamos? - Eu me levanto e me junto a ele. - Até mais, caras. - Eu dou um aceno de cabeça de cabeça e saímos. Durante o trajeto até a porta, pude sentir o peso do olhar do Changbin sobre mim.

- O que você achou dos meninos? - Ele me olha com uma certa preocupação. Eu sorrio.

- Eles parecem ser bem legais. - Ele sorri aliviado.

- Fico feliz. - Ele se volta pra frente. - Eu sei que o Changbin parece bem duro e difícil por fora, mas por dentro ele é macio como um marshmallow. - Eu solto uma pequena risada pela comparação que ele fez.

- Espero que os outros sejam como os outros dois. - Ele sorri.

- Eles são legais, esse durão que se faz de difícil, mas uma hora ele vai ceder. - Eu sorrio de leve e me viro para frente. Seguimos até minha casa falando de suas músicas e trocamos números quando chegamos na mesma.

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Cá estou eu novamente de fone, olhando pela janela dessa vez. Os garotos que conheci hoje são bem legais. Minho é supersimpatico e acho que vou fazer amizade com ele tão fácil quanto fiz com o Chan. O Han parece bem legal também, achei ele simpático e parece ser bem brincalhão. O Changbin... ele parecia mesmo um pouco mais relaxado enquanto falava com os membros do 3RACHA.

Eu suspiro e me levanto. Algo no demônio está me deixando incomodado. Eu não sei se é o fato de eu ter crescido ouvindo que eles são a espécie mais perigosa de Demi, ou se é outra coisa, mas ele me intriga.

Meu pai bate na porta e logo em seguida ele entra sem esperar eu permitir.

- Como foi o passeio com o namorado? - Eu o ignoro. Me recuso a perder meu tempo falando que ele não é meu namorado. - Você poderia ter avisado que ia sair.

- Como se você se preocupasse com isso. - Ele suspira e passa a mão pelo cabelo.

- Eu me importo com você, Yongbok.

- Ah claro - falo sarcasticamente. - E já cansei de falar pra me chamar de Felix. - Ele bufa começando a ficar irritado.

- Esse é o nome que eu dei para o meu filho, posso muito bem chamar ele assim, não acha?

- Claro, até porque esse é o mesmo filho que você abandonou e durante 12 anos não se preocupou em saber se pelo menos ele estava vivo. - Eu o encaro com raiva e ele me encara de volta.

- Enquanto você estiver sob meu teto, eu te chama como eu quiser moleque. - Só então eu percebo que em sua mão tem uma garrafa de soju quase vazia. Isso não vai acabar bem.

- Tudo bem, isso não vai durar muito mesmo. - Ele se afasta do batente da porta e adentra mais o quarto.

- O que você quer dizer com isso? - O medo começa a crescer em mim mas eu o empurro para o fundo novamente. Eu não sou mais o menininho indefeso, eu não vou abaixar minha cabeça.

- Espero de verdade passar naquela universidade, assim eu me livro de você. - Um tapa na cara. Tão rápido que eu não esperava e não estava preparado para receber.

- Acho melhor você ter mais respeito pelo seu pai. - Eu encaro com raiva o cara bêbado em minha frente.

- Você não é meu pai. Não quero um pai como você. - Dessa vez foi a garrafa que me atingiu na lateral da cabeça se quebrando em vários pedaços. Eu caí no chão e levei a mão para a região atingida, ela voltou com sangue.

- E eu não mereço um filho tão insolente. - Ele cospe em mim e sai do quarto. Começo a me sentir extremamente zonzo e ali, no chão do quarto sem nenhuma testemunha, eu desmaio.

Demi • Changlix Onde histórias criam vida. Descubra agora