prólogo

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Eu sempre fui uma boa garota.

Eu juro.

Eu juro que eu era uma boa garota.

Desde pequena eu fui ensinada a ficar longe de coisas que fossem trazer problemas para minha vida. Fui ensinada que álcool e drogas são vícios que trazem problemas, viciam, causam dores e nos deixam totalmente dependentes. Sempre fui alertada a ficar longe de qualquer coisa que pudesse me fazer mal, que pudesse fazer eu me perder de mim mesma. Mas eu nunca fui alertada sobre o perigo que era amar.

Nunca fui alertada que amar alguém é perigoso, principalmente se você pôr essa pessoa como o centro do seu mundo, se você amar tanto alguém que não importa o que essa pessoa faça, você irá continuar ali.

E eu descobri sozinha.

Da pior forma possível.

Aos meus dezessete anos eu vi o meu coração ser massacrado em meu peito pelo meu primeiro amor e consequentemente partes de mim morreram naquele exato momento. Eu era cega. Eu não queria acreditar que alguém pudesse me fazer mal daquela maneira.

Mas aconteceu.

E desde então, aquela garota morreu dentro de mim. Eu não deixava ninguém se aproximar demais, eu tinha todos os cuidados possíveis para que aquilo não acontecesse de novo.

Ou era o que eu achava.

Porquê, querido, quando você chegou com seu sorriso convencido e olhar arrogante eu sabia que parte de mim estava entregue a partir daquele momento. "Viva a vida. Só você pode lidar com as suas próprias consequências. Então as faça valer a pena" era o que você sempre dizia. Você fez todos os outros parecem nada. Um mísero nada.

E eu me apaixonei por isso. Depois de anos eu me apaixonei novamente.

E no final, as drogas e todo o álcool que consumíamos juntos, não pareciam ser nem um pouco destrutivos.

Porque eu já estava consumindo o maior dos vícios; o amor.

Perfect Disaster - PAUSADO Onde histórias criam vida. Descubra agora