ᴠᴇʀᴅᴀᴅᴇ ᴏᴜ ᴅᴇsᴀғɪᴏ?彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ (Concluída)

20°

Pov's Cole.

Eu ouvi. Ouvi o choro que saiu dela assim que virei as costas. Mas eu não podia voltar atrás.

Forcei cada passo até que eu estava correndo e fugindo. Porque, no fim das contas e apesar de tudo, meu amor estava intacto e eu me odeio por isso. Eu me odeio por ainda amar alguém que pouco se importou comigo.

Quando eu percebi que a Lili tinha me deixado depois da nossa primeira noite, corri até a casa dela. Bati na porta até quase derruba-la.

Mas ninguém atendeu.

Eu corri para o aeroporto, na esperança de conversarmos e resolvermos. Eu não a faria ficar, eu só precisava que ela soubesse que era por ela que eu estava apaixonado. Só que, quando cheguei, seus pais estavam saindo.

Minha Lírio havia partido, para sempre!

Assim como me pediu, mantive distância de tudo que dizia a respeito a ela. E, apesar de manter contato com sua família, jamais perguntava o que eu queria.

Mesmo assim, em alguns momentos, eu ouvia que ela estava se saindo bem, havia virado chefe do grupo de honra. Eu não esperava menos.

E em pensar que podíamos ser nós dois lá agora.

Foram os piores meses da minha vida. E eu quase me arrependi de ter me apaixonado por ela. Eu sabia que não iria me recuperar tão cedo.

Mas, ao lembrar de tudo que passamos juntos, das nossas brincadeiras e conversas, eu tentava me convencer de que era uma dor que valia a pena.

Meu foco era terminar os estudos e seguir para reencontrar a Lili. Meu plano era surpreendê-la e tentar esclarecer os maus-entendidos. Assim, nós dois poderíamos recomeçar em Yale.

Mas eu fui o único a ser surpreendido.

Eu não queria ir aquele baile. Não havia razão para estar lá. Eu sonhava em ir com a Lili, mas, sem ela aqui, um baile era o último lugar aonde queria estar.

A Sarah insistiu para que eu a acompanhasse. No fundo eu sentia que devia isso a ela. Eu estava sentado e não queria fazer nada, mas ela me pediu uma única dança e não consegui negar.

Estávamos dançando e , em questão de segundos, o corpo dela inteiro congelou. Senti tensão em cada parte do seu corpo que eu estava tocando. Segui seu olhar e não consegui acreditar no que vi.

Só podia ser uma visão. Eu cheguei a pensar que ainda estava sonhando. Principalmente quando ela veio até mim, caminhando lentamente, quase como se não tivesse certeza de que é isso que queria.

Lili sussurrou um oi assim que estava bem próxima a mim e eu me assustei por ouvir sua voz depois de tanto tempo.

Era real!

Eu precisava ter certeza. Depois de imaginar aquela cena milhões de vezes, eu ainda não conseguia acreditar.

Quando a levei para um local reservado, minha intenção era beija-lá e recuperar todo o tempo perdido. Eu tinha tanta saudade.

E, ao chegar a sala, ainda sem conseguir acreditar, toquei seu rosto para garantir que ela não iria sumir.

Ela fechou os olhos. Quando tudo dentro de mim já tinha certeza de que não era um sonho, tomei coragem e perguntei o motivo dela estar ali, mas as palavras saíram mais ríspidas do que eu esperava.

Lili  se assustou e eu repeti a pergunta com uma frieza que eu não sabia que estava sentindo. Existia muita mais dor do que eu imaginava. Principalmente quando ela me disse que não estava lá por mim e foi embora.