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POV's Cole.

Quinze. Quinze dias sem ver a droga da Lili. Ela não aparece em canto algum. Já acampei em sua porta por dias, não falto a nenhum dia de aula esperando vê-la, grito dia e noite por ela, já procurei em cada hotel e apartamento da região e a garota parece que sumiu do mapa.

Eu estou surtando.

E, mais uma vez, tudo não passou de um mal entendido entre nós dois. Eu estava tomando um banho quando tudo aconteceu. Naquela noite eu ia esclarecer todas as coisas com a Lili, contar o que descobri a respeito da Sarah e ver o que poderíamos fazer juntos a respeito.

Quando saio do banheiro dou de cara com ela pálida e, completamente, assustada. Não entendi o que ela fazia ali, já que prometeu nunca voltar, mas ela não reagia e não respondia nada. Segui seus olhos até minha cama e vi minha ex deitada e completamente nua.

Eu já desconfiava. Mas após isso entendi tudo. Eu achava que a Lili estava exagerando quando queria me alertar. Mas, no dia que ela se foi de mala e cuia, a Sarah começou a achar que éramos um casal.

— Enfim sós. - Foi o que ela me disse antes de se jogar em cima de mim, sem nenhuma roupa, me pegando é surpresa, no segundo que a Sarah saiu.

— O que significa isso, Sarah? - Fiquei apavorado e atordoado. Eu já não a via da forma como ela imaginava. Tentei a cobrir com um lençol.

— Estamos livres daquele encosto que achava que era sua namorada. Podemos viver nosso amor, como sempre sonhamos.

Eu não a contradisse, preferi não falar nada. Percebi ali que a Sarah estava desequilibrada. Então decidi procurar a Lili. Ela saberia o que fazer neste momento. Esperei passar a raiva para procurá-la apenas no dia seguinte.

Mas tudo foi tão rápido.

Quando me dei conta, Lili estava na minha frente, chorando, e dando um sermão memorável na Sarah.

Fiz o que pude para ela me escutar, mas ela não quis ouvir. Coloquei o mais rápido possível minhas roupas porque queria ir atrás dela. Só que a Sarah ficou descontrolada, chorava inconsolavelmente, e, sabendo que algo errado estava acontecendo com ela, resolvi ficar. A cobri e confortei até que ela dormiu. Liguei para seus pais, que concordaram com minha decisão. Chamei uma ambulância e solicitei sua internação. Seus pais logo chegariam e tomariam conta dela.

Sarah precisava de tratamento psicológico. E a Lili já tinha me avisado.

Eu me culpei pela Sarah, me culpei pela Lili. Preferi fechar meus olhos e não acreditei em uma palavra da mulher que eu amo, fazendo mal as duas.

Tudo que eu precisava era explicar. Contar tudo que aconteceu neste pequeno tempo que nos separamos. Caramba, foi tudo tão rápido. Há alguns dias ela dormia comigo, eu me sentia o cara mais sortudo do mundo por tê-la ao meu lado. E agora eu a perdi, mais uma vez, e por burrice.

Fui vê-la naquela mesma noite. Exigi falar com ela com todos argumentos que encontrei. Mas sua amiga foi implacável e não me deixou nem ouvir a voz da Lili. Inclusive ela chamou a merda da polícia. Filha da mãe!

Até conseguir sair e me livrar de não ser fichado, foi difícil. Explicar para o policial que eu não estava tentando perturbar a paz alheia não foi uma tarefa fácil. Mas, enfim, algumas horas depois, consegui sair ileso.

Na paz do meu apartamento coloquei a cabeça em ordem e decidi dar um tempo para ela. Mas, o que eu não esperava, era que, quinze dias depois, eu não teria nenhuma notícia sobre seu paradeiro.

E as coisa ficaram cada vez piores. A Vanessa era completamente louca.

Com o sumiço repentino da Lili, a garota passou a me infernizar sem um segundo de sossego. Não sei que desculpa inventaram, mas ela tem dividido a presidência comigo na ausência da amiga.

ᴠᴇʀᴅᴀᴅᴇ ᴏᴜ ᴅᴇsᴀғɪᴏ?彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora