Desculpa a demora, meio q eu tô passando mal e tbm tô com preguiça ._.
Mencionei que a porta estava aberta? Pois é, ela estava. Muito aberta, por sinal.
E quem chegou para mais um flagrante? Quem falou Melanie, acertou!
Da porta ela pigarreia, chamando nossa atenção.
Cole para de me beijar, abaixa a cabeça, respira fundo e, lentamente, olha para mãe dele com uma cara nada feliz. Eu, no entanto, apenas faço o possível para não rir.— E-eu vim chamar vocês para irmos comprar algumas coisas para o bebê. - Ela também tenta segurar o riso.
— Pode ser outra hora, mamãe? Estamos meio ocupados agora. Acho que a senhora percebeu.
— Então mantenham a porta fechada. - Ela não esconde o sorriso. E, antes de bater a porta, grita: — E usem camisinha.
— Agora já era, mamãe. - Ele grita de volta. Solto o riso que segurei até agora. — Onde estávamos?
Não consigo me concentrar na seriedade do momento, continuo rindo, sem parar, da cara que ele fez para sua mãe e da que está fazendo para mim. Quantos flagrantes são necessários para esquecermos a vergonha? Tenho certeza que Melanie e eu descobriremos em breve.
— Vai ficar rindo da minha cara? - Anuo. — Resposta errada, Lírio.
Começamos uma luta de travesseiros. Estou perdendo feio e, quando percebo que não tem como ganhar esta, finjo uma dor na barriga. Cole fica sério, de repente, apavorado que seja algo com o bebê. Começo a rir e dou uma travesseirada nele. Ele vem até mim rindo e me derruba com cócegas.
— Você ganhou. Eu me rendo. - Falo entre gargalhadas.
— Se rende? - Sua voz está mais rouca. Ele segura minhas mãos acima da minha cabeça. E está sentado por cima de mim.
Anuo com a cabeça. Então ele me beija, deitando-se por cima de mim. Gostaria de explicar que grávidas têm todos os desejos mais aflorados, se é que deu para entender.
Dito isso, sabemos o que aconteceu.Depois de meses de abstinência, meses sem Cole, meses sem estar com alguém. Eu e ele estávamos "juntos" novamente.
Um bom tempo depois de tudo, descemos para encontrar seus pais e vamos todos jantarmos juntos. Engraçado que eles estão se olhando e sorrindo, como quem guarda um segredo. Como se eu não soubesse que eles, realmente, tem um segredo.
Um que está me matando de curiosidade.
Após um jantar regado a planejamentos e sonhos, subo para o quarto do Cole novamente. E não é para nada além do descanso.
— Comi por dois. - Falo, me jogando na cama. Ele ri e fecha a porta.
— Dorme aqui? - Ele se joga ao meu lado e deita, beijando a curva do meu pescoço.
— Má ideia. - Ele continua ali, beijando. Meu ponto fraco, droga. — Col... - Gemo.
— Fica, amor? - Ele continua. Agora com as mãos em pontos mais sensíveis.
— Cole... - Gemo, novamente. — Eu preciso... dormir.
— Você vai. - Ele ainda não parou de provocar. — Já, já.
E ele me convence a ficar. Durmo com ele. Mais uma vez, entro nesta bolha só nossa, e decido curtir, só mais um pouco.
No dia seguinte, ele me acorda não muito cedo.
Tudo que eu gosto de comer no cafe-da-manhã está posto a minha frente. Cole é gentil e atencioso como nos nossos primeiros dias juntos.
Como sem cerimônia. Minha desculpa é o bebê. Mas Cole sabe que não. Ele me observa comer. E não ousa tocar na minha comida.
Bom garoto!
Nos encontramos com seus pais e deixo que mimem o bebê um pouco. Vamos as compras e eles levam coisas de mais. Não sei nem como transportar tudo para os Estados Unidos.
Cole e eu seguimos para minha casa. Tudo que aconteceu entre nós ontem não foi mencionado. Meus pais também não perguntam, acho que já tem um pouco de noção do que pode ter acontecido.
— Filha, será que você pode ficar na casa do Edu até o dia do chá?! - Mamãe pergunta, aparentemente inocente. Olho para o Cole, desconfiando de um plano bem bolado entre os dois. — É só para não estragar a surpresa, filha. Juro.
— Eu acho uma ótima ideia. - Cole se posiciona, segurando o riso. Cerro os olhos e olho de um para outro, meu sensor não falha. E sei que há algo nisto. Deixo passar porque não quero estragar os bons momentos que estamos tendo.
— Tem um quarto para mim lá?- Pergunto. Ele fica sério na hora. Minha diversão vai começar.
— Claro. - Ele diz, com uma expressão muito séria.
Arrumo algumas coisas para levar para casa dele. Sua mãe já está a minha espera quando chego e é ela quem abre a porta.
— Arrumei um quarto para você. Vem. - Ela me puxa pela mão.
— Nossa, mãe. Quanta gentileza. - Cole mal-humorado á vista. — Nem sei como agradecer. - Ele é irônico.
— Qual o problema, filho? - Ela se faz de desentendida. Amo essa mulher.
— Nenhum. - Ele bufa.
Deixo que ela me leve até o quarto.
— Fica à vontade, querida. A casa é sua!
— Obrigada. - Agradeço.
—Ainda torço por vocês, sabe? - Ela diz toda sem graça.
— Melanie-
— Você não precisa dar ouvidos, tudo bem? Mas eu tenho mais experiências que vocês, e, não só como mãe, mas como amiga... Não percam a oportunidade que vocês têm de ficar juntos. Se houver uma esperança, e eu sei que tem, - Ela toca minha barriga. — Tentem.
Anuo e ela sai. Sento na cama, digerindo as palavras dela. Fazem total sentido para mim, mas, depois de tudo, eu ainda tenho medo.
Cole entra algum tempo depois e se senta ao meu lado.
— Sabe que você cabe, perfeitamente, no meu quarto. - Ele tenta. Acho fofo, lógico. Com aquela carinha de cachorrinho sem dono.
— Aí vai perder a graça. - Falo misteriosa. Ele me olha em dúvida. Mudo de assunto. — Seus pais estão bem? Com isso tudo, sabe?!
— Acho que sim, parecem animados. Querem ir para os Estados Unidos também. - Ele sorri.
— Não vai faltar ajuda com o bebê, então. - Respiro fundo.
— E o que você quer que seja? Ainda não respondeu.
— Dizem que mãe sente o que vai ser, não é? - Ele assente. — Acho que é um menino. É o que eu quero, sabe?
— E que nome você gostaria? - Ele está sorrindo pra mim.
— Benjamin, Gabriel, Matheus... sei lá. Gosto de tantos.
Olho ele nos olhos e me perco ali. Ele tem esse poder em mim, mesmo depois de tanto tempo. Ele sorri e eu retribuo.
— Ei, por que mesmo você não pode dormir comigo? - Ele cerra os olhos e abro um sorriso malicioso.
— Ah... Talvez você nem queira saber. - Levanto e caminho pelo quarto. Ele vem até mim e me olha nos olhos.
— Fala, Lili.
— Achei que você gostava de jogos. - Os olhos dele brilham. — Mas, deixa isso para lá, eu-
— Fala, Lilii.
Não demoro muito no meu mistério. Afinal, não sou boa nisso.
— Col... Col... Col...
Seus olhos estão brilhando. Seu sorriso revela que sabe o que vou dizer.
— verdade ou desafio?
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ᴠᴇʀᴅᴀᴅᴇ ᴏᴜ ᴅᴇsᴀғɪᴏ?彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ (Concluída)
RomanceMuito mais do que um jogo, verdade ou desafio será um estilo de vida. Em uma noite com as amigas, surge o desafio que mudará toda a vida de uma adolescente que sonha ter o melhor último ano escolar de todos. Um manual, verdades e desafios, amores e...