ᴠᴇʀᴅᴀᴅᴇ ᴏᴜ ᴅᴇsᴀғɪᴏ?彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ (Concluída)

35°

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Mamãe e Papai,

          Minhas vovós aprontaram muito com vocês. Mas tudo isso é para que aprendam a ter um pouquinho mais de paciência. Principalmente um com o outro. Tá... comigo vocês vão precisar de muuuuuuita paciência também. Eu vou chegar bagunçando tudo. Com os olhinhos da mamãe e o sorriso do papai, não vai ter para ninguém.

            Papai, você vai poder me ensinar a jogar futebol. Mamãe, você vai poder se divertir a vontade comigo. Afinal, princesas podem ser o que quiserem, certo?

Ass: mine eu
             
Meus olhos estão embaçados pelo acumulo das lágrimas. Cole deixa a carta de lado e me abraça.

— Vamos ter uma garotinha, não acredito. - Falo para ele.

— É muito cedo para eu te lembrar da nossa aposta? - Seu sorriso está perfeito. Tomara que ela nasça com este sorriso.

Não respondo, até porque ele não me dá tempo. Ele está gritando para os quatro ventos que vai ter uma menina. Ele não liga para ninguém neste momento, parece envolto pela notícia. A felicidade não cabe dentro dele, então está externando tudo e eu estou boba, admirando o pai da minha filha, que, por sorte, é meu melhor amigo.

Entre felicitações, abraços e beijos, muitas foram os questionamentos a respeito do nome. Não respondemos ainda, porque ainda não decidimos. O problema é chegar a um consenso com Cole. Cada nome que eu falo ele detesta, mas não fala um que se enquadre, então continuamos no 0 a 0.

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Hoje é dia de voltarmos aos Estados Unidos. Com o choro das duas avós, nos despedimos. No avião, continuamos a discutir nomes. Até que pegamos no sono.

Quando eu acordo já estamos quase em solo americano.Cole ainda está dormindo. É a terceira vez que faço este percurso, e, cada vez, é diferente. Hoje estou feliz, porque ao meu lado está meu melhor amigo, e, dentro de mim, minha princesa.

Descemos do avião e pegamos as malas. O que eu não esperava era encontrar Vanessa a nossa espera. Quer dizer, a espera do Cole. Ele se assusta ao vê-la. Ela vem em nossa direção e o abraça.

— Col... que saudade. - Ele não retribui. Está sem graça e me olha pelo canto do olho.

— Vanessa, o que faz aqui? - Ele pergunta. Ela está, realmente, me ignorando.

Mui amiga.

— Você avisou que viria, eu quis te fazer uma surpresa. Então, surpresa!

— Aproveita que você está aqui, amiga. E conta o que fez com as cartas que o Cole enviava para mim. - Os olhos dela parecem saltar da vista. Ela abre a boca e a fecha algumas vezes.

— E-eu enviei. - Ela engole em seco. - Acho que se perderam.

— Jura? - Ela anuí. — Todas elas?

— Vai ficar duvidando de mim, Lili? - Ela se impõe. — Se não fosse por mim você estaria lá, matando essa criança com suas bebidas alcoólicas.

Estralo minha mão em seu rosto sem medo algum de fazer uma cena no meio do aeroporto. De mim e da minha filha ela não fala nunca mais. Ela segura o rosto vermelho e seus olhos estão cheios d'Água.

— Se eu não deixei claro antes, não se aproxime de mim ou da minha família novamente. - Olho para Cole. — Você vem?

Ele não pensa duas vezes antes de me seguir. Espero que, finalmente, comece a fazer as escolhas corretas.

Cole me deixa no hotel. Combinamos que eu ficarei aqui até encontrar um apartamento. Não pretendo voltar a morar com ele e nem com a amiga-da-onça.

Ele parou de discutir a este respeito e está mais empenhado do que eu para encontrar um cantinho.

— Sabe que ainda tem que pagar a aposta né? - Ele coloca minhas malas no chão.

— Não sei do que você está falando. - Finjo demência.

— Sabe, e muito bem. Agora que estamos só nós dois, faço questão de cobrar. E de continuar jogando.

— Eu pago a aposta, mas não disse quando. Voltamos para Yale, vai ser tudo mais difícil. - Respiro fundo.

— Eu sei, meu bem. Vem cá. - Nos sentamos no sofá. — Estamos juntos nessa. - Ele dá um beijo na minha testa.

— Você é o melhor amigo do mundo, sabe?

— Uau... tudo que eu queria ouvir. - Ele está rindo. — Adorei saber que voltei para friendzone.

— Funcionamos melhor assim.

— Eu não acho. - Ele coloca uma mecha do meu cabelo atras da minha orelha e olha nos meus olhos. — Mas, se eu tiver você, e nossa princesa, eu sei que vai ficar tudo bem.

— Eu só quero que tudo dê certo. É tão fácil ter você comigo, como meu melhor amigo.

— E eu vou estar com você. Vou ser o que você quiser que eu seja. Porque eu te amo.

Ele encosta seus lábios nos meus e se afasta rapidamente. Estamos tentando, mesmo, a amizade. Tirando a parte da aposta. E, por falar nisso...

— Sabe que você não vai se safar, né? - Ele se afasta um pouquinho.

— Droga, Cole. - Sorrio. — Você só pensa nisso.

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