— Você fez o quê?
— Foi sem querer amiga, eu juro! Mas eu consegui tirar isso da cabeça dele. Pelo menos ele não está mais tão desconfiado.
— Você tem 10 segundos para se explicar, porque eu juro que não olho mais na sua cara.
— Eu beijei ele!
— E a história fica ainda melhor...
— Foi sem querer, coisa
do momento. Você sabe que nos aproximamos.— 5 segundos.
— Eu vi a burrada que tinha feito, tá bom? Então, no meu desespero, eu disse que ele era o pai do seu filho. Ele não entendeu. Então eu disse que era algo futuro. Algo que conversávamos. Que um dia ele seria o pai dos seus filhos. Que era o seu sonho e-
— Ele acreditou?
— Sim. Mas-
— Mas?
— Ele quis tirar a prova. E, como eu sou amiga dos dois-
— Ele está indo te encontrar, Lil. Eu contei porque ele merecia saber. Me perd-
Eu já tinha desligado! Eu não fazia ideia de quanto tempo eu tinha até que ele chegasse. Eu só precisava sair o quanto antes de casa.
Meu celular não parava de tocar em cima da cama, Vanessa sabia ser insistente. Mas tudo que eu queria era sair dali o mais rápido possível. Ela era o menor dos meus problemas. Apenas bloqueei seu número e disquei para outro.
— Preciso de ajuda!
— Qual o problema?
— Ele está vindo pra cá!
— Ele sabe?
— Desconfia. Me tira daqui, por favor.
— Estou indo. Chego em 10 minutos.
Coloco meus pertences em malas e aguardo o carro de Drew estacionar. Meu coração estava a mil por hora e eu sabia que precisava me acalmar pelo meu bebê.
Explico aos meus pais tudo que aconteceu. Obviamente eles discordaram de tudo, assim como fizeram desde o início. Para eles eu devo contar a verdade ao Cole o quanto antes.
Eu sei disso. Sei que não posso mais esconder algo assim. Mas não me sinto pronta. É como se eu quisesse proteger meu bebê de todo sofrimento que tive até aqui. E, no fundo, proteger Cole de todo sofrimento que dei a ele até o dia que fui embora.
Minha barriga não mostra sinal dos 4 meses de gravidez que estou. Então, tenho este fator a meu favor, por enquanto, se Cole me encontrar ou me ver.
•
Drew me levou para casa dele e, vez ou outra, recebo a visita dos meus pais. Minha mãe tem me acompanhado a todas as consultas de pré-natal desde que cheguei. Não quis envolver o Drew nisso, mesmo que ele já esteja envolvido até o pescoço, nossa relação permanece na amizade.
Conversamos sobre muitas coisas. Inclusive contei para ele tudo que aconteceu e o que Van me disse sobre Cole ter internado a ex em manicômio. Drew me contou, depois de um tempo, que foi visitá-la no hospital em que ela está internada.
Sobre a relação dos dois, preferimos não entrar em detalhes, mas ele me pareceu bem feliz, o que me deixava preocupada porque o que eu conhecia da Sarah não batia com o que ele dizia.
Cole chegou no mesmo dia que eu saí da casa dos meus pais para casa do Drew. Mas, inacreditavelmente, ele não me procurou. Não falei com Vanessa desde aquele dia também. Acho que ficou implícito que ela não era mais bem-vinda na minha vida.
Não aceito traição.
•
Hoje é o grande dia. Vou descobrir o sexo do meu bebê. Estou completamente ansiosa e não consigo nem disfarçar. Chego ao consultório quinze minutos antes da consulta. Quando o médico me chama quase pulo da cadeira. Tenho que me conter para não correr até a sala dele.
O doutor coloca o gel geladinho na parte de baixo da minha barriga e mexe de um lado e do outro, mas meu bebê estava tímido e não foi possível ver o sexo.
O mais importante de tudo isso é ver que ele tem se desenvolvido muito bem em seu crescimento e nossa saúde está ótima. Marcamos a próxima consulta para daqui a duas semanas.
Quem sabe meu bebê resolva colaborar?
Fico lembrando de quando eu não conseguia sentir nada pelo meu bebê, logo nos primeiros dias que o descobri. Mas isso tudo mudou no instante que ouvi seu coraçãozinho pela primeira vez.
Minha mãe me convida para tomar café em sua casa e, como Cole não tem aparecido ou procurado, me sinto livre para caminhar e dar uma passada na minha casa.
Tenho me mantido escondida por muito tempo, sem culpa alguma. O único lugar que eu vou é ao consultório. Então, me permito sair um pouco.Assim que entro já encontro papai lendo seu habitual jornal. Sento em seu colo e dou um beijo em sua testa.
— Menino ou menina? - Ele me pergunta.
— Não deu pra ver.— Faço biquinho.
— Se está tímido assim, só pode ser menina. - Ele comenta. Sorrio e me levanto para ir ajudar mamãe com a cozinha.
— É menino! - Ela rebate e os dois ficam nessa conversa sem fim.
Puxo minha mãe para cozinha, afim de encerrar o assunto. O bebê será aquilo que ele deve ser e pronto.
Estamos comendo uma fatia de bolo de cenoura com cobertura de chocolate, quando a campainha toca. Estou tão entretida com a conversa que não me dei conta de que meu pai já tinha ido abrir a porta.
Algum tempinho depois, estou sentada de costas para porta da cozinha. Mamãe faz suas sugestões de nome e eu estou morrendo de rir.
— Meu filho nunca vai ter esse nome. - Estou rindo com a mão na minha barriga imperceptível, apesar de estar mais redondinha.
— Que tal escolhermos juntos?
Cada músculo do meu corpo se enrijece assim que sua voz ecoa no ambiente. Não preciso olhar para saber que Cole está aqui. E está muito puto!
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ᴠᴇʀᴅᴀᴅᴇ ᴏᴜ ᴅᴇsᴀғɪᴏ?彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ (Concluída)
Storie d'amoreMuito mais do que um jogo, verdade ou desafio será um estilo de vida. Em uma noite com as amigas, surge o desafio que mudará toda a vida de uma adolescente que sonha ter o melhor último ano escolar de todos. Um manual, verdades e desafios, amores e...