Não Tenho Pressa - Vk Mac 🥀

27

Lua

— Atenção senhores passageiros, se preparar para aterrissagem.—escuto o piloto falar.

— finalmente porra!— Fabi fala se esticando na poltrona ao meu lado.

Solto um sorriso fraco e aperto os cintos, olho pra comissária que estava verificando se todos estavam no seus devidos locais, a mesma me dá um sorriso simpático e eu retribuo.

Assim que o avião aterrissou suspirei fundo, segui com a Fabi até as nossas malas, logo que passamos pela sala de desembarque avisto minha mãe, a visão do inferno seria  melhor, mas Deus que me perdoe.

— Tô aqui plantada a horas! — fala vindo até nós.

— Sinto muito ter feito esperar— fabi diz tentando controlar o ódio que ela tinha por ela que era bem visível.

Seguimos em direção ao carro da velha, digo da minha mãe, guardo minhas malas no porta-malas e entro no carro.

Logo demos partida, assim que chegamos em casa a minha mãe nos deixou na porta e disse que tinha que voltar ao trabalho, e como de costume não sabia quando voltava.

Entro na minha casa e me jogo no sofá   eu estava morrendo de saudades desse lugar.

—Vai banhar ,vamos sair !— Diz animada.

— QUE ? acabamos de chegar Fabiane! — digo indignada.

— Vai logo! Os meninos estão esperando na casa do Dudu.

—Pelo visto a animação toda é pra ver o César, ou será que é pra ver o noventa ?— digo debochando.

— Vai logo abusada!— diz jogando uma almofada em mim.

Me levanto rindo e sigo até o banheiro, tomo um banho rápido e visto uma roupa qualquer, na minha cabeça só se passava o Victor, por algum motivo bobo eu sentia que ele não estaria lá, mas a esperança é a última que morre.

...

Assim que chegamos na casa do Dudu a Fabi bate na porta igual uma maluca de tanta ansiedade que ela estava.

— Calma não precisa derrubar a porta!— noventa fiz abrindo a mesma.

Vejo a Fabi pular em cima dele como se necessitasse disso, o mesmo retribui o abraço e da um beijo na bochecha dela, vejo que ele sussurrou algo no ouvido dela mas não consegui escutar.
Sei que a Fabi vem conversando muito com o noventa, diferente do César que sumiu por um bom tempo da vida da Fabi.

— tcs tsc — César faz um barulho com a boca vrndo aquela cena.

Reviro os olhos com aquilo e passo na frente de todos entrando na casa, olho pra sala e todos estão sentados no sofá.

— AAA PORRA TU CHEGOU!— a flor fala se levantando e vindo me abraçar.

Retribuo o abraço e logo me afasto, olho pro Victor que permanece sentado no sofá olhando pro celular.
Desvio meu olhar e vou até o Dudu, abraço o mesmo e pergunto se tá tudo bem.

— Tá sim, como foi lá em NY?— diz empolgado sentando no sofá novamente.

— Foi ótimo! Depois contarei tudo.— digo sem jeito e olho novamente pro Victor que não moveu um dedo até agora.

— Oi— digo sem graça, o mesmo olha pra mim e me dá um sorriso sem graça.

— Oi.— fala e logo volta a olhar pro celular.

Eu imaginava que o clima seria pesado, mas não ao ponto de ser totalmente desprezada.
Me sento no sofá ao lado da Flor e ali mesmo fiquei conversando com ela sobre como é a faculdade.

...

Já tinha uns 40 minutos que eu estava conversando com os meninos na sala , toda vez que eu tentava incluir o Victor em alguma conversa o mesmo me ignorava ou fingia não tá escutando, e isso não tava só me incomodando ,estava incomodando a todos, inclusive o César que é super tranquilo, mas chegou a falar que o Victor estava sendo um idiota agindo daquela maneira.

— Tô indo no banheiro! — Victor diz se levantando.

— Vai logo atrás dele mulher! — Dudu fala me empurrando.

Eu sabia que precisava fazer isso, mas como sempre fui covarde comigo mesma era difícil começar uma converda necessária que envolvesse sentimentos.

Tento não der vencida pelo medo e pela falta de auto controle e me levanto, sigo o Victor e antes que ele possa entrar no banheiro puxo o mesmo para um quarto que parecia ser o do Dudu.

— Que isso? — fala se soltando de mim.

— precisamos conversar.— digo quase que em um sussurro olhando em seus olhos.

— Não precisamos Lua.— fala sem expressão alguma.

‐Não quero que haja o fim— digo tentando me controlar pra não parecer uma criança chorando— você podia reconsiderar o nosso recomeço, como sempre falamos, Eu não quero mais ficar distante.

—E eu não quero mais ficar distante Lua !Queria voltar tudo como antes,antes da gente estragar tudo que já foi um dia, antes de você mudar e ficar distante— fala ainda com os olhos nos meus, e eu conseguia sentir a angústia que ele sentia em cada palavra.

— Eu fui patética, eu sei ! Eu posso voltar a ser quem sou, eu só quero nós novamente.

—Não é mais sobre nós,É sobre eu querer seu bem!Mas bem longe de mim vai ser melhor.

Aquilo foi como uma facada em meu peito, não faço a remota  ideia de porque ele está agindo assim comigo.

— Victor — isso é a única coisa que consigo dizer, meu coração acelerou e eu acabo deixando meu corpo cair sobre a porta, arrasto minhas costas na mesma até me sentar chão.

— Pode confiar que eu não sou tão bom quanto te pareceu— diz se ajoelhando.

Levanto meu rosto e olho pra ele, o mesmo estava com os olhos lacrimejando,  e isso partia meu coração.

—Eu quero tanto que a gente se resolva mais
Isso pode ser se distanciar— fala em forma de apelo, deixa suas lágrimas caírem e me olha angustiado.

Não falo nada e apenas aperto ele contra mim o mais forte que consigo, não queria que fosse mais acho que esse vai ser a última vez.

— até quando não parecer,eu vou te amar de longe, pode ligar pra mim se tu precisar—fala se levantando e me tirando de perto da Porta.

— Victor , não vai...

—Espero que cê fique bem e encontre seu lugar.— fala limpando o rosto e saindo pela porta.

...

"Inspirado na música:amenizar do konai"