capítulo 16 - Síndrome de Estocolmo

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          — Konan, como sabemos se estamos apaixonado por alguém!?

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          — Konan, como sabemos se estamos apaixonado por alguém!?... — pergunto de uma vez sem enrolação.

A mulher de cabelo curto e roxo, me olha cheia de dúvida e curiosidade.

Mesmo em Konoha nunca tive uma amiga para conversar, trocar segredos e estas coisas que meninas fazem, Konan é o mais próximo que tenho de uma melhor amiga e irmã mais velha.

— Como assim apaixonada? — ela retruca, enquanto coloca a água para ferver. — Você está falando sobre o Uchiha, não é? — sinto as bochechas queimarem.

— Sim!

Huuuuuuuum... — Deidara entra na cozinha repentinamente, como sempre faz. — A Hinata Hyuuga está apaixonada pelo... — antes que o homem loiro termine a frase, Konan tapa a boca dele com seu incrível jutsu de papel.

— Itachi Uchiha! — Tobi entra logo atrás de seu companheiro de equipe, terminando a frase por ele.

— Tobi! — falo encarando a máscara laranja.

— Desculpa, Hinatinha, não pude evitar!

Fico na cozinha por bastante tempo conversando com os três. Eles me deram vários concelhos sobre o amor, Tobi reforçou o quanto amar alguém pode ser perigoso, doloroso e destruidor, o mascarado parece ter algum trauma ou desilusão amorosa, ele não quis tocar muito no assunto do seu passado; Konan, como sempre, falou com muita doçura, disse que amar é doloroso às vezes, mas vale a pena quando está apaixonado; Já Deidara sempre achava uma forma de relacionar o amor com sua "Arte Explosiva", o loiro comparou as explosões de sua arte com a explosão que é o amor, ou algo assim.

Por fim, saio com uma caneca de chá e uma bagagem grande sobre o assunto amor. Eu tenho certeza, o que sinto por Itachi Uchiha é amor ou estou enlouquecendo. As borboletas no estômago festejam simplesmente quando penso nele, os sintomas só pioram quanto estamos juntos, as mãos suando, coração acelerado, medo e insegurança.

Respiro fundo e entro no quarto, Itachi está sentando em minha cama lendo algum livro, a simples cena me faz sorrir e as borboletas já fazem acrobacias em minha barriga. Desajeitada, peço para que ele permaneça sentado, dando a desculpa de que a cama e espaçosa para nós dois. A tempos quero pedir para Uchiha dormir comigo, mas sempre achei um absurdo fazer um pedido assim, quanto ele disse "Tudo bem.", me odiei por não ter convidá-lo antes.

Olhando para este par de olhos ônix, tenho certeza que ele é minha primeira paixão de verdade, e não vejo outra forma. Esta é minha primeira história de amor de verdade, eu, Hinata Hyuuga estou apaixonada por Itachi Uchiha.

— E... se a donzela em perigo se apaixonasse pelo vilão da história. — ele está analisando cada sílaba que profiro. — O que aconteceria no final?!... — me arrisco em questionar, mas logo o arrependimento bate forte em minha cara.

Por um longo instante os olhos de Itachi desviam, poderia dizer que está a procura de uma resposta, mas desta vez tenho certeza, não é isso. O silêncio desconfortável continua me espancado por segundos que mais parecem horas.

A última coisa que quero é estragar nossa relação, somos parceiros de equipe e, provavelmente, tentar me aproximar de Itachi da maneira que desejo, possa fazê-lo se afastar, mas agora é tarde demais a besteira está feita e nas mãos dele.

Um suspiro demorado é o que tenho como resposta, me sinto sem chão e confusa no mesmo tempo.

— Se a donzela em perigo se apaixona pelo vilão, não é amor... — ele olha analítico para as mãos. Depois que deixei de ser uma covarde e um zero a esquerda, odeio respostas sem contato visual, Itachi sabe perfeitamente disso, mesmo assim não ousa me encarar. Os olhos dizem muito sobre as pessoas, palavras do próprio Uchiha. Então, ele termina sua oração: — Não é amor! É Síndrome de Estocolmo.

Respiro fundo, pensando em um milhão de coisas, mas nenhuma é capaz de desconstruir sua resposta.

— Mas... — antes que termine, sou interrompida:

— Vamos dormir, Hyuuga. — abro a boca para responde-lo, então seus dois dedos tocam minha testa com certa força, fazendo minha cabeça ir um pouco para trás.

O que isso significa?

De olhos arregalados observo-o virar de costas, sem apagar a vela que está cima do pequeno criado mudo do seu lado da cama.

Itachi nunca havia tocado minha testa desse jeito, talvez seja uma repreensão por ser tão... atirada? Deus sabe, quanto desejei que meu Byakugan fosse capaz de ler mentes. A frustração e curiosidade me mantém imóvel por alguns minutos, na tentativa de compreender o que este homem deitado do meu lado está querendo dizer.

Bufo alto. Depois as mulheres levam fama de complicadas e confusas.

 Depois as mulheres levam fama de complicadas e confusas

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𝐑𝐄𝐍𝐄𝐆𝐀𝐃𝐀 ᵉᵐ ʳᵉᵛⁱˢᵃ̃ᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora