Capítulo 11. Tenho alguém

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Durante todas as temporadas, dezenas de damas de famílias da alta sociedade acabam sendo atraídas por libertinos e devassos e acabam destruindo suas vidas, perdendo a honra.

Mas o questionamento que essa autora deixa é: vale a pena ter cinco minutos com um homem que nunca será seu e perder uma vida ao lado de qualquer outro homem que possa vir a ter algum sentimento por você? Na humilde opinião dessa autora, não.

TABLOIDE DE GRUFFIN, por LADY EMYLINE.

Na manhã seguinte, Sophie esperou até que Anthony tivesse saído para trabalhar para ir fazer seu trabalho no quarto dele, no horário do almoço ela pediu que o mordomo a liberasse para ir até em casa, com a desculpa de ver o irmão e, ao fim da tarde, ela pretendia arranjar outra forma de fugir de Anthony. Tinha ido ao quarto dele antes do horário que ele costumava chegar do trabalho e deixou tudo arrumado para não precisar voltar ali quando ele chegasse, guardou as roupas que a lavadeira lhe entregou, repôs as toalhas do banheiro, trocou o arranjo de flores do quarto e deixou a cama preparada para a noite.

Por sua vez, Anthony passou o dia todo pensando em Sophie e se ela aceitaria sua proposta. Ele tinha admitido para si mesmo que a amava e tinha dito a ela que tinha sentimentos por ela, mesmo não especificando quais eram esses sentimentos. Anthony queria se casar com Sophie e ter uma família com ela ao seu lado, queria poder parar de se esconder e dizer aos outros que ela era sua esposa. Ele já tinha começado a pensar nos irmãos dela como parte da própria família e queria dar um futuro melhor para os dois, também sabia que Kate e os irmãos dele iriam aceitar Ben e Nataly com muito carinho entre os Campbell, só precisava de um sim de Sophie.

Apesar de ter dito a ela que tirasse o tempo que precisasse para pensar, ele queria muito que ela já tivesse uma resposta para ele, e, com sorte, uma resposta que não fosse um não.

Então, assim que o relógio de parede do seu escritório na embaixada soou cinco da tarde, ele se levantou e pegou sua maleta, vestiu o casaco e partiu para casa, ansioso por ver Sophie e finalmente acabar com aquela agonia. Ele cruzou a porta da frente e já entregou o casaco para Leopold, deixou sua maleta na mesa próxima à porta e começou a subir as escadas, ignorando a mãe e Natasha Hunter, que conversavam na sala de estar.

Depois do casamento de Beth e Peter, Kate e Lady Hunter demoraram para voltarem a ser amigas, Natasha não aceitava que seu filho tinha sido trocado por outro homem, embora toda a história de Beth ser prometida à Ethan não passasse de uma mentira que a própria condessa havia criado.

- Anthony Campbell! – Katherine exclamou, chamando a atenção do filho, que parou no meio da escada. – Se está indo tirar a mãe da forca, pode parar aí, pois estou bem aqui.

- Mamãe... - Ele olhou para ela, confuso pelas palavras dela. – Perdão?

- Eu não lhe criei para ser mal educado, volte aqui e cumprimente nossa visita. – Kate repreendeu, séria, e Anthony desceu a escada, zangado, mas disfarçando tal sentimento.

- Claro, mamãe! Me desculpe, eu não vi que tínhamos visita. – Ele falou, notando um fio de hesitação na própria voz.

- É sempre um prazer vê-la, condessa. – disse ele. Então ele depositou um leve beijo sobre os nós dos dedos de Natasha Hunter. Depois ele deu um beijo na bochecha da mãe. – Agora, se me dão licença, estou procurando um documento muito importante que tenho certeza de que esqueci no meu quarto.

Ele forçou um sorriso de desculpas, assim que a Sra. Hunter murmurou um "Claro, claro!" e Kate fez que sim com a cabeça, ele desapareceu escada acima, avistando Sophie caminhando no corredor, um pouco à frente da porta do seu quarto.

Um amor nada nobreOnde histórias criam vida. Descubra agora