Capítulo 30

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 — Eureka! Disse Chiara.

— O que foi? Você conseguiu?! Perguntou Ilaria.

Caio e Mateus saíram "correndo" dos fundos da casa. Eles já esperavam há algum tempo por alguma novidade, mas todas as vezes que perguntavam algo para a Hacker, ela os respondia atravessado: "se eu já tivesse resolvido eu não estaria perdendo tempo aqui". Com a perna machucada Caio xingou-se por correr, melhor dizendo, tentar correr.

— Deu certo? Indagou Caio ainda ofegante.

Chiara explicou o que tinha conseguindo fazer, com o cartão Mateus, em termos técnicos, mas que Caio não fizera nenhuma questão de memorizar, lembrava que ela disse alguma coisa sobre quebrar camadas de código ou algo assim. A única coisa que lhe importava era saber se naquele dia ainda conseguiriam invadir a RCM e encontrar alguma informação importante ou talvez até Heidi. Tomara, que eu esteja errado, a encontre e a recupere pensou ele, já não suporto mais essa angústia  toda. E não aguento mais tomar tiros. Se bem que não creio que tenha alguém disposto a aguentar tomar tiro. Caio! Foco!

De todas as informações que ela lhes forneceu, a que mais o preocupava no momento era sobre como eles entrariam no prédio. Eles poderiam tentar entrar normalmente, mas se alguém os encontrasse, em algum momento, eles estariam em sérios apuros. E nesse caso seriam cobertos de buracos. O que parecia ser uma opção pouco promissora e nada inteligente.

— Podemos entrar como faxineiros. — Disse Mateus. — Ninguém se importa com o povo da limpeza. Uma verdade que minha mãe sempre fez questão de deixar clara.

— Ela tem razão. Muitos não dão nem bom dia para os pais, quem dirá para quem eles não se importam. Disse Caio.

— É uma questão sociológica um pouco mais profunda do que isso, mas não creio que venha ao caso neste momento, não acham? — Disse Chiara e sem esperar por uma resposta continuou: — Pelo que vi eles utilizam um serviço terceirizado para a limpeza. Uma das poucas informações que consegui achar sobre eles, mas porque achei na declaração fiscal da prestadora de serviço. Uma empresa chamada WeClean.

— Criativos. Debochou Caio.

— É uma brecha que podemos usar a nosso favor, mas precisamos dos uniformes deles. Disse Chiara.

— No sistema da empresa WeClean eu consegui encontrar quem vai trabalhar na RCM hoje a noite. Um filipino e um polonês.

— E de que nos serve essa informação? Perguntou Caio.

— Vocês precisam impedir que eles cheguem até a RCM e devem entrar como se fossem eles.

— Não acho que nenhum de nós parece com um filipino ou até mesmo um polonês. — Disse Mateus — Isso complica um pouco.

— Esse não é um problema eu consigo criar os cartões para vocês personalizados, mas não os uniformes em tão pouco tempo. E lembrem-se eles não podem dar as caras na RCM. Isso quer dizer que vocês...

— Vamos ter que sequestrá-los? Disse Caio.

— Aaaah que ironia — Riu Mateus. — Vamos salvar a garota sequestrada... vejam só! Sequestrando pessoas. Sensacional!

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