Capítulo 10

82 12 17
                                    

De volta ao apartamento, Caio buscou seu computador, sentou-se com Mateus na sala de estar. Durante o trajeto ele deu uma olhada rápida pelo celular para ver o que podia encontrar nele. Para sua insatisfação não conseguiu encontrar muitas coisas.

— Todo esse trabalho para nada. Disse Mateus sentado ao seu lado em um sofá marrom de couro, não muito confortável.

— Tem que ter algo aqui que nos ajude a entender melhor essa situação.

Caio pegou o Celular e mostrou a foto de Heidi com outra garota mais jovem que ela. Ambas tinham cabelos loiros e eram muito parecidas.

— Olha aqui. Essa garota deve ser irmã dela ou prima sei lá... provavelmente irmã, são muito parecidas.

— Tá e daí? Eu também tenho foto com minha família no meu celular e aposto que você também tem.

— Claro, mas aí é que tá a questão. No dia que Heidi foi sequestrada eu tenho certeza que vi essa foto. Nós estávamos dormindo e acordei com ela olhando para essa ela...

— Ok, e?

— E assim que ela percebeu que eu estava olhando, ela escondeu o celular. Estava escuro, mas eu tenho certeza de que Heidi estava chorando.

— hum...

— Eu acho que isso tem alguma coisa a ver com essa história toda.

— Mesmo que tenha, não ajuda muito. É apenas uma foto.

Ambos ficaram pensando sem dizer nada por um momento e então Caio saiu da foto e foi para os contatos. Ele buscou por mais informações, mas a lista tinha apenas dois números salvos, o dele e outro com o nome casa, Caio sabia que o apartamento dela não tinha telefone físico então disse para Mateus:

— Vou ligar para esse número. Mostrou o número que estava na lista para o amigo.

— Só tem esses dois? Pelo visto você era bem especial mesmo hein! Tem certeza que quer ligar?

— Não me restam muitas opções. Disse ele já clicando para fazer a chamada.

Antes de começar a chamar o celular fez um barulho estranho turu turu turu silêncio e então o toque normal tuuu tuuu. O celular estava no viva voz e no terceiro toque um homem atendeu.

Pronto...Caio não disse nada — Ciao Heidi? Era estranho ouvir os italianos dizendo Ciao (tchau) no começo de uma conversa.

Mateus que sabia que seu amigo não sabia muito de italiano puxou a conversa com o pouco que sabia. Disse que Heidi tinha esquecido o telefone com ele e só tinha o aquele número salvo. O homem disse que era o proprietário do apartamento que ela havia alugado e que a avisaria assim que a visse.

— Primeiro beco sem saída, ele parecia ser sincero, mesmo que eu não tenha entendido tudo. Disse Mateus.

— Sim, não parecia nervoso nem nada. Droga.

Encabulado a busca continuou. A galeria do celular tinha apenas quatro fotos, a das duas garotas loiras; uma foto 3/4 de Heidi, nunca se sabe quando pode se precisar de uma não é? Só não era dela loira, era morena com os olhos azuis de sempre, a foto era a mesma que a do passaporte; uma com Caio que havia tirado em um café bar no segundo encontro deles; e, por fim, uma de uma rua com alguns prédios comerciais, mas não estava focado especificamente em nenhum deles, mas um deles chamou atenção de Caio.

— Rivoli Capital Market. Não é uma das filiais de onde você trabalha? Disse Caio para Mateus.

— Sim, acho que é a matriz.

Vou te encontrarOnde histórias criam vida. Descubra agora