Entre Inimigos e Amantes - Livro 1

Capítulo 13

Estou sufocando. Ele esta perto demais! Seu cheiro, que cheiro bom.

Seu rosto se inclina em minha direção e eu fecho meus olhos momentaneamente.

Eu quero isso.

Eu quero que ele me beije.

— Eu... – ele umedece os lábios e eu prendo a respiração por uma fração de segundos.

Tlin!

Tlin!

Tlin!

— É-é – limpo a garganta e me afasto rapidamente – seu celular, acho que você deveria ir – me viro para ele e guardo a caixinha de primeiros socorros.

— Sim... Já estou indo, chego em 10 minutos... – o ouço falar ao telefone. – eu preciso ir, mas – sinto ele se aproximar – vejo você mais tarde, em casa – não consigo falar nada, apenas afirmo com a cabeça. Quando ouço o sininho da porta sinto que posso respirar.

Mas que porra acabou de acontecer? Eu ia beijar ele! E ele ia me beijar!

Coloco a mão sobre minha cabeça, só posso estar doente, completamente doente. Guardo as coisas e sigo para abrir a cafeteria, o que parece que vou trabalhar sozinha hoje, não sei se Romeu vai voltar. Abro a cafeteria e os primeiros clientes começam a chegar. Estou passando o troco e me virando em mil para entregar os pedidos quando Romeu volta.

— Desculpe o sumiço – passa por mim sem me olhar e segue para atender os clientes. O que eu posso fazer? Você é uma idiota Emily, o mais próximo de uma amigo que você tinha, jogou fora.

Hoje o movimento foi muito bom, termino de contar e fecho caixa.

— Se não precisa mais de mim, estou indo – ele diz e eu quase levo o caixa comigo indo atrás dele.

— Romeu! Espera! – ele se vira para mim, o soco que Zabdiel acertou nele está roxo. – eu queria pedir desculpas, eu não me lembrava do que tinha acontecido naquela noite, não claramente, eu só queria que... – ele me interrompe.

— Emily, para – ele suspira – você não me deve explicação nenhuma, e me desculpe por beijar você naquela noite, tem razão, ele estava no direito – ele se aproxima de mim – eu só espero que você no fundo, saiba que esta destruindo sua vida e que existem outras maneiras de se viver que não seja sendo rico. – ele se vira para ir embora.

— Você acha mesmo que eu estou fazendo isso pelo dinheiro? – ele para – eu só estou nisso pelo meu pai, porque eu quero devolver pra ele nosso único patrimônio – ele me olha – e isso é uma coisa que eu não vou abrir mão.

— Ate amanhã – ele sai e eu respiro fundo, preciso pegar minhas coisas e ir a minha casa, bom, minha antiga casa, acho que preciso do meu pai agora. Fecho tudo e sigo para pegar minhas coisas e caminhar.

Sigo o caminho para casa pensando no que aconteceu comigo e Zabdiel mais cedo, o que foi aquilo? Ok, eu admito que ele seja muito atraente, seria o cara perfeito pra perder a virgindade... Emily! Que porra é essa? Meu Deus, ok, respira fundo, ele não é tão bonito assim, existem mais lindos que ele obvio.

Mas você não conhece ninguém mais lindo meu subconsciente me rebate.

Será que ele sentiu aquilo também? Ou estava somente brincando comigo? Desisto de achar uma resposta, coloco meus fones e ligo meu aleatório e cai em uma musica brasileira, ritmo bom, letra... Definitivamente, a vida tem alguma coisa contra mim.

Primeiro, eu tinha muito medo de você

Segundo, curioso no que ia dar
Terceiro, eu tô querendo saber porquê
Eu não quero mais sair da sua casa
Cê sempre me pergunta onde eu quero ir
E eu sempre te respondo: Onde você tá?
Porque seu game eu sei jogar