Entre Inimigos e Amantes - Livro 1

Capítulo 24

Acordo com meu celular tocando, ainda de olhos fechados eu passo a mão na cômoda e pegando o celular eu atendo.

— Alô – esfrego meus olhos e me sento.

— Pensei que você tinha dito que ia chegar cedo – Romeu.

— Merda – olho a hora no celular – desculpa Romeu, eu acabei dormindo demais – me levanto rapidamente – eu chego ai em trinta minutos.

— Tá bom, eu vou abrindo e te espero – ele desliga.

Só depois de desligar eu percebo que Zabdiel não está no quarto, mas nem é tão cedo, onde ele esta? Jogo meu celular na cama e corro pra escolher uma roupa, pego uma saia jeans, meus tênis brancos, uma blusinha branca básica e minha jaqueta jeans.

Abro a porta e vejo a porta do quarto dele fechada, ainda me aproximo e sinto vontade de bater, mas não, vai que ele esta dormindo, ou trocando de roupa, ou ele nem esta mais ai.

Ignoro Zabdiel por um segundo e meio da minha vida e corro para ir ao banheiro. Tomo um banho rápido, escovo meus dentes e volto para meu quarto, me visto, faço um rabo de cavalo, calço meus tênis, pego minha bolsa, celular e desço rapidamente as escadas e vou até a cozinha na esperança de vê-lo, mas só vejo dona Amália colocando a mesa.

— Bom dia dona Amália – me sento e me sirvo de um pouco de suco.

— Bom dia menina, como dormiu? – sorrio para ela.

— Fico feliz que tenha tirado a "senhora", dormi bem – ela sorri – mas, é – limpo a garganta – a senhora sabe se Zabdiel já saiu para trabalhar? – ela me olha confusa.

— Achei que o senhor Zabdiel ainda estava dormindo – não sei por que, mas um gosto amargo toma conta da minha boca.

— Ele deve ter ido trabalhar mais cedo – sorrio tranquilizando-a. O que aconteceu? Porque ele não me esperou? Ontem foi de verdade? – eu, eu vou indo, preciso resolver umas coisas do casamento e passar pra ver meu pai, ate mais tarde dona Amália. – me levanto e pego minha bolsa.

— Mas menina, você nem comeu nada – sorrio e dou um beijo em sua bochecha.

— Eu como no almoço, não se preocupe, tchau! – saio correndo e encontro o motorista de Zabdiel.

— Bom dia senhora – sorrio rapidamente.

— Bom dia, sabe dizer onde esta Zabdiel? – quero ter a certeza que ele saiu de casa.

— O senhor de Jesús saiu para trabalhar faz meia hora – será que aconteceu alguma coisa na empresa ou com o pai dele? – precisa de algo senhora?

— Sim, preciso que me dê às chaves do carro – dirigir um pouco vai me ajudar a clarear a mente.

— Sinto muito, mas não posso fazer isso senhora – o que? – o senhor Zabdiel me deu ordens diretas que se a senhora precisasse sair, eu a acompanhasse – liberdade é? Respiro fundo e adentro ao carro.

— Então vamos, tenho muito que fazer – ele assente e entra no carro dando partida.

Preciso conversar com Zabdiel sobre o fato de que eu posso andar sozinha e que não preciso de babá. Pouco tempo depois, eu desço na minha primeira parada, no meu trabalho, bom, pelo menos o que era meu trabalho.

— Espere aqui, não vou demorar muito – ele assente. Desço e entro para encontrar Romeu no balcão atendendo o ultimo cliente, parece que o movimento hoje esta fraco.

Deem play na música.

— Bom dia margarida, o que deseja? – ele pergunta e eu dou risada.