Capítulo 35

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Me solto e me jogo ao seu lado, ele está acordado, pela cara com dor, o tiro pegou no ombro esquerdo, meu Deus, mas um pouco embaixo e...

— Zabdiel! – seguro seu rosto – Zabdiel meu amor, olha pra mim – seu rosto se contorcendo de dor – olha pra mim, abre os olhos. – nem percebo que estou chorando ate o vento soprar sobre meu rosto.

— Senhora, precisamos tirar vocês do meio da rua – o segurança que se jogou para me proteger – ele precisa de cuidados médicos.

— Não! – Zabdiel protesta – me levem para casa, chamem o medico da família – ele para por causa da dor – e ativem o modo de segurança vermelho, agora! – ele grita e eu sei que é mais por causa da dor.

Os seguranças dele o colocam no carro e eu adentro, colocando sua cabeça em meu colo, seus olhos quase se fechando, meu corpo e coração temendo o pior.

— Zabdiel – fungo e deixo uma lagrima cair em seu rosto – se mantem acordado, por favor, não faz isso comigo, abre os olhos – beijo sua testa.

Vou acariciando seu cabelo o caminho todo e assim que avisto a fachada da casa pulo para fora do carro, os seguranças rapidamente o pegam e eu abro a porta subindo as escadas rapidamente para abrir a porta do meu quarto onde o colocam na cama desacordado.

— O que aconteceu? – dona Amália chega e ao ver Zabdiel na cama com a camisa cheia de sangue pavor toma conta de seu rosto – oh meu Deus!

— O medico já esta a caminho – o segurança avisa e sai.

— Meu Deus – me sento ao seu lado pego um lenço e analiso a de fora o ferimento. – a bala ainda esta no ombro – as lagrimas escorrem pelo meu rosto – você vai ficar bem, você vai ficar bem – começo a desabotoar a camisa dele.

— Calma querida – dona Amália tenta me acalmar – calma.

— Não pode ser! Não pode ser! – ela toca meu ombro.

— Não é a hora para você ficar assim, precisa cuidar dele – afirmo com a cabeça. Quando vejo o ferimento eu entro em pânico.

— Ai meu Deus que horror! – cubro a boca com a mão e dona Amália me tira do lado dele.

— Calma senhora! – ela sai rápido do quarto e rapidamente volta com uma toalha úmida. – patrão – ela chama ele ao colocar a toalha molhada em sua testa, vejo resquícios de lagrimas em seu olhar – meu filho, acorde – ela pressiona a toalha sobre a testa dela e ele abre os olhos.

— Obrigada meu Deus – agradeço juntamente com dona Amália, o medico adentra rapidamente o quarto e nós manda sair. – eu posso ficar? – ele pondera, mas me deixa ficar.

Depois de quase uma hora, o medico conseguiu tirar a bala e enfaixar seu braço e o ombro, mas ele esta desacordado.

— Ele ainda não acordou? – dona Amália me questiona ao adentrar o quarto para deixar água.

— Ainda não – fungo – ele continua com febre – toco sua testa.

— O que nós podemos fazer? – limpo o rosto e seguro sua mão.

— Rezar, o que podia ser feito, já fizemos. – Ela sai do quarto me deixando com ele e de repente ele abre os olhos. – Zabdiel, como você esta se sentindo? – coloco a mão em seu rosto.

Deem play na música.

— Porque eu estou aqui? – ele fala com a voz fraca.

— Você levou um tiro – meus olhos ardem – não se lembra? – ele afirma que lembra. Sorrio para ele – por acaso você esta querendo saber por que esta na minha cama? – sorrio tentando amenizar as coisas. – eu nem sei por que – sorrio e limpo uma lagrima – você esta chateado?

— Não – ele fala fraco e tenta se mexer, mas eu o impeço.

— Não, não, não – seguro sua mão – você não deve fazer esforço.

— Você acha que eu vou morrer? – meus olhos ardem.

— Não, não fala isso – choro – você não vai morrer você é forte. – meu coração se despedaçando.

— Se eu morrer, seria melhor para você, ficaria livre – paro seus lábios com os dedos.

— Eu não quero que você morra – acaricio seu rosto e ele me olha com os olhos fracos.

— Por quê? – ele quase não consegue manter os olhos abertos – poderia viver o que sempre sonhou. – choro.

— Porque eu te... – me detenho – eu não te desejo mal nenhum Zabdiel – fungo.

— Só por isso? – desvio o olhar.

— Bom, você é – pego sua mão – meu noivo, e a daqui a uns dias vai ser meu marido – seus olhos se fecham e eu choro em seu peito. – por favor, fica bem, por favor. – me deito ao seu lado e adormeço. Acordo com ele se mexendo. – oi, como esta se sentindo? – ele tenta se mexer e sente dor – não se mexe Zabdiel.

— Ai – ele faz cara de dor – meu braço esta doendo muito. Que horas são? – olho o relógio ao lado da cama.

— São 07hrs30min – pego o lenço e limpo algumas gotículas de suor em seu pescoço.

— Você acordou muito cedo – sorrio.

— Me chamando de dorminhoca? – ele dá risada e ao fazer isso sente dor – desculpa, você precisa comer alguma coisa, desde ontem você não comeu nada

— Não, não estou com fome – cabeça dura só ele. – ai, ah.

— De qualquer maneira – me levanto da cama – vou ate a cozinha pegar um copo de suco para você, ate porque precisa tomar o antibiótico que o medico receitou – ele se mexe e o vejo fazer cara de dor – esta doendo muito? Tem uns comprimidos para dor, eu já volto – beijo sua testa.

— Emily – ele me chama e me viro. – passou a noite inteira velando meu sono? – sorrio. – não abusou de mim, abusou? – dou risada.

— Não seja tão convencido, eu já volto – saio do quarto e vou buscar um copo de suco para ele.

Entre Inimigos e Amantes - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora