Capítulo 43

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"Jovem noiva do CEO Zabdiel de Jesús é vista saindo de joalheria com o CEO mais cobiçado do país, o jovem solteiro Christopher Vélez, será que estaria nascendo um triangulo amoroso?"

"E o solteirão ataca mais uma vez! Dessa vez a da vez seria a noiva do seu melhor amigo, a senhorita Emily Rodriguez que está a poucos dias de se casar com o CEO multibilionário Zabdiel de Jesús foi vista dando um passeio romântico pela cidade com o jovem Vélez, que garota sortuda não?"

Fotos de mim e de Chris se abraçando em frente à joalheria e o momento que ele beija minha mão e o anel reflete a luz.

Meu estomago dói.

Fotos da gente no restaurante, de mão dadas! Não lembro dele segurando minha mão. Meu Deus!

Fotos da gente sorrindo e tomando sorvete, que merda!

—Zabdiel isso é tudo mentira, sabe disso não sabe? — ele esta me olhando, com a mão no bolso e sua expressão é fria. — ele é seu melhor amigo, e eu gosto de você!

— Não tem que me explicar nada — ele me olha por um momento antes de fechar o notebook e passar por mim para sair do escritório — boa noite.

— Zabdiel! — me viro ao gritar por seu nome e ele para exatamente em frente a porta — eu não sou a Gwen e o Chris não é o Noah! — sem pensar duas vezes cubro minha boca com a mão, não deveria ter falado isso. — me desculpa, eu não... — ele me interrompe.

— Nunca mais mencione o nome dela aqui de novo, entendeu? — dito isso ele sai do escritório e eu me encosto na mesa por um momento, pensando na merda dupla que acabou de acontecer.

Estávamos tão bem, estava tudo saindo como eu queria, como nós dois queríamos, o que foi que deu errado? Porque ele está tão bravo comigo e com Chris? Não consigo acreditar que ele esta mesmo comparando Chris e eu com Noah e Gwen!

Tomo coragem e saio do escritório indo ate seu quarto, a porta está fechada então abro sem nem bater e encontro ele apenas de cueca box, o que me faz parar por um instante e observar o homem maravilhoso a minha frente.

Pernas torneadas, pés grandes, mas bonitos, bumbum dele é grandinho e parece tão durinho, suas costas... Nossa que costas, seus ombros são tão...

Deem play na música.

— O que você quer? — ainda de costas ele fala antes de vestir uma bermuda.

— Conversar — falo secamente.

— Sobre? — ele se vira para mim e não posso deixar de notar seu tanquinho, os peitos e como a pouco luz do quarto está deixando ele incrivelmente sexy, mas que inferno!

— Zabdiel, sobre o que falei a poucos instante, eu não queria... — ele me interrompe.

— Eu já falei, nunca mais mencione o nome dela novamente aqui, eu deveria cortar a língua de Christopher por falar demais — ele se senta na cama — e as mãos também. — ouço ele falar baixinho.

— Você sabe que ele só estava me ajudando com as coisas do "nosso casamento" — friso as palavras nosso casamento — e além do mais, ele te considera um irmão acha que ele faria isso com você? — ele sorri.

— Você é muito ingênua — meu sangue ferve e meus punhos se fecham ao lado do meu corpo. Bato a porta do quarto com força. — ficou doida?

— Parece que ser imbecil faz parte da sua essência não é? — ele levanta o olhar para mim — eu não sei se você percebeu, mas hoje, pela primeira vez eu soube o que é ter um amigo, sair com ele, e sorrir depois de muito tempo — ele bufa — talvez você não dê valor as amizades preciosas que você tem, mas eu sim! Todo esse tempo você só tem pensado em você!

— Mas que porra você esta falando? — me aproximo dele.

— Sim! Você só tem pensado em você e na maldita empresa! Nossas vidas correm perigo constante! Seu pai esta num hospital doente e sua mãe lá lutando contra o tempo e contra o que os médicos dizem, acreditando na fé em Deus que tudo vai mudar de uma hora pra outra. — tomo folego — enquanto você quase perdeu a vida ontem, eu tenho que lidar com a porcaria de um casamento que nem é de verdade! E agora isso que esta acontecendo entre nós dois que eu nem sei o que realmente é — seus olhos recaem sobre mim — e você acha que tem o direito de me recriminar por causa que arrumei um amigo pra me dar apoio nessa merda toda só por causa de umas merdas de matérias de site de fofoca?! — grito. Meu peito sobe e desce.

— Emily... — o interrompo.

— Não! Você não tem o direito! Eu tenho passado por toda essa droga sozinha, eu nem posso pedir ajuda a minha mãe porque eu praticamente não tenho uma! Chris foi o mais perto que eu tive de um amigo, e por mim você pode ir pro inferno com sua desconfiança, insegurança e babaquice! — ele se levanta e fica a poucos centímetros de mim.

— Não precisa chorar — ele limpa minha bochecha com o polegar e acaricia minha bochecha antes de me beijar. Nem senti que estava chorando. Mas desabo quando ele me beija. Meus ombros relaxam e sinto a sensação das lagrimas vindo. Ele solta meus lábios e com uma única mão e com cuidado pra não se machucar me puxa para seu peito e eu choro.

— Eu só quero ter uma vida normal, um pouco de paz — ele beija o topo da minha cabeça.

— Tudo bem — acaricia meu cabelo.

— Você é um imbecil — afundo meu rosto em seu peito e choro.

— Eu sei — fico por alguns instantes assim, chorando. Logo depois eu estou com os olhos ardendo, e o nariz entupido.

Em silencio, ele me pega pela mão e saímos o quarto indo em direção ao banheiro. Ele abre a porta e me olha antes de entrar e me estender a mão. Pondero por alguns segundos antes de entrar.

Ele começa a desabotoar os três botões da minha blusa e eu assisto tudo com medo e ansiedade. Ele puxa a blusa que sai quando levanto os braços, me deixando somente de sutiã branco, ele se abaixa e puxa minha saia que cai aos meus pés, estou somente de lingerie em sua frente e nossos olhares não conseguem se desgrudar.

Ele se vira e liga o chuveiro checando a temperatura logo em seguida, pede minha ajuda para cobrir o ferimento com a proteção de plástico e o faço. Ele se volta para mim e me estende a mão que eu seguro sem hesitar, ele entra debaixo do chuveiro e me puxa para junto dele. Ele pega a esponja, coloca um pouco de sabonete e começa por meus ombros, braços, busto, pescoço e por fim meus braços. Ele se agacha e lava minhas pernas e barriga, quando se levanta é evidente o volume em sua bermuda, porque ela esta coladíssima ao seu corpo.

Ele me vira de costas e começa a passar nas minhas costas, descendo ate a minha bunda, onde eu sinto um tremor passar por todo meu corpo quando seus dedos levemente tocam minha pele. Me viro rapidamente o beijo, ferozmente e com vontade.

Estranhamente ele me empurra.

— Hoje não — ele acaricia meu braço — não tome uma decisão que vá se arrepender depois — seus olhos estão intensos, hipnotizantes. — não adianta tocar seu corpo se não posso tocar seu coração.

Eu o amo.

Porque ele acha que não tocou meu coração?

Quando ele já é tão dele.

Quando já sou só dele.

Entre Inimigos e Amantes - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora