What remains of Sina Deinert - all now United

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Sina's pov

Meses depois e aquela casa ainda me dava arrepios, na verdade, agora mais do que nunca.

Voltar ali era no mínimo estranho, eu gostava da grandiosa casa dos Deinert quando morava aqui, mas mesmo naquela época era assustador.

Mas agora eu não tinha muitas opções. Depois que minha mãe morreu, ou eu vinha pra casa que acabei herdando ou ia pra um orfanato.

E ir pra um orfanato quase com 20 anos não seria legal. Então acabou vindo pra cá.

A última Deinert viva finalmente retornando a mansão Deinert.

Eu não realmente acreditava nessa parte de a última Deinert viva.

Toda da minha família, meus antepassados, morreram de alguma forma estranha. Algumas pessoas tinham até umas teorias dizendo que a família era amaldiçoada, eu duvidava.

Mas quando meu irmão desapareceu, fizeram inclusive cartazes de desaparecido e tudo mais, porém depois de alguns meses, a polícia simplesmente desistiu e o deu como morto.

Eu nunca desisti de Josh porém, minha mãe insistia pra que eu aceitar que tinha perdido meu irmão, assim a dor dela e a minha não seria tão ruim. Mas abuelita Sabina também acreditava que Josh estivesse vivo.

Abuelita Sabina era minha bisavó e a melhor pessoas daquela família, quando nos mudamos pra residência Deinert, ela conseguia sempre me deixar feliz.

Mas agora enquanto eu andava pela trilha da floresta, quase chegando na entrada da casa, tudo parecia ter morrido. Não havia um barulho sequer na floresta, nem um bicho, nada.

Em seu testamento, minha mãe deixou uma chave pra mim, e na hora eu soube que a chave era pra alguma coisa importante, óbvio que não seria pra porta da frente.

Dei a volta na casa até chegar a portinha da garagem, onde atravessei a entradinha do cachorro, e então finalmente entrei.

As coisas pareciam intocadas, exatamente iguais a como deixamos na noite em que partimos. Até mesmo a foto pregada na geladeira, a última foto que tiramos com Josh. Os imãs em letras formando nossos nomes estavam empoeirados.

Arrumei o S no nome da minha mãe que estava torto. Shivani, o nome combinava com ela e com o sorriso que exibia na foto.

Continuei andando pela casa, as portas lacradas, obra de minha mãe quando nos mudamos pra cá. Abuelita Sabina ficou tão brava com ela por querer esconder nosso passado, que criou passagens secretas entre os cômodos.

Minha mãe nunca ficou sabendo dessas passagens e eu e Josh amávamos explorar esse lugar.

Andar por ali sem ele não era a mesma coisa. Quando subi as escadas, ironicamente o único quarto aberto era o de Josh.

O quarto dele sempre foi um dos meus favoritos, as pinturas nas paredes, feitas por ele, retratavam o fundo do mar.

Um tubarão de um lado e um navio naufragado do outro, a iluminação era azul, isso antes de cortarem a energia, mas mesmo na penumbra era como se o quarto ainda fosse iluminado.

Depois que ele desapareceu, minha mãe tirou os móveis de lá, deixando só o quarto vazio e uma pequena cômoda com um livro em cima. Nunca entendi o por que.

Até agora.

Havia um cadeado no livro, sete mil léguas submarinas. A chave que minha mãe deixou não abria a porta da frente, mas e se...

Coloquei a chave dentro do cadeado e rodei, sorrindo ao ver que abria, revelando uma alavanca, que ao seu puxada abria uma das passagens.

Me enfiei pelo buraco na parede e fui engatinhando até chegar numa porta que empurrei, dando de cara com a imensidão rosa que o quarto de Hina.

One Shots - Now UnitedOnde histórias criam vida. Descubra agora