Ainda desacordada, Louise dormia calmamente, até um pesadelo lhe fazer despertar assustada. Estava coberta com um fino lençol, ainda com o vestido ou com o que sobrou dele.
_ Calma, Calma foi apenas um pesadelo
_ O que... eu... como..., falou assustada
_ Calma, olha para mim, já acabou, você estais segura!
Louise lembrou-se da noite anterior, olhou por debaixo das cobertas e confirmou suas lembranças, tudo aquilo realmente ocorreu. As lembranças e os toques de Pierre invadiram seu corpo de uma forma assustadora que a fez cair em choro, um choro doloroso, Phyllype a abraçou e disse que tudo iria ficar bem, após se sentir um pouco melhor, criou forças para perguntar o que estava a matando de preocupação.
_ Phyllype?
_ Sim
_ Ele..., an...
_ Não ... você ainda é a mesma. Disse Phyllype desconcertado, segurando uma de suas mãos, que estava a tremer. _Acho melhor deixar você tomar um banho para se acalmar. Falou já se dirigindo a janela.
_Phyllype? Chamou Louise ainda deitada e segurando o lençol para esconder seus seios.
_ Sim!
_ Você dormiu aqui? Perguntou Louise envergonhada
_ Não poderia te deixar sozinha, com aquele verme aqui. Se explicou com os dentes cerrados e os punhos fechados
_ Obrigada
_ De nada, marrentinha. Tentou sorrir. _ Fique no quarto ele ainda não foi embora, lhe trarei algo para comer daqui a pouco. Sem olhar para trás, desceu a janela do segundo andar onde estavam.
Depois de alguns minutos ainda perplexa, Louise se levantou, retirou o vestido que ainda continha o odor do perfume repugnante de Pierre, o jogou para o canto do quarto e entrou em sua banheira, se permitiu ficar ali, e desabafar em lágrimas novamente, enquanto tentava tirar aquela sensação ruim de seu corpo e de sua mente.
Depois de algumas horas, ouviu um barulho de pedrinhas na janela, já sabia de quem se tratava.
_ Você consegue descer?
_ Sim
_Então, desce depressa antes que alguém nos veja, estão todos na mesa fazendo o desjejum!
_ Estou descendo, vire-se.
_ Está bem, jogue o vestido de ontem e sem perguntas, te explicou depois!
Louise, desceu com muita facilidade, já que o fazia desde criança.
- Pelo jeito, alguém anda pulando muros por aí. Disse Phyllype pegando o vestido no chão.
_ Essa especialidade é toda sua, senhor conquistador barato
_ Barato?
_Muito barato na verdade. Falou Louise rindo da expressão de decepção de Phyllype, fazendo o rir junto.
_Faça silêncio, eles irão nos ouvir!
_ Onde vamos?
_ Largue de ser curiosa Ockerman.
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Um capítulo bem curtinho! Só pra matar a curiosidade.
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Fadada ao Amor
RomantikSéculo XIX Em uma época, onde o único destino das mulheres era o casamento arranjado, Louise Ockerman sonhava com um futuro diferente, daquele que haviam traçado para ela. Lutar contra o casamento será uma tormenta que ela tentará fugir, mas no cami...