Louise despertou animadamente, acordou primeiro que o marido, escolheu um vestido leve e mais solto, pois queria passar o dia brincando com as crianças e acabar de organizar os preparativos para a inauguração, amarrou os cabelos em um rabo de cavalo alto, olhando no espelho e se recordou do dia anterior, as marcas estavam ainda mais escuras, mas nem isso iria desanimá-la, olhou para o marido ainda adormecido sobre a cama, sorriu ao notar como ele dormia calmamente, mordeu os lábios ao vê-lo sem camisa, até dormindo ele era atraente pensava ela. Com passos leves sentou-se na cama e beijou-o com carinho.
_ Bom dia, bela adormecida, está na hora de acordar!
Phyllype apenas se remexeu na cama e soltou um longo suspiro.
_ Acorde!
_ Pare amor. Falou entre as gaitadas. _ Pare eu já acordei!
_ Finalmente, achei que iria precisar fazer mais uma sessão de cócegas!
_ Acho melhor uma de beijos. Afirmou puxando a esposa para a cama e a enchendo de beijos.
_ Não...ai, irá bagunçar meu cabelo, preciso sair.
_ Sair? Amor você está toda machucada, não irei deixa-la ir a lugar algum nesse estado, irá descansar, hoje irei terminar de organizar tudo para você!
_ Amoooor, estou bem! Pronunciou docilmente.
_ Não adianta me olhar dessa maneira, sabe que amo quando me chama assim, mas não tem dialogo.
_ O que irei fazer aqui o dia todo?
_ Que tal escrever para seu irmão e suas irmãs, ainda tens que procurar professoras para o orfanato, irei pedir que alguém vá buscar Dade e Adriana, para lhe ajudar.
_ Estas bem, querido marido, só não demores muito.
Phyllype depositou um beijo casto entre os cabelos da esposa e entrou no lavabo, fez sua higiene e saiu para o trabalho, Louise se jogou na cama chateada por não poder sair, a ansiedade para inaugurar o orfanato estava a deixando inquieta. Andou de um lado para outro pensando no que estava faltando.
_ Ainda preciso de um nome, contratar professoras, alguém para a limpeza, cozinheira, meu Deus onde vou conseguir contratar tantas pessoas antes da inauguração! Respirou profundamente. Necessito mesmo de ajuda, odeio quando Monreool tem razão.
Levantou-se rapidamente, sentou-se na escrivaninha e começou a escrever para sua querida Dade.
" Minha querida Dade, estou lhe escrevendo para pedir socorro, preciso de sua ajuda e é claro de Adriana, muitas coisas para organizar, muitas pessoas para contratar e não vejo pessoas melhores que vocês duas para essa tarefa.
Com amor Louise "
Dade havia saído da casa dos Ockerman e estava morando com sua irmã em uma cidade próxima, ainda não tinha decidido o que fazer com o que Walter a tinha deixado, então decidiu ficar alguns dias com a única família que ainda tinha.
Louise aproveitou e também escreveu para Adriana, pedindo que ela e quem mais quisesse sair daquela casa, estavam convidados para se juntarem a ela. Após escrever as cartas Louise pediu que um entregador fosse o mais rápido possível entregar as cartas. Por causa do ocorrido no dia anterior a inauguração havia sido adiada, o que proporcionava para Louise um tempo a mais para organizar e reformar a casa.
Após três longos dias entediada, Louise conseguiu cobrir os poucos resquícios dos hematomas com um pouco de pó.
_ Tinha que seres tão pálida não é mesmo Louise! Falou ao seu reflexo no espelho.
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Fadada ao Amor
RomanceSéculo XIX Em uma época, onde o único destino das mulheres era o casamento arranjado, Louise Ockerman sonhava com um futuro diferente, daquele que haviam traçado para ela. Lutar contra o casamento será uma tormenta que ela tentará fugir, mas no cami...