As duas chegaram ao consultório e quando o doutor Fernando as viu, não pode evitar o sorriso, Nádia cutucou a amiga com o cotovelo e segurou o riso, durante a troca do curativo, Fernando tentou ser o máximo possível discreto, contudo falhou algumas vezes ao disfarça tamanha admiração por Louise, ele sabia que era errado, mas não conseguia se conter, vez ou outra tocava seu braço com delicadeza, Louise por sua vez nem notara, já Nádia estava a observar cada passo e cada ação do doutor.
_ Sobre hoje de manhã... peço desculpas pelo comportamento de meu marido... eu...
Fernando abaixou a cabeça e não pode evitar uma pontada de raiva ao ouvir a palavra marido sair dos lábios rosados de Louise, levantou a cabeça mostrando seus belos dentes em um lindo sorriso.
_ Não há o que se desculpar, está tudo bem.
Fernando continuou o procedimento com a mandíbula semicerrada, fazendo pairar um silêncio desconfortável dentro do recinto pequeno e repleto de vidros nas prateleiras.
_ Louise, esse doutor está apaixonado por você! Proferiu Nádia animadamente ao saírem do consultório.
_ Do que estas falando, ele apenas foi atencioso ao realizar o seu trabalho.
_ Não seja ingênua Louise, os olhos dele estavam a brilhar quando a encarava, o Monreool é que se cuide acaba de ganhar um rival e bem gato por sinal!
Louise revirou os olhos com as insinuações da amiga, não percebido nenhum tipo de segundas intenções no doutor, já havia muitos problemas não queria mais um, caminhou com a amiga até a porta do hotel, se despediram com um abraço longo.
_ Se cuide amiga, e aproveite as regalias de uma vida de casada, não esqueça de me manter sempre informada de cada detalhe.
Louise não respondeu apenas sorriu enquanto balançava a cabeça, sem sombra de dúvida havia se tornado amiga de uma doida, uma doida que ela amava muito. Antes de adentrar no quarto respirou fundo, ainda estava furiosa com Phyllype e seu comportamento explosivo. Foi surpreendida com um suspirar sonolento do marido, respirou aliviada isso a livraria de mais uma discussão e naquela hora não havia mais disposição, já estava tarde e os remédios já estavam a causar lhe sonolência, despiu-se com cuidado para não o despertar, entrou no lavabo e tomou um banho quente.
No dia seguinte Louise espreguiçou-se estendendo os braços a cima da cabeça, passou a mão sobre os olhos e sentiu um pequeno incomodo pela luz que adentrava pela na janela, levantou rapidamente havia dormido mais que o necessário, olhou para o lado e não encontrou o marido, suspirou aliviada por não ter que olhar para o marido seminu ao seu lado, mesmo não querendo admitir, ela estava chateada com as atitudes dele após o casamento.
Durante o dia Louise não viu o marido, passou a manhã no quarto lendo enquanto tomava o seu desjejum, a tarde saiu para passear pela cidade, visitou algumas lojas e mercearias, caminhou no centro e se distraiu durante a caminhada com o charme de algumas casas, e só então percebeu que havia entrado em uma rua desconhecida e que não aparentava nada com as demais, o lugar exalava um cheiro forte e quase insuportável, as pessoas pareciam muito pobres, as crianças eram exageradamente magras e mal vestidas, no fim da rua Louise ficou a encarar um casarão caindo aos pedaços, com os portões e janelas enferrujadas, parecia aquelas casas mal assombradas dos livros, do lado de fora Louise podia ouvir crianças chorando e gritando, pareciam estar sendo agredidas, uma voz fina gritava por socorro, sem pensar duas vezes, ela passou pelo portão já aberto e todo quebrado, estava pronta para bater na porta quando alguém abriu-a.
_ O que a senhora deseja? Falou rispidamente a senhora já de idade, de alta estatura e muito magra. _ Não estamos recebendo visitas no momento.
Louise não teve tempo para responder, pois a senhora havia fechado a porta, assustada ela virou-se rumo a saída, do que ela nomeou como mansão assombrada, falou a si mesmo que iria voltar, queria saber quem estava dentro da casa e por qual motivo chorava desesperadamente.
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Demorou eu sei kkkk mas voltei 😍
capitulo só para atiçar a curiosidade de vcs kkk
tenham um bom domingo amores.
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Fadada ao Amor
RomanceSéculo XIX Em uma época, onde o único destino das mulheres era o casamento arranjado, Louise Ockerman sonhava com um futuro diferente, daquele que haviam traçado para ela. Lutar contra o casamento será uma tormenta que ela tentará fugir, mas no cami...