Capítulo 15

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No dia seguinte, Louise despertou com uma imensa curiosidade sobre onde iriam a noite, se arrumou e desceu para tomar seu café da manhã como de costume, sua mãe já havia se retirado o que era ótimo, considerava se um belo dia. Passou o dia lendo no quintal e brincando com os cachorros de caça de seu pai. Ao entardecer Louise voltou para o quarto, para escolher que roupa iria usar, escolher algo simples, um vestido vermelho, sem volume ou mangas bufantes, queria algo confortável, já que não sabia onde iriam.

Desceu pela janela como de costume, se segurando em alguns galhos de uma trepadeira que cobria a parede dos quartos, caminhou até a saída dos portões, onde Phyllype estava a esperando com uma carruagem. Ao chegarem Louise ficou observando o quanto a cidade ficava encantadora a noite naquela época, via as pessoas passeando é conversando, parecia felizes.

_ Chegamos!

_ Onde mesmo?

_ Vem que irei lhe mostrar

_ Um Taverna, Phyllype, serio isso? Disse Louise olhando para ele brava

_ Duquesa, entre antes de julgar, depois se não gostar pode até me bater

_ Até que gostei desta proposta, estou precisando descarregar minha raiva em alguém. O olhou com total cinismo

_As vezes você me assusta pimentinha.

_ Pimentinha? Perguntou levantando o cenho

_ Sim, seu rosto ganha um tom rubro quando está com raiva e digamos que também fica um tanto quanto ameaçadora e até fofinha, parecendo uma pimentinha vermelha.

_ Eu não fica fofinha

_ Vamos entrar duquesa pimentinha, não podemos demorar muito ou vossa mãe irá perceber seu sumiço.

_ Não tem o menor perigo.

Ao entrarem no local, Louise ficou realmente surpresa, não era necessariamente uma taverna, não como ela imaginou, cheia de velhos, barrigudos e pervertidos, pelo contrário era um ambiente alegre e colorido, a maioria jovens, que dançavam, conversavam, jogavam cartas e bebiam, bebiam muito. Phyllype a apresentou para alguns amigos e "amigas", que não gostaram da presença dela. Jogou cartas com alguns rapazes, era muito boa nisso, sempre jogava com o pai, apostaram com alguns rapazes e ganharam a maioria das partidas, deixando muitos homens irritados por perder para uma garota.

Uma hora ou outra, as moças perguntavam sobre o relacionamento entre eles, o que fazia Louise revirar os olhos e sorrir, com a expressão de alivio, após a afirmação de uma simples amizade. Enquanto ela dançava e rodopiava pelo salão com um dos rapazes, observou alguém conhecido, ou melhor conhecida, sentada sozinha em uma mesa é com a aparência cansada e sonolenta, pelo excesso de álcool.

_ Posso me sentar aqui?

_ Depende, o que você quer? Disse Nádia analisando a expressão de receio no rosto de Louise.

_ Apenas me sentar!

_ Fique a vontade a cadeira não é minha

Ficaram ali por alguns minutos, bem constrangedores por sinal, até que Nádia quebrou o silencio,

_ Quer uma bebida?

_ Não muito obrigada, eu não bebo!

_ Imaginei, na verdade estou surpresa com a ilustre presença da duquesa, nunca a vi nesse tipo de ambiente... seus pais sabem onde você está?

_ Não! Falou naturalmente

_ Olha só, mentindo para os pais, que grande exemplo. Disse Nádia com um tom de zombaria

_ E você?

_ O que tem eu? Eu sempre venho aqui se é o que vai perguntar!

_ Não. Na verdade, iria perguntar porque estás sozinha.

_ Acho que isso não é de seu interesse duquesa! Afinal metade disso é culpa sua.

_ Do que estais falando?

_ tenho que voltar para casa, com sua licença duquesa. Nádia falou se dirigindo para a porta de saída.

Louise ficou um pouco perdida com as palavras de Nádia, queria entender do que ela tinha culpa. Levantou se e foi atrás dela, saiu do recinto e tentou encontra-la em meio as luzes fracas que saiam das lamparinas da cidade, a viu a alguns metros de distância, correu para encontrá-la, Nádia era mais rápida do que ela poderia imaginar, parou um instante para recuperar o folego, quando viu um homem se aproximar de uma forma grosseira da moça, tentou beija-la a força. Louise ficou paralisada, ao ver aquela cena e lembrar-se de quando aconteceu com ela, não sabia como agir ou ajudar. 

Fadada ao AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora