O cocheiro encostou a carruagem em frente da mansão para que os noivos pudessem embarcar, Phyllype estendeu a mão para a esposa para ajudá-la entrar, o que a mesma ignorou e fez questão de subir sozinha, deixando-o desconsertado na frente dos convidados. Durante a viagem ambos estavam em silêncio, Louise estava a observar a paisagem pela pequena janela enquanto planejava tornar a vida de seu então marido um inferno, havia ganhado diversas camisolas pequenas e extravagantes, que jurou nunca usar, mas acabara de mudar de opinião, Phyllype era homem e por mais que não sentisse nada por ela iria ficar atordoado, Louise em meio aos pensamentos abriu um pequeno sorriso ao imaginar a cena.
_ No que estas pensando?
_ Mal casamos e já queres controlar até o que penso?
_ Não! Apenas quero saber o motivo e sua mudança de comportamento, insultou minha tia, tratou-me com frieza e está evitando me olhar, não sou bobo Louise a conheço o bastante para saber que algo aconteceu!
_ Primeiramente não insultei sua ti-a ela que o fez e você como o paspalho que é não fez nada para me defender...
_ Você queria...
_ Silêncio ainda estou falando... segundo você sabe muito bem os meus motivos, não precisa fingir que se importa ou que eres meu amigo, já descobri a verdade e juro que nosso relacionamento não será nada como foi jurado naquele dia em meu quarto. Louise virou-se para encara-lo. A partir de hoje somos um casal de fachada e só isso.
Phyllype ficou assustado com o ódio que continham nos olhos de Louise, não soube o que responder, quando finalmente abriu os lábios para proferir algo o cocheiro parou a carruagem e abriu a porta avisando que haviam chegado. Louise olhou pela janela e notou que estavam em frente ao melhor hotel da cidade.
_ Iremos morar em um hotel? Perguntou com a sobrancelha erguida.
_ Por enquanto sim, mas prometo que logo teremos nossa casa
_ A sim, quando meu pai falecer não é mesmo.
Louise desceu rapidamente da carruagem não dando tempo de Phyllype a responder, entraram no hotel e Louise não pode deixar de admira-lo, jamais havia entrado naquele recinto, pois seu pai preferir uma casa a ficar em um hotel, o ambiente era enorme e a decoração era impecável, em cores pasteis e ouro, com a mobília emadeirada e flores pelo recinto oferecia um charme a mais no local, pessoas conversavam animadamente por todos os cantos, criados passavam servindo a todo instante.
_ Que lugar lindo!
_ Sim.
Os dois foram para a recepção onde foi entregue a chave do quarto, subiram as longas escadas e seguiram para o quarto de número trinta e cinco, Phyllype entrou primeiro dando passagem para Louise, que ficou boquiaberta com a decoração do quarto, parecia ser todo em detalhes em ouro e os moveis lapidados a mão com muita delicadeza, o quarto ao contrário do salão de entrada era mais colorido e com quadros e desenhos nas paredes, após alguns minutos de admiração caiu em si e percebeu haver apenas uma cama no quarto, uma cama enorme, mais apenas uma colocou a mão na cintura e olhou para Phyllype.
_ Não irei dormir contigo!
_ A cama e enorme Louise garanto que não irei tocar em ti!
_ Não interessa o tamanho da cama eu disse que não irei dormir com você e pronto!
_ Mas que diabos deu em você Louise, porque estas gritando, ou melhor agindo como uma menina mimada, se não queres dormir comigo durma no sofá.
Louise bufou com as palavras de Phyllype, entrou no recinto do lavabo e deixou a porta entre aberta, sabia que ele iria olhar, com um pouco de dificuldade retirou o vestido, ficando apenas com a camisola branca e o corpete, tentou retirá-lo, mas não conseguiu, haviam feito muitas amarras e dessa vez usaram um deveras apertado, suspirou vencida, teria que pedir ajuda.
_ Sei que estas me olhando, então entre logo e me ajude a tirar essa coisa!
_ Eu... eu...
_ Ande logo.
Phyllype não havia conseguido evitar de olha-la, sabia que era errado e que ele certamente apanharia por isso, mas não se conteve, estava perdido Louise o deixava desconcertado ela o atraia, muito mais que queria, sabia que não a teria, precisava se controlar ou ela perceberia o quanto mexia com ele. Entrou no pequeno recinto e tentou segurar sua respiração, puxou o pequeno laço apertado do corpete, fazendo o afrouxar, lentamente puxou o fio cruzado o desmanchando, enquanto olhava o pescoço e os ombros a mostra de Louise, a pele dela parecia muito macia e se segurou para não a tocar ou apenas se aproximar para sentir seu perfume, sua respiração voltou a ser descompassada e só então percebeu estar ofegante e muito próximo dela.
_ Pronto!
_ Você estas bem? Perguntou ironicamente, enquanto se virava de frente para ele.
Phyllype não respondeu apenas saiu do cômodo quando viu os seios de Louise marcando a camisola, passou a mão nos cabelos afrouxando a gravata ao perceber que ela estava o provocado de propósito.
_ Se é guerra que você quer Louise, guerra você terá!
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Fadada ao Amor
RomanceSéculo XIX Em uma época, onde o único destino das mulheres era o casamento arranjado, Louise Ockerman sonhava com um futuro diferente, daquele que haviam traçado para ela. Lutar contra o casamento será uma tormenta que ela tentará fugir, mas no cami...