Capítulo 20

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Matteo D'ângelo

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Matteo D'ângelo

O passado as vezes cobra um preço que não observamos. Nossas mentes nunca são mais as mesmas e nos deixamos influenciar por antigos acontecimentos.

Mas porra. Isso é tão difícil. É tão difícil deixar o passado no passado. As lembranças ainda sondam minha mente fraca.

Estraguei o de mais valioso que podia receber na vida por conta dessas lembranças.

Passei semanas submerso no trabalho ou acabando com o bar da minha casa, pensando no que falar, no que fazer, em como agir. Nem mesmo uma rápida viagem a Roma a trabalho dispersou minha mente.

Puta merda, como eu sinto falta daquela mulher. Nem sei que ponto do caminho ela passou a ser tão importante pra mim.

E ainda tem o bebê. Meu bebê. Nosso bebê. Nunca imaginei falar isso novamente. E caralho, é uma baita sensação.

Quando não me aguentava mais fui falar com ela e se tivesse uma porta entre nós ela teria sido batida na minha cara e com razão.

Eu fui um babaca. Eu sou um babaca.

Então tentei outro modo. Uma coisa que sempre quis fazer e foi tirado de mim. Comecei a mandar presentes pra Bella, pro neném, me tornei comprador compulsivo de uma loja que Lucca me indicou.

Ele sabe que sou um idiota como todas as pessoas ao nosso redor, mas estão me ajudando a recompensar a burrada.

Nem meu nome mía Bella quer ouvir saindo da boca das pessoas e eu entendo isso. Ela falou que seria mãe sozinha e está se blindando contra mim, mas além de babaca e idiota sou teimoso pra porra, então não vou desistir.

Todos os dias mandei um presente diferente pra ela. Usei tudo que conheci sobre Bella nesse tempo da nossa amizade pra tentar avançar essa barreira.

Escolhi a dedo cada presente, cada detalhe. Passei horas na loja testando e entendendo tudo sobre o tal carrinho e valeu a pena assim que recebi sua mensagem querendo se encontrar comigo.

Meu coração saltou e minha boca ficou seca ao vê-la se aproximar. Não sei como mas ela está diferente, conseguiu ficar ainda mais bonita.

O almoço que pensei ser a solução para os meus problemas era somente o começo. Bella esfregou na minha cara que preciso crescer, amadurecer, me tornar homem de verdade primeiro antes de me tornar pai.

Seja o melhor pai do mundo, por que esse bebê merece um pai por inteiro e não metade dele.

Suas palavras não saem da minha mente. Doeu ouvir a verdade, e mesmo sem falar ela sabe que algo aconteceu comigo, ela entendeu sem eu precisar abrir a porra da boca.

Mas quer saber. Doeu ainda mais escutar que sua confiança em mim foi perdida, por que eu sei como isso é importante pra ela.

Doeu saber que na sua opinião não serei nada mais do que o pai do seu filho, que nossa amizade acabou.

E caralho, um sentimento que nunca senti na vida me tomou por completo e não gostei nem um pouco da sensação que me atormentou.

No resto da semana mandei mais presentes com cartão pro nosso bebê, não resolve tudo mas é uma forma de me manter perto dos dois.

Não sei como me aproximar, o que fazer e não fazer, então tenho mandado mensagens, tenho tentado me manter presente mesmo não podendo estar do seu lado.

Semana passada ela avisou que completaria oito semanas no final de semana então no sábado que ela completou as nove semanas fui vê-la.

Não entendo o que dá na cabeça desse povo contar por semanas, sou inteligente, mas toda hora fico contando pra saber quantos meses estamos. Bem idiota, eu sei, mas fazer o que né.

Estar no mesmo ambiente que ela foi confuso e fiquei meio perdido. Antes era tudo tão fácil, tão fácil falar, conversar, estar perto, e pelas minhas falas que a magoaram tudo mudou.

Convenci Lucca e Giulia de fazerem um jantar descontraído hoje e chama-lá, na verdade chamar alguns amigos próximos a nós pra ver se o clima melhora.

Então serão eles, os meninos, eu e Luna, Nina e Ettore que está beijando o chão por onde aquela mulher passa depois de me confidenciar o desespero por ter se apaixonado por ela, e claro a pessoa mais importante, mía Bella.

Termino de me arrumar, passo meu perfume que sei que ela gosta e dou uma última olhada no espelho.

Termino de me arrumar, passo meu perfume que sei que ela gosta e dou uma última olhada no espelho

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Perfeito para encontrar mía Bella.

- Pronta Luna? - Grito e ela logo aparece no corredor já arrumada.

Ela ainda está bem brava comigo e nossa relação deu uma leve espremida, mas estou a reconquistando e ela está feliz pelas decisões que venho tomando, inclusive nunca mais ver Ludovica, já que as duas nunca se gostaram.

Passamos pelas ruas de Milão absorvendo o ar da cidade até que meu telefone toca. Meu coração gelou e errou a batida. Engoli em seco e atendi no vivo a voz já que estou dirigindo.

- Oi.

- Matteo. - Diz com a voz chorosa o que me faz apertar o volante. - Me ajuda.

- O que aconteceu Bella?

- Vem pra minha casa agora, preciso ir no médico.

- Não desliga o telefone, to chegando.

Escutar seu choro continuar por todo o caminho que faço até sua casa é angustiante. O que está acontecendo?

Meu Deus, estou me segurando. Meu corpo quer tremer, se jogar no primeiro lugar que encontrar e me afundar mas não posso, tem duas vidas me esperando.

Subo correndo e nem vejo se Luna está me acompanhando. Encontro Bella chorando no sofá e me agacho a sua frente segurando suas mãos.

- Bella, o que foi? O que aconteceu? - Pergunto e ela me encara.

- Um sangramento, eu não sei o que está acontecendo Matteo, não quero perder meu bebê.

Porra, se fazer de forte nessas horas é muito difícil.

- Você não vai. - Encosto minha testa na dela que aceita. - Não vamos perder nosso bebê.

Ela me encara com um olhar indecifrável mas assente. Sem deixar ela descer as escadas seguro Bella no meu colo a levando pro carro. Seu medo é tanto que nem reclamou e permaneceu todo o caminho em silêncio.

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