Na Itália com amor

Capítulo 16

Bella Montanari

Não vou falar que as coisas tem sido fáceis, mas sim recompensadoras. Ter um ser crescendo dentro de mim é assustador e incrível ao mesmo tempo. Mesmo aguentando o enjoou matinal e vomitar ao sentir alguns cheiros na última semana. Meu bebê é difícil, não gosta de qualquer coisa.

Na minha primeira consulta a medida afirmou minha gravidez e recitou milhões de coisas que devo fazer a longo prazo depois das minhas milhões de perguntas, então estou tomando os tais remédios, melhorei a alimentação, mas preciso marcar outro médico pra saber se estou fazendo isso certo, e pedir a opinião para que tipo de exercício devo fazer.

Sim, estou preocupada pra caramba. É uma única cabeça então ela está trabalhando a mil. Os únicos que entendem sobre isso são meu casal vinte e eles tem tirado algumas dúvidas que tenho durante o tempo, até as que parecem idiotas. Pra isso que servem os amigos certo.

Completei seis semanas a dois dias e no ultrassom vaginal pude ouvir o pequeno coração da minha sementinha bater discompensado pela primeira vez o que me assustou pra caramba e me fez chorar como criança.

A sementinha pode não ter pai presente, mas tem uma rede de tias e tios que já começaram o mimar. Luna deu um vestinho de princesa por que ela tema que é uma menina e eu concordo com ela, mas posso estar errada.

Não tocamos no nome de Matteo por eu ter pedido, nem mesmo Ettore que tem se mantido presente tentando reconquistar Nina fala sobre ele.

Mas está sendo bem difícil. Acostumei com suas mensagens, ligações e brincadeiras e não ter isso é angustiante. Pior ainda é lembrar da reação dele, de tudo que me disse.

Nas últimas duas semanas trabalhei pra burro terminando a minha nova coleção para a exposição que inauguro hoje. Criei quadros inspirados do festival e ficou demais.

Contratei outro dj pra deixar o ambiente diferente e com clima de boate. Essa exposição não será como as outras com toda certeza e fico feliz por isso, quero me supreender.

Deixei Nina que já está arrumada terminando os últimos detalhes com a equipe e subi com meus pais que chegaram ontem e estão em um hotel aqui perto.

- Precisamos conversar. - Digo sentando com eles na mesa.

- Está tudo bem querida?

- Não me fala que está doente. - Minha mãe coloca a mão no peito preocupada e sorrio.

- Não é isso mas o assunto é sério. - Suspiro. - Eu estou grávida.

E o choque voltou com tudo na cara deles então continuo antes de perder a coragem.

- Estou de seis semanas, e vou ser mãe sozinha. Eu sei que isso não orgulha vocês mas esse pequeno ser precisa de mim e não vou deixá-lo.

- Meu bebê. - Minha mãe me puxa para um abraço já chorando. - Estou tão feliz. Serei vovó. - Ela se distância e sorri. - Já foi ao medíco? Vocês estão bem?

- Fui sim e estamos bem mãe. - Sorri vendo seu sorriso.

- Minha pequena. - Foi a vez do meu pai me abraçar. - Você será uma ótima mãe. - Ele beija meus cabelos e se separa me deixando ver seu rosto preocupado.

- Pai, eu sei o que vai falar. Nós éramos amigos mas quando contei ele achou que o filho era de outro, desde então não mantive contato.

- Vou acabar com esse moleque. - Esbraveja.

Sua expressão mudou para completa fúria e acalmar essa fera foi difícil mas com jeitinho nós conseguimos. Um tempo depois e já mais calmos e depois de milhões de perguntas, eles foram para o hotel se arrumar, sempre ofereço minha casa mas eles preferem assim, dizem que preciso da minha privacidade e eles também.

Tomo um longo banho relaxante e me preparo. A noite de estreia é sempre mais agitada pois vêm colunistas para ter notícias de primeira mão.

Comprei um vestido de renda branca para quando tirasse alguma foto ao lado das obras não destoasse o tom da roupa com elas que são o brilho da noite.

Assim que vejo o horário passo meu perfume, calço meus saltos e desço. As pessoas começaram a chegar e gosto de circular pelo lugar, dar atenção a todos, dizer algumas palavras, ser uma bela anfitriã.

E assim o faço. Confiro com Nina se está tudo certo e ela me confirma. O dj já está tocando como pedi, não muito alto até por que não estamos em uma balada real, mas pra quem entra essa é a primeira impressão.

Luzes coloridas reluzem no lugar fora os holofotes diretos nos meus quadros os deixando como os artistas da noite como gosto.

Tiro algumas fotos, conversos com algumas pessoas, explico algumas inspirações pra outros que estão curiosos com tudo.

No momento estou dando uma pequena declaração para um amigo que trabalha em uma revista grande de Milão e me fez o favor de vir está noite.

Assim que termino vou de encontro aos meus pais que estão com meu casal vinte sem meus pequenos está noite.

- Onde estão meus meninos pra alegrarem meu dia? - Pergunto.

- Deixamos com a babá.

- Tirei a noite pra aproveitar minha mulher. - Ele dá um beijo casto em seus lábios.

- Nem quero pensar onde essa noite vai acabar. - Brinco.

- Depois te conto. - Giulia fala nos fazendo rir.

- Você está bem querida? - Minha mãe pergunta preocupada.

- Ótima mãe.

- Minha estrela. - Luna chega por trás me abraçando.

- Atrasada. - Exclamo e ela levanta as mãos.

- Foi mal, mas já cheguei. - Eu sorriu e ela também. - E minha menina mais linda, está bem? - Diz passando a mão na minha barriga e sinto os olhos dos meus pais.

- Sempre. Luna. - A chamo virando para eles. - Esses são meus pais, Giusep e Andreia Montanari, pais essa é Luna D'ângelo, uma amiga e tia do meu bebê.

- É um prazer. - Ela cumprimenta meus pais que a puxam para abraços como fazem com todos.

- Espera, tia, tia mesmo?

- Sim mãe, ela é irmã do pai do neném.

- Querida, sinto muito, mas minha vontade é de acabar com seu irmão.

- Pai. - Exclamo envergonhada e ele da de ombros.

- Essa era minha vontade também Sr. Giusep.

Pronto, agora ela os conquistou. Conversamos mais um pouco e todos começam a circular pelo lugar inclusive eu, até parar em frente a obra que nunca vendo.

Sempre a deixo aqui quando estou em exposição, mas somente para adimira-la. O preço para compra-la sobe a cada dia mas ainda não consigo vender.

- Ainda não sei o significado dela.