Capítulo 21

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Bella Montanari

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Bella Montanari

Ainda não sei o que deu em mim pra ter chamado Matteo pra ajudar. Mas meu subconsciente deva ter entendido que nesse momento precisava do pai do meu bebê comigo.

Sentados a frente da médica começo a citar o que aconteceu. Fui ao banheiro e tinha um pequeno sangramento como se estivesse menstruada o que não fazia sentido então na minha cabeça já estava perdendo meu bebê e entrei em desepero.

Depois de tudo que falei a Dra. Martinelli sorri. Ela está sorrindo? Isso é pra me espantar ou acalmar?

- Isso é normal. - Solto um suspiro aliviada. - O saco gestacional está se acomodando então algum vaso sanguíneo pode ter se rompido, por isso o sangramento.

- Eu ainda não entendi doutora.

- Deixa eu explicar melhor pai. O bebê é como um intruso no corpo da mãe, então ele tem que se ajeitar, achar seu lugar e se acomodar. É normal acontecer esse susto no primeiro trimestre na gravidez, mas vamos fazer o ultrassom pra conferir se está tudo em ordem. - Ela se levanta. - Sabe como funciona Bella.

A Dr. Martinelli sai nos deixando a sós e encaro Matteo desconcertada.

- Pode se virar? Tenho que me trocar. - Peço e ele se vira passando as mãos pelos cabelos num ato involuntário e extremamente sexy.

Para de pensar isso Bella.

Troco de roupa e me acomodo na maca chamando a atenção de Matteo que mesmo sem encostar em mim vem pro meu lado assim que a médica volta.

Ela faz as medições, conferi tudo afirmando que está tudo certo e nada de anormal.

- Está tudo bem mesmo doutora? - Matteo pergunta novamente.

- Está sim. - Ela faz uma pausa e aperta algo. - Aqui está, o coraçãozinho forte do neném.

O som descompassado que me assustou da primeira vez volta a soar na sala me deixando com os olhos marejados. Sinto um aperto e vejo Matteo apertando minha mão e encarando a tela onde mostra a sementinha.

- Está tudo bem. - Afirmo pra ele e para mim mesma.

Matteo me encara, assenti e vejo um brilho diferente nos seus olhos, e porra, ele ficou ainda mais bonito.

Devem ser os hormônios que me fazem pensar assim depois de tudo, só pode.

Troco de roupa novamente e voltamos para a nos sentar recebendo as prescrições da médica que pediu para que eu descansasse está semana, sem fazer esforço e me manter mas em repouso pelos próximos dias para evitar qualquer susto.

Saímos e a sala de espera está lotada, de onde esse povo todo veio? Meu casal vinte, Luna, Nina e Ettore estão nos olhando.

- De onde vocês saíram? - Pergunto.

- Estávamos esperando vocês pro jantar mas Luna ligou falando o que aconteceu. - Lucca explica.

- Então?

- Foi um susto, nosso bebê está bem.

Meu coração erra a batida. Nosso. Nosso bebê. É a segunda vez hoje que ele fala isso e engulo as lágrimas quentes que querem rolar pelo meu rosto e eu nem sei o motivo.

É bom ver Matteo agindo como um pai preocupado, e ele falar nosso trás um conforto tão grande dentro de mim que não consigo explicar.

Parece que vou transbordar e inundar a todos a minha volta só de lembrar das sensações que passaram em seus olhos ao escutar o coraçãozinho e ver nosso bebê pela primeira vez.

Saímos dalí conversando sobre o que aconteceu e os acalmando já que todos estavam preocupados conosco.

- Vou levar Bella pra casa, a médica pediu repouso.

- Fica bem, depois te visitamos. - Meu casal vinte se despede.

- Deixa que da galeria eu tomo conta.

- Não Nina, a exposição temina essa semana. Ainda temos que fazer a entrega dos quadros, tem muito trabalho.

- Pensa nisso semana que vem, os compradores não vão reclamar.

- Nina. - Exclamo.

- Vai pra casa Bella, depois pensa nisso. - Ettore pede. Suspiro mas assinto.

O caminho foi feito em total silêncio. Eles levaram Luna pra que Matteo pudesse me trazer. A todo instante sinto seu olhar sair da estrada e desviar pra mim mas finjo não ver.

Assim que chego ele vem me acompanhando e nem ligo por ter me acostumado com isso no tempo em que nos conhecíamos.

- Bella. - Ele chama depois que chegamos. - Precisamos conversar.

- Pode esperar eu comer, passou da hora e já me acostumei.

- Ah, claro, claro. - Vou em direção a cozinha mas ele me para. - Vai sentar eu faço alguma coisa.

Cruzo os braços e o encaro. Matteo não cozinha muito.

- Macarronada não vale Matteo. - Ele ri e eu também. O clima entre nós ficou normal pela primeira vez em tempos.

- Relaxa, vou fazer alguma coisa que possa comer.

- Ok. - Estava cansada então aceitei o deixando tomar conta da cozinha.

Voltei para o quarto tirando as roupas e indo direto para a ducha. Deixo a água morna correr meu corpo tirando todo nervoso e susto que me tomou.

Como não estou sozinha coloco um vestidinho bem solto de ficar em casa mesmo e volto me jogando no sofá sem olhar para a cozinha se não verei um corpo escultural tomando conta da minha casa e vou me perder fácil fácil. Desvantagens de se ter o tal conceito aberto.

Poucos minutos depois Matteo aparece colocando dois pratos de salada com um frango que já estava pronto na geladeira e um molho que não sei de onde saiu em cima da mesa de centro

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Poucos minutos depois Matteo aparece colocando dois pratos de salada com um frango que já estava pronto na geladeira e um molho que não sei de onde saiu em cima da mesa de centro.

Faço tudo no automático como semanas atrás. Ligo a televisão colocando uma série policial que estávamos assistindo juntos e comemos em total silêncio.

Assim que termino me acomodo melhor no sofá enquanto ele leva tudo para a cozinha. O cansaço da noite e o stress começam a tomar meu corpo e não fixo mais meus olhos a televisão os deixando se fechar.

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