༺ Um dia antes — 6 de Maio de 1941༺
— Meu deus Gilbert são 11 horas da manhã! — grito, enquanto balançava o garoto ao meu lado, que estava abraçado a mim, e eu nem tinha notado que tínhamos dormido de conchinha pela 1° vez na vida. — O almoço deveria estar pronto, levanta.
Eu tento empurrar os seus braços, e me levantar, mas a minha barriga parecia uma bola de basquete, o que dificultava a minha capacidade de fazer as coisas sozinha.
— Calma, eu vou te ajudar a preparar tudo. — ele resmunga coçando os olhos, enquanto eu calçava minhas pantufas desesperada.
— É claro que você vai me ajudar. — digo como se fosse óbvio, ainda mais no meu estado de grávida prestes a parir a qualquer momento e correr o risco de Bash não chegar a tempo. — Preciso fazer xixi.
Digo e corro até o banheiro parescendo um pinguim, e ouço Gilbert gargalhar atrás de mim por conta do eco que seu quarto possuía.
— Anne cuidado para não deixar a criança escorregar pelo vazo. — ele grita, quase morrendo de tanto rir.
— Vai se fuder Gilbert Blythe! — grito de volta.
— Mijona. — ele grita novamente, só que agora mais alto.
— Eu te odeio! Não me irrita logo cedo não. — entro no banheiro deixando a porta entreaberta.
— Eu também te amo cenourinha. — anuncia em voz alta, e não consigo conter um sorriso.
Troco de roupa com dificuldade, e até que eu não estava tão horrível com aquele vestido azul turquesa que ia até os joelhos. Meus cabelos estavam soltos e eu nem dei importância em estar bonita naquele dia, eu só queria fazer alguma coisa boa para as minhas crianças.
Gilbert estava preparando alguma coisa no fogão quando eu adentrei a cozinha. Ele toma um susto ao me ver, e fica parado me analisando da cabeça aos pés. Sim, eu estava com as minhas pantufas de coelho rosa.
— Você está... — ele gagueija. — Perfeita. — sussurra e caminha até mim. — Deixe-me ver, dá uma giradinha. — eu giro brevemente e ele faz um bico, ainda me analisando. — Até descabelada você é bonita, fala sério. — ele bufa, mas logo sorri, pegando em minhas mãos e as beijando.
— Eu acho que está queimando a carne Gilbert. — eu aponto para o fogo e ele corre desesperado, mexendo na carne, que por sorte não queimou muito.
Após o tempo exaustivo de tentar cozinhar com essa barriga me atrapalhando, finalmente conseguimos terminar de fazer o almoço.
— Ficou muito bom o seu bolo, quem diria. — ele diz colocando os copos na mesa, e também a panela que tinha o macarrão com almôndegas.
— Eu sou uma ótima cozinheira tá?! — digo indguinada, colocando a mão na cintura.
— Você tenta. — ele ri, juntando as sobrancelhas e me analisando de longe.
— O que foi? — reviro os olhos, para o seu olhar analítico.
— Você está parescendo um botijãozinho azul. — diz com a voz fofa.
— Vai se fuder. — mostro o dedo do meio para ele, que ri de mim.
— Você está linda. — sorri sincero. — E muito gostosa.
— Está cantando uma mulher grávida Gilbert. — digo indguinada.
— A grávida mais gostosa, você quis dizer. — ele se aproxima de mim, colocando a mão na minha barriga e sorrindo.
Ela chutou.
— E lá vamos nós com a bebê mais apaixonada por Gilbert Blythe que eu conheço. — balanço a cabeça.
— Ela é bem mais carinhosa que você. Sorte minha. — ele se agaicha e da um longo beijo em minha barriga.
— Sorte sua e azar o meu, porque ela não para de chutar quando você fala com ela. — dou um gemido de dor, apoiando minhas mãos sob as costas.
— Ok vamos comer logo, eu estou morto de fome. — ele se levanta e me dá um beijo na bochecha, logo seguindo para a sala de estar. — Vamos lá crianças, o banquete está pronto.
As crianças correm até a mesa e se sentam, ansiosas para comer o tão esperado almoço.
— Acho que fizemos um bom trabalho. — digo olhando para Gilbert que vem ao meu encontro ficando do meu lado.
Ele suspira vitorioso.
— Sim, fizemos um bom trabalho. — ele bate na minha mão, dando referência para fazermos o nosso toquinho da amizade.
Depois disso eu comi três pratos de macarrão e Gilbert me olhava enquanto ria de mim.
Respeitem as grávidas com desejos.
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𝐻𝑎𝑝𝑖𝑛𝑒𝑠𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝐵𝑢𝑡𝑡𝑒𝑟𝑓𝑙𝑦 ↳ 𝐬𝐡𝐢𝐫𝐛𝐞𝐫𝐭
Fanfiction↝ No início da 2° Guerra Mundial, Anne Shirley, que acabara de perder seu marido, agora se prepara para morar na Inglaterra, através de um trabalho voluntário, cuidando de crianças órfãs, na tentativa gloriosa de tentar superar tudo o que lhe havia...